É PRECISO LIBERTAR O HOMEM DA COR DE SI MESMO Por: Avelino - TopicsExpress



          

É PRECISO LIBERTAR O HOMEM DA COR DE SI MESMO Por: Avelino Nelson Mazuze É preciso libertar o homem da cor de si mesmo, do seu traço, da sua raça para que o mundo caminhe, a passos largos na resolução dos conflitos, dos dramas que o atravessam, desde a sua origem. Meu caro! A humanidade se cria e recria na mistura dois, três quatro, enfim, nas múltiplas possibilidades que o mundo nos oferece. Ela se reinventa no caldo de trocas mútuas, de vivências hibridas que o mundo nos abona. Ela resulta dessa fronteira osmótica entre o negro e branco, rico e pobre. Nós somos a humanidade! Não é a cor e muito menos o status social que definem a essência do individuo. Não é a raça a última morada do homem. A grandeza de um homem não está na forma como olha o outro para rebaixá-lo, mas para ajudá-lo a levantar. Ou dito de outra forma: a grandeza de um homem “é o modo como pensamos, como sonhamos, como somos outros” (Mia Couto). Sua última fuga, seu derradeiro recanto em que pode esconder suas angustias, tristezas, e dores é no “outro”. O “outro” sempre a possibilidade de reconfiguração da minha essência. É no “outro” onde reconheço o meu “eu” e vice-versa. O castelo do homem repousa na humanidade do “outro”. Cada homem é uma raça. É uma cultura, é uma individualidade que se constrói no convívio com o diferente. A diferença é a possibilidade da reconfiguração do homem. A mistificação, a sacralização da cor e do traço é um perigo para a humanidade. “A raça é um dom, como é o dom de escrever, sonhar e criar. É um dom como qualquer outro que recebemos. É como o dom de amar. Amamos o mundo. O universo. Amamos o que merecemos ao que nos foi legado. O amor é global. É Geral. É consentido. É compartilhado. Não se divide. Espalha-se por entre os seres humanos.A humanidade não pode ser dividida em cores ou traços. A academia deve eliminar compartimento estanques. Sermos todos contemporâneos do mundo. Contemporâneos do amor. Sem a raça que lhes engrandece ou lhes diminui. A raça só deve ser manifestada para engrandecimento como do mundo. Do homem. De tudo e menos nada.” (Adelino Timóteo). O dever sagrado da humanidade é evitar um particularismo cego, tendente a reservar o privilégio da humanidade a uma raça, cultura, ou sociedade e jamais esquecer que nenhuma fração da humanidade dispõe de fórmulas aplicadas ao conjunto, e que uma humanidade concebida num sentido amplo é inconcebível - seria uma humanidade petrificada. É preciso resguardar a heterogeneidade das culturas, do traço e da cor. Não basta acalentar tradições locais e dar uma trégua no passado, mas entender a diversidade que é inerente a conformação da humanidade é que deve ser salvo, não o conteúdo histórico que cada época lhe abrolhou. Aqui, neste palco teatral em que somos os únicos atores e espectadores da nossa nobre existência, neste santuário que serve ao mesmo tempo ao deus do narcisismo e ao da humildade, é que a civilização hodierna encontrará sua máxima expressão, seu último espelho — que é o propriamente se espera. A humanidade é rica de possibilidades imprevistas, e o progresso não é feito à imagem da “similaridade melhorada”, mas de percalços, do diferente enquanto possibilidade. . .
Posted on: Sat, 23 Nov 2013 01:12:46 +0000

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