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- Prestando atenção naquilo que realmente importa - "Se realmente a nossa memória afetiva funcionasse, perderíamos menos tempo com detalhes sem dispensáveis e prestaríamos atenção na essência das coisas. Se com toda verdade, usássemos da simplicidade, descartaríamos o amontoado de roupas sem uso, os enfeites nos armários, o exagero de fartura na mesa e dividiríamos com nosso próximo. Tudo é tão frágil, fugaz, repentino e a gente fica guardando as coisas, acumulando bens e fazendo testamento. Da mesma forma, histórias duram anos, meses, dias, horas ou minutos, mas se vão. Dores são curadas, se quisermos, ou em espaços rápidos ou com uma dose de remédio. Perdas acontecem diariamente. Ganhos também Recomeços, acontecem a todo instante. E nós humanos? Guardamos saudades, amores, alegrias, mágoas, coisas, e ficamos agarrados ao que não altera o nosso percurso. Perdemos tempo, estacionados em garagens acumulada de recordações, escuras de memórias passadas e esquecemos-nos de viver o presente com o seu sol quente ou nuvens de chuva. Investimos alto adquirindo coisas que ficam na periferia de nossas reais necessidades. Compramos o prazer de ter genéricos, quando a felicidade é interna. Recapitulamos e gravamos as lições velhas e ultrapassadas e deixamos de lado as lições novinhas que ainda não foram folheadas. Vivemos em abismos, a margem da simplicidade, para sabotar nossa alegria. Enganchamos o sapato, atolamos o tênis em situações, obstruindo o fluxo normal da vida. Valorizamos o que foi e agora não é mais. O inconformismo é a aposta do nosso umbigo enquanto o tempo passa sem dizer bye bye. Tudo vai. Tudo muda. Tudo vem. E vem, pode apostar. Vem para todo mundo. E ficamos colados em vírgulas que representam tão pouco, enquanto o restante da frase fica ao léu. O fragmento que nos incomoda. O pequeno e insignificante que nos atrapalha. O pedacinho que faltou e morremos por isso. A comida estava perfeita, apenas o prato não era novinho e a guerra começou por isso. O vestido é confortável, mas não é tão novo. Bastou isso para estragar o dia. O jardim está cheio de margaridas, mas chove lá fora, então por isso o dia vai mal. São os detalhes, farelos pequenos, ridículos, que alteram o nosso modo de viver. Nosso olhar microscópico enxerga os farrapos, enquanto o sol continua brilhando. Somos capazes de deixar, um tropeção causar ardor no nosso dia. Somos incapazes de enxergar com nitidez o jeito bacana que a vida olha para nós. Tudo não basta. Precisamos conquistar todo mundo. Nossa trilha precisa de uma atmosfera fenomenal para fazer valer a pena ter nascido, pois se não for assim, partidas, chegadas, as perdas e ganhos não farão diferença. Pobre de nós, que perdidos, não identificamos que é o exercício da virtude e não da posse, o trampolim para um coração satisfeito."
Posted on: Sat, 05 Oct 2013 20:28:25 +0000

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