- Quem mora na rua Boa Vista, em Rio Preto, particularmente nas redondezas do número 324, já deve ter percebido que o endereço não se trata de uma moradia convencional. Logo na entrada, os grafites pelas paredes e as banquinhas com roupas de brechó e produtos de artistas independentes sinalizam que o local tem uma dinâmica peculiar. - É naquele imóvel que há cerca de um mês funciona a mais nova residência cultural da rede de coletivos Fora do Eixo, formada por jovens conectados de forma integrada e que se pautam por um novo modo de produzir cultura e de fazer jornalismo. - A rede é a mesma que nos últimos dias tem sido alvo de críticas em vários textos que circulam nas redes sociais e deu origem ao projeto Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação). - Inaugurada no último domingo com programação que incluiu shows, números de dança e teatro, DJ e grafite ao vivo, a Casa Fora do Eixo Rio Preto funciona num sobrado com múltiplas funções, de maneira similar à de todas as casas que levam essa denominação. - O local tem três residentes fixos, jovens com dedicação integral ao FdE e oriundos do Timbre Coletivo, coletivo colaborador da rede fundado em 2011, em Rio Preto. Além de servir de moradia coletiva, o espaço é ponto de articulação das ações do FdE em Rio Preto e região, e palco das inúmeras atividades desenvolvidas pela rede, como encontros, debates, cursos de formação livre, imersões e vivências entre agentes culturais. - Raphaela França, 29 anos, Fabio Mouawad Luppi, 25, e Guilherme Cordeiro Di Curzio, 25, são os moradores fixos e dividem o espaço com vários viventes - residentes temporários que passam pela casa para colaborar com o grupo. “A gente se organiza de uma maneira para que todos que cheguem na casa se sintam à vontade”, explica Raphaela, que é atriz e também se dedica a trabalhos com grupos de teatro locais.
Posted on: Sat, 17 Aug 2013 04:24:56 +0000
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