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*Ampliação* ___Comemtarios da licao_____________________________________ Chegamos ao último dos profetas menores. Cobrimos um período de aproximadamente 300 anos desde Oseias até Malaquias. Foram doze profetas que Deus escolheu para convidar nações para uma vida com mais significado, evitando o mal e buscando o bem. Mas Israel seguiu outro caminho. Como seres humanos, somos tardios para aprender e por causa disso, Deus insistentemente trabalha conosco. Hoje, temos esses doze pequenos livros para nos ajudar a compreender aquilo que o Senhor espera de nós. Se a mensagem de muitos deles foi ignorada pelos primeiros ouvintes, conosco precisa ser diferente. Que vivamos o que estudamos neste trimestre! E quanto a Malaquias? Se Ester é o único livro bíblico em que Deus não é explicitamente citado, mas está inegavelmente presente na trama, vemos o oposto em Malaquias. Dos 55 versos desse livro, Deus é mencionado em 53, mas quase completamente ausente na vida do Seu povo. A seguir, você aprenderá sobre as áreas da vida dos israelitas que necessitavam de renovação espiritual e como podemos caminhar na mesma direção. I. Conhecendo o livro Se alguns dos profetas estudados neste trimestre não nos ofereceram muitas informações biográficas, Malaquias oferece menos ainda. Isso porque paira uma dúvida sobre o nome. Malaquias em hebraico significa “meu mensageiro”. Ou seja, talvez o livro seja anônimo. Foi assim que a versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, traduziu o primeiro verso do livro: “Sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel, por intermédio do seu mensageiro”. No entanto, existe a possibilidade de Malaquias ser a forma abreviada do nome hebraico Malachiayahu, “mensageiro do Senhor”. Em ambos os casos, a ênfase está na mensagem apresentada. Apesar de o livro não nos oferecer datas nem eventos específicos, existem algumas pistas que nos ajudam a situar o contexto. Sacrifícios estavam sendo feitos no Templo (1:7-10); os judeus estavam sob um governador (1:8), o que sugere o período Persa, e homens judeus estavam se casando com mulheres estrangeiras (2:11), um problema que já existia desde os dias de Esdras e Neemias. Por causa disso, é seguro afirmar que o livro tenha sido escrito em algum momento do 5º século a.C., em meados de 450 a.C. Após a reconstrução do templo, nos dias de Ageu e Zacarias, os israelitas se afundaram num estado de apatia espiritual. Tornaram-se desiludidos em relação ao futuro e céticos quanto às promessas de Deus. Esses sintomas geralmente levam a práticas perigosas como as que veremos a seguir. Foi para essa audiência apática que Deus falou por meio de Malaquias. II. A mensagem de Malaquias 1. A aliança de amor por Israel (1:1-5) 2. Reprovação da infidelidade de Israel (1:6–2:16) a) A infidelidade dos sacerdotes (1:6–2:9) b) A infidelidade do povo (2:10-16) 3. A vinda do Senhor (2:17–4:6) a) Sua vinda trará purificação e julgamento (2:17–3:5) b) Arrependimento é necessário para a vinda do Senhor (3:6-18) c) É certo que virá o Dia do Senhor (4) a) A infidelidade de Israel: Malaquias repreendeu o povo por ter caído novamente na infidelidade. Os sacerdotes mostravam desprezo pelo nome de Deus ao oferecerem animais doentes ou deficientes (1:6-14) e por violarem a aliança (2:1-9). Os homens de Israel estavam se casando com mulheres idólatras de outras nações, enquanto se divorciavam das suas esposas israelitas (2:10-16), e o povo estava em falta com Deus nos dízimos (3:8-12). O profeta demonstrou ao povo aquilo que Deus esperava do Seu povo (1:7-8) – tanto no culto como no estilo de vida. O que é mais chocante nessa infidelidade é o descaso dos israelitas diante de tudo o que Deus já havia feito e demonstrado a eles. “Eu vos tenho amado, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos tens amado?” (1:2). Será que a demonstração do amor divino tinha sido feita de maneira tão enigmática que não era reconhecida? Quando não tiramos um tempo diário para relembrar em meditação e oração aquilo que Deus fez ao longo das páginas das Escrituras e na nossa vida, a tendência é reagir como os israelitas. Há alguns anos conheci a história de um assistente social que trocou uma carreira promissora de advogado para ajudar pessoas carentes no Harlem, bairro com sérios problemas sociais em Nova York. William Stringfellow descreveu a reação dele diante de um dos jovens desse bairro: “Ele é sujo, ignorante, arrogante, desonesto, desempregado, não confiável, feio, rejeitado, sozinho. E ele sabe disso. Sabe que não tem nada digno de elogio. Ele não tem nada para oferecer. Não há nada que desperte amor por ele. É indigno de ser amado. No entanto, é exatamente [pelo fato] de que ele não merece o amor de outro que ele representa todos nós. Porque nenhum de nós é diferente dele nesse sentido. Todos nós somos indignos de ser amados. Mais do que isso, a vida desse garoto nos revela algo além de si mesmo. Ela nos [conduz ao] Evangelho, a Deus, que nos ama apesar de O odiarmos; que nos ama apesar de não [correspondermos ao Seu] amor; que nos ama apesar de não O agradarmos; que nos ama, não por causa de nós mesmos, mas por causa de Si mesmo; que nos ama livremente; que nos aceita, mesmo que não tenhamos nada aceitável para Lhe oferecer. No íntimo da existência detestável desse menino está o segredo escandaloso da Palavra de Deus.” Quando olhamos para nosso coração, é fácil perceber que não merecemos esse maravilhoso amor de Deus. b) Julgamento: Deus julgaria aqueles que praticavam o mal (2:17-3:5; 4:1) mas aqueles que O honravam seriam salvos e recompensados (3:16-18; 4:2-3). A adoração fiel a Deus sempre seria lembrada e recompensada (3:13-18). III. A relevância da mensagem de Malaquias A mensagem de Malaquias é relevante para nossa vida em pelo menos quatro áreas: Família: O casamento está sob constante ataque. Essa maravilhosa instituição divina tem sido escarnecida em filmes, novelas, músicas e livros. Por exemplo, de acordo com o IBGE, em 1984 tivemos 30.847 divórcios. Já em 2007, esse número subiu assustadoramente para 179.342. Muitos não mais levam a sério o casamento justamente pelo exemplo de muitos cristãos. Deus é explícito em Malaquias: “Eu odeio o divórcio” (2:16). Não creio que Deus seja o único a odiar o divórcio. Filhos também o odeiam. A esposa abandonada e o marido traído também. É lógico que, diante de abusos físicos e verbais a situação se torna insustentável, mas de maneira geral, o divórcio representa uma triste cicatriz na vida dos que estão envolvidos. Por outro lado, é necessário enfrentar os problemas e buscar ao Senhor em oração, não ignorá-los imaginando que, ao fazer isso eles se resolverão. Robert Murray McCheyne estava certo quando disse que a marca do hipócrita é ser cristão em toda parte, menos em casa. Mandamentos (3:7): Não é somente em assuntos familiares que temos deixado a desejar como igreja. Os mandamentos de Deus também estão sendo tratados de maneira leviana. Muitos cristãos, mesmo estando cientes das recomendações de Levítico 11, não se importam em consumir esporadicamente algum alimento de origem suína. Outros, não se sentem incomodados em fazer uso moderado de vinho. O que dizer daqueles que, por serem tão obcecados por futebol, naturalmente acompanham uma partida da sua seleção ou time nas sagradas horas sabatáticas? Dois mil e quatrocentos anos depois de Malaquias, me questiono se somos melhores que os israelitas da época do profeta. Dízimo (3:10): A Bíblia promete prosperidade material para os dizimistas fiéis? Não! Ela promete “bênçãos sem medida” (Ml 3:10). A ideia de “bênção” não tem que ver somente com finanças. A paz, os filhos, a saúde, uma família estruturada e a própria presença de Deus são considerados bênçãos, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Valores monetários não são o único tipo de benção que Deus promete em Sua Palavra. No entanto, nossa fidelidade ao Senhor não deve ser motivada por interesse, mas pela gratidão pelo que Ele tem feito por nós. Ao convidar Seu povo a ser fiel nos dízimos, Deus faz um pedido estranho e raro na Bíblia: “Fazei prova de Mim.” Ao longo da Bíblia, é comum vermos o contrário: Deus provando os seres humanos (Gn 22:1; Sl 11:5; 26:2; 66:10; 81:8, Pv 17:3). Deus pedindo para ser colocado à prova, além de raro, é curioso. Homens como Acaz, Gideão, Moisés e Elias são alguns que colocaram Deus à prova. Todos esses personagens estavam em situações especiais, assim como Malaquias. Numa época marcada pelo ceticismo e falta de compromisso com a verdade, Deus convida Seus filhos a renovar a confiança nEle por meio da fidelidade. Um último detalhe a respeito de Malaquias 3:10: Deus promete abrir as “janelas do Céu” e derramar “bênçãos sem medida”. A mesma expressão “janelas” ou “comportas do Céu” (‘arubot hashamaim em hebraico) é usada em Gênesis 7:11 para descrever o início do dilúvio. Em Gênesis, essas janelas se abriram para destruir o que os seres humanos já haviam destruído: a Terra. Em Malaquias, elas se abririam para abençoar aqueles que se aproximassem do Soberano do Universo de maneira completa. Adoração (1:6-2:9): Se na época de profetas como Sofonias e Oseias o problema de Israel era a idolatria, Malaquias estava enfrentando outro problema. Tratava-se do desinteresse na adoração. Logo nos primeiros versos do livro é possível ver um total descaso para com a adoração. Deus mesmo ironizou Seus adoradores sugerindo que eles levassem os animais oferecidos a um governante local para saber se ele aceitaria ou não! Note bem: esse problema não foi comum apenas durante o 5º século a.C. Podemos presenciá-lo e praticá-lo nos nossos cultos. Lembro-me de uma ocasião em que agendei um horário com um cônsul alemão que residia em Porto Alegre. Meu objetivo era obter uma bolsa de estudos num renomado instituto de língua alemã na capital gaúcha. Tomei cuidado para ser pontual e apresentei-me com um traje que demonstrasse meu respeito e seriedade por aquele momento. No consulado, pediram que eu desligasse meu celular e o deixasse num determinado lugar. Enquanto aguardava meu horário, comecei a comparar minha preparação para me apresentar diante de um ser humano e a forma pela qual costumo me apresentar diante de Deus. Podemos pensar que não há necessidade de pontualidade, nem que nosso vestuário seja tão importante assim. Ou que não haja problemas em utilizar alguns aplicativos de um Ipad, Iphone ou de um smartphone qualquer enquanto se canta um hino ou o sermão é pregado. Se Deus é quem Ele afirma ser, Ele é digno de uma adoração apresentada com todo o nosso ser, não apenas com nossa presença física. William Temple (1881–1944), arcebispo de Canterbury, Inglaterra, assim descreveu a adoração: “Adoração é a submissão de todo o nosso ser a Deus. É tomar consciência da Sua santidade; é o sustento da mente com Sua verdade; é a purificação da imaginação pela Sua real beleza; é a abertura do coração ao Seu amor; é a rendição da vontade aos Seus propósitos. E tudo isso se traduz em adoração, a mais íntima emoção” Adoração não ocorre apenas na igreja. Para o cristão, a diferença não está entre o sagrado e o secular. A diferença está entre o sagrado e o profano. Uma vida de adoração é o ideal cristão. Um hino escrito por Charles Wesley, no século 17, tem me acompanhado há algum tempo: Tu que veio do alto, ó, Senhor, Para trazer o puro fogo celestial e calor; A chama do amor sagrado acender Para no simples altar do meu coração Sua vida trazer. Deixe-a por Sua glória arder Com Sua chama inextinguível prevalecer, E que trêmula, à Sua fonte retornar Na oração humilde e no louvor ardente habitar. Jesus, o desejo de meu coração venha confirmar Pelo Senhor trabalhar e falar e pensar; Mas deixe-me o fogo sagrado manter, E ainda Seus dons em mim crescer. Para Sua vontade perfeita me preparar, Meus atos de amor e fé repetidos desabrochar, Até que a morte sele Sua infinita bondade, E torne completo meu sacrifício e verdade. Faça das palavras desse hino sua oração e torne sua vida um sacrifício aceitável a Deus.
Posted on: Fri, 28 Jun 2013 09:05:40 +0000

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