Aproveitando a ausência de trânsito automóvel na marginal do - TopicsExpress



          

Aproveitando a ausência de trânsito automóvel na marginal do concelho de Oeiras proponho um passeio ao longo do litoral com fantásticas vistas para o rio Tejo e Oceano Atlântico. O passeio também terá uma componente cultural com visita aos jardins da Quinta Real de Caxias e do palácio de Marquês de Pombal. O concelho de Oeiras, situado entre os concelhos de Lisboa, Amadora, Sintra e Cascais e confinando com o estuário do Tejo, a Sul, é um dos 18 concelhos que constituem a Área Metropolitana de Lisboa. A abertura em anfiteatro sobre o estuário do Tejo, dá-lhe a temperança dos ventos húmidos e o desafogo de um horizonte quase sempre marcado pelas águas entre rio e oceano. A riqueza dos solos, hoje menos recordada, e a proximidade a Lisboa destinaram-no, desde cedo, a um papel notável na envolvente da capital. O concelho, criado em 1759 por Carta Régia de D. José I, tem como 1º Conde de Oeiras, o Ministro do Rei Sebastião de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, facto com importância determinante no futuro do concelho tanto no que se refere ao enriquecimento urbanístico das vilas ribeirinhas, como à prosperidade do território rural onde sobressai, para além da demarcação da vinha de Carcavelos, o surgimento de numerosas quintas à semelhança da própria Quinta do Marquês de Pombal, cujos vestígios são uma das originalidades marcantes do património histórico concelhio. O século XIX foi determinante para Oeiras. Com a extinção das ordens religiosas, os Conventos tal como os Fortes passaram a centros de interesse crescente para o veraneio da classe burguesa de então, ao mesmo tempo que se multiplicam as casas apalaçadas, os chalets e as moradias, enriquecendo-lhe o perfil de uma “pequena Riviera” às portas de Lisboa. No século XX, a vocação para o lazer, desta feita de cariz mais popular, acentua-se por via do desenvolvimento dos meios de transporte, eléctrico e comboio, que passam a ligar facilmente o concelho de Oeiras a Lisboa. Paralelamente, a indústria floresce com a instalação, na primeira metade do século, de grandes unidades fabris como a Fundição de Oeiras e a Lusalite. A partir dos anos 40/50 Oeiras será profundamente influenciado pelo crescimento de Lisboa feito à custa da imigração de populações do interior do país que procuravam, neste e noutros concelhos vizinhos da capital, condições de fixação mais favoráveis, do ponto de vista económico. Mas hoje, vão longe os tempos de concelho-dormitório, de dependência económica de Lisboa e da indiferença carismática de uma situação suburbana, comum, aliás, a todos os concelhos da envolvente de Lisboa, e que tem vindo a ser superada até aos nossos dias, particularmente no concelho de Oeiras, por via de medidas de política nacional, regional e local. Programa: 10h: Início da caminhada em Algés junto á foz do rio Tejo. Passagem por Dafundo e Cruz Quebrada. 11h15m: Chegada a Caxias e visita á Quinta Real. O Paço Real de Caxias tem a sua origem no século XVIII, quando o Infante D. Francisco, filho de D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neuborg iniciou a sua construção. Com a sua morte, acaba por ser o Infante D. Pedro V a tomar posse da Casa do Infantado, a que pertencia a Quinta e a terminar as obras. Entre 1826 (data da morte D. João VI) e 1833 o paço esteve abandonado, até que D. Miguel de Bragança o ocupa durante alguns meses. Anos mais tarde serve de residência de Verão da Imperatriz e Duquesa de Bragança. Em 1985 é celebrado protocolo entre o Estado-Maior do Exército e a Câmara Municipal de Oeiras que procedeu à recuperação, manutenção e reutilização do jardim e cascata. Situado à beira mar, este pequeno “Jardim Le Nôtre” é bem um exemplo da sofisticada vida social do século XVIII. O principal elemento do jardim é a cascata, de várias galerias comunicantes e dispostas em trono, corada por pavilhão octogonal, tendo em plano médio o tanque de onde parte da água caía no lago e onde se salienta o conjunto escultórico de Machado de Castro. As estátuas representam uma cena mitológica, segundo a qual a Deusa Diana vinha tomar banho junto da gruta onde o seu amado pastor Endimião dormia um sono eterno. Das estátuas partiam vários jogos de água, emprestando ainda mais movimento aos figurantes deste gigantesco palco wagneriano. Para mais informações consultar: cm-oeiras.pt/noticiasDocument Ones/Brochura-QuintaRealCaxias.pdf 11h45m: Continuação da caminhada. Passagem por Paço d’Arcos e Santo Amaro de Oeiras percorrendo a marginal e o passeio marítimo. Passeio Marítimo Situado entre o Forte de S. Julião da Barra e a Praia de Santo Amaro de Oeiras, com uma extensão de 2400m, é um local de referência do concelho de Oeiras, onde se pode, desfrutando da sempre agradável vista para o mar, correr, caminhar e andar de bicicleta, proporcionando assim, a todos os visitantes, uma enorme sensação de bem estar. Passagem pelos fortes do concelho como o de São Bruno (Caxias), São João das Maias, Giribita (Paço de Arcos), Santo Amaro do Areeiro, Nossa Senhora das Mercês de Catalazete e avistaremos por perto o de São Julião da Barra. Destaque também para o forte de São Lourenço do Bugio na entrada da foz do rio Tejo. 14h: Chegada ao jardim Municipal de Oeiras. 14h30m: Visita aos jardins do Palácio de Marquês de Pombal. Os jardins, planeados originalmente por Carlos Mardel no século XVII, são de influência francesa e inspirados nos do Palácio de Versailles. Nos anos 60 do século XX, então na propriedade da Fundação Calouste Gulbenkian, e após a grande destruição que sofreu com as cheias então ocorridas, o jardim recebeu uma intervenção da responsabilidade do arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Teles. Hoje, após a sua aquisição por parte da Câmara Municipal de Oeiras, o conjunto dos jardins foi completamente reabilitado em termos de elementos naturais, assim como escultóricos. O conjunto formado pelo Palácio do Marquês de Pombal, a cascata dos Poetas, o Jardim da Água, com a sua fonte das Quatro Estações, assim como a Pérgola por onde se entra e o terraço das Araucárias com a escadaria revestida a azulejo e onde se encontra a fonte de embrechados, criam um harmonioso ambiente de acolhimento. Quanto às espécies naturais existentes aqui, podemos destacar na flora o choupo negro e branco, o jacarandá ou a nogueira, enquanto que na fauna temos muitas aves migratórias que escolhem este espaço para descansar das suas viagens. 15h: Fim de programa e regresso para Algés de comboio. Preço do bilhete: 1,80 € Data do evento: 22 de Setembro (Domingo) de 2013. Local de encontro: Em frente ao IPIMAR (junto á estação de comboios de Algés, lado do rio Tejo). Hora de encontro: 9h30m. Hora de início do programa: 10h. Hora de fim do programa: 15h. Percurso: Pedestre urbano e paisagístico. Distância: 16 km. Grau de dificuldade: Médio. Preço do programa: 5 €. A actividade está coberta por seguro. Conselhos: - Uso de calçado confortável; - Uso de vestuário adequado ao tempo; - Alimentação: trazer mochila com farnel e água; - Não se afastar do grupo; - Deixar o lixo nos locais apropriados; - Trazer chapéu e protector solar.
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 10:12:07 +0000

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