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/ Blogs e Colunistas Organize sua biblioteca virtual e converse com amigos sobre seus livros preferidos. Assine o Feed RSS | Saiba o que é 03/08/2013 às 9:00 literatura nacional, Livros da Semana Quem tem medo de Hilda Hilst? Maria Carolina Maia É sem meias palavras que Cristiano Diniz, organizador de Fico Besta quando me Entendem (Globo Livros, 236 páginas, 44,50 reais), seleção de vinte entrevistas dadas por Hilda Hilst ao longo da carreira, defende a escritora da fama de difícil e impenetrável que a envolve há décadas. “Difícil para quem? É claro que, se for alguém que só leia Sabrina ou algo parecido, vai achar Hilda difícil, como achará Clarice Lispector e Guimarães Rosa.” Para Diniz, as entrevistas, agora selecionadas e reunidas em livro, são um bom caminho para desmitificar e perder o medo de Hilda Hilst. “No acervo de Hilda na Unicamp, há muitas cartas de leitores que apontam isso: começaram a consumir a poesia ou a prosa de ficção logo após ler uma entrevista da autora”, conta o organizador, que trabalhou no Cedae (Centro de Documentação Cultural “Alexandre Eulalio”), localizado no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp (Universidade de Campinas). “Ao se compreender parte de seu pensamento, podemos, sem dúvida, ler Hilda de maneira diferente.” Se não desmitificam, as entrevistas atraem. Pintam o retrato de uma escritora corajosa e obstinada, que ainda jovem, na casa dos 30 anos, deixou a vida boêmia de São Paulo para viver em uma eterna residência literária no interior do estado. Ao lado do marido, Dante Casarini, Hilda se instalou em um sítio em Campinas, a Casa do Sol, onde passou a trabalhar diariamente em sua literatura. Também lia, e muito. Lia de tudo –- de ficção à física, que usou em experiências transcendentais com vozes que dizia de outro mundo, passando pela filosofia mais heavy metal. Cristiano Diniz não conheceu Hilda pessoalmente, mas conheceu a imensa personagem que se ergue das mais de cem entrevistas dadas pela vida. E, claro, conheceu a sua obra, que, para ele, não está sendo redescoberta, como dizem. “A distribuição melhorou a partir de 2002, quando então Hilda se tornou mais popular”, diz ele. “Lá se vão, certamente, mais de dez anos. Já podemos deixar de falar em ‘fase’ e falar em permanência do interesse por sua literatura.”
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 23:27:40 +0000

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