. Com Funcionava a Política no Brasil-Império ? . No Parlamento - TopicsExpress



          

. Com Funcionava a Política no Brasil-Império ? . No Parlamento Imperial Deputados, Senadores, 1º Ministro, Ministros de Estado e Imperador: . No Brasil, sob o regime monárquico, havia muito mais liberdade e muito maior tolerância política do que hoje, sob a forma republicana de governo. Éramos, na realidade, uma democracia. As eleições, tanto quanto o permitiam as nossas condições, eram revestidas de seriedade. Todos os partidos políticos faziam-se representar no Parlamento e revezavam-se constantemente no poder. . Os primeiros anos do Segundo Reinado eram de muita insegurança para o jovem Monarca que tinha que lidar com políticos calejados. Os liberais recorreram às armas em 1842, em 1844 os liberais revoltos foram anistiados e chamados de volta ao poder. O fato mostrou pela primeira vez, que o Poder Moderador podia servir de árbitro para as lutas entre as facções políticas. Os conservadores apesar de sua vitória, não se tinham encastelado no poder. O Poder Moderador dava ao Chefe de Estado várias atribuições, sendo a principal delas nomear e demitir livremente os Ministros. A faculdade de escolher os ministros permitia ao Chefe de Estado promover o rodízio dos partidos, impedindo que um deles se perpetuasse no poder pela manipulação das eleições. O desejo de todo partido é, naturalmente, conquistar e manter o poder. Os partidos da é poca não fugiam à regra. Novo avanço institucional se deu em 1847, quando foi criada a Presidência do Conselho de Ministros, também chamado de Primeiro Ministro. Francisco Paula Souza e Melo, um dos mais puros liberais da época, assinou o decreto de criação da Presidência. A partir daí o Imperador passou a discutir a constituição dos ministérios com os Presidentes do Conselho e a dirigir-se a eles para tratar assuntos de governo e maior consistência aos partidos políticos. Á medida que o sistema amadurecia, tornava-se cada vez mais parlamentarista, como era desejo de D. Pedro II. Em 1848, o gabinete liberal demitiu-se, e o Imperador operou a segunda mudança de partidos, chamando de volta os conservadores, agora sob a comando do ex-regente, então já Visconde de Olinda. As reuniões ministeriais realizavam-se em São Cristovão. No despacho coletivo, chamado de "sabatina", ouvia todos os ministros e fazia anotações a lápis em tiras de papel. Os sete ministros falavam sobre todos os assuntos, D. Pedro discutia, as vazes convencia, as vezes era derrotado. Tomadas a decisões cobrava deles sua implementação, bombardeando-os com telegramas e bilhetinhos. Só ao Barão de Cotejipe endereçou 200 cartas. . Fonte: Livro Ser ou não Ser (D. Pedro II) do Historiador José Murilo de Carvalho... .
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 06:50:36 +0000

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