Considerar as estruturas clínicas como mentiras que defendem a pessoa de sua singularidade saiu das aulas e dos escritos de Jorge Forbes. Ele falou/escreveu ideias que nos levam a isso em diversas instâncias, em especial, em Inconsciente e Responsabilidade, no qual o raciocínio está claro do começo ao fim. Veja, em tópicos: 1) Na contemporaneidade, o sujeito, desbussolado, sofre de sintomas avessos à interpretação e as modalidades de gozo, menos suscetíveis de se dialetizarem; 2) Como os sintomas contemporâneos não se servem necessariamente da metáfora paterna para cifrar o gozo auto-erótico, é frequentemente inútil abordá-los pela via da interpretação; 3) Solidários de seu sintoma (modalidade altamente condensada do seu gozo), esses indivíduos são presa fácil da tendência nominalista da psiquiatria contemporânea, que já não se esforça em captar a particularidade das estruturas clínicas; 4) Os psicanalistas do Instituto do Campo Freudiano propuseram um novo paradigma no campo da classificação do sofrimento psíquico: uma nova clínica continuísta, com base na pulsão, em detrimento da clínica estrutural clássica que classifica os sintomas (S1-S2) e os fantasmas; e 5) Esta clínica funciona porque responsabiliza o sujeito, ao contrário da clínica estruturalista, que culpabiliza a estrutura.
Posted on: Thu, 14 Nov 2013 13:56:53 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015