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" Do ponto de vista psicológico, o que é interessante, é que as ideias não funcionam no vazio, nos limbos, mas que elas estão em relação com a atividade humana, e com as paixões humanas. As ideias são ativas, vivas, quando elas se unem aos desejos e as emoções dos homens e das mulheres que os vivem e podem assim conquistar uma força coletiva. As ideias de emancipação, de liberdade, de igualdade, estão sempre presentes, elas existem intelectualmente, mas no curso monótono dos dias, elas estão desligadas da realidade, elas são como ideias utópicas. quer dizer que, se qualquer um as exige, todo mundo as conhece, mas, elas não intervêm na realidade coletiva. Como integrá-las à realidade cotidiana? Penso que é através dos processos sociais nos quais nós nos sentimos implicados. Para isso, eu insisto sobre o fato que a revolta ou as insurreições coletivas são um momento necessário nos processos revolucionários. É a insurreição coletiva que rompe com o imaginário estabelecido. É nesse momento em que o imaginário estabelecido se fratura que as pessoas se implicam, se fazem vivas e se apropriam das ideias libertárias. O que quero dizer por isso, é que nós não pensamos sozinhos,nem nós, nem ninguém. É um erro acreditar que pensamos sozinhos. Pensamos com o mundo, pensamos com os outros, pensamos com o que é e com o que pode ser, com o que existe e com o que poderá existir, com a realidade na qual nós pensamos ser e aquela na qual os outros dizem ser, e isso estrutura o pensamento, isso cria o imaginário coletivo, e ao mesmo tempo, os imaginários individuais se articulam nos diferentes movimentos de luta que fazem que as pessoas tomem consciência de sua situação. Nós o vemos cada vez vez que há um processo social maior como as grandes greves, é na ação que as pessoas se politizam". Eduardo Colombo
Posted on: Fri, 14 Jun 2013 22:03:36 +0000

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