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#EgyptFakeDemocracy ...um pobre país condenado,pelo interesse privado e influência geo-política,sob tutela do exercito que detém o PIB e as armas! Egito: Fraternidade Muçulmana não capitulará (I) 3/7/2013, MK Bhadrakumar, Strategic Culture strategic-culture.org/news/2013/07/03/egypt-muslim-brotherhood-will-not-capitulate-i.html (I) O Egito está por um fio e, paradoxalmente, o mais provável é que assim continue, no próximo governo. A narrativa que circula é simplista demais. Tratar-se-ia mais ou menos do seguinte: um governo eleito mostrou-se não só incapaz, mas arrogante e cruelmente insensível ante a exigência absoluta de democracia inclusiva; com economia estagnada; com carestia; com racionamento de combustível; com ‘apagões’ no fornecimento de energia elétrica – e com descontentamento fervente e cada dia mais fervente. Sim, claro que há muitas e muitas contradições. Pesquisa recente feita pelos Zogby Research descobriu que 74% dos eleitores egípcios confiam cada vez menos na Fraternidade Muçulmana; e que, simultaneamente, 75-78% dos mesmos eleitores tampouco confiam nos partidos de oposição. Em matéria enviada do Cairo semana passada, Leslie Chang resumiu, para a revista The New Yorker: “Depois de dois anos observando políticos dos dois lados da cerca prevaricar e muito prometer, nem melhorar em nada a vida dos mais pobres, os egípcios parecem estar rejeitando a democracia participativa, sem ter tido sequer chance razoável de participar dela. Num país governado por regime cada dia mais repressor e sem cultura democrática na qual se apoiar, o protesto na rua converteu-se em objetivo em si – mais recompensador que o duro trabalho de governança, de organizar e negociar. É política como catarse emocional, um modo de exibir fúria e frustração, sem se envolver no sistema.”[1] Quando a fúria popular assume proporções de mamute, como as ruas do Cairo veem hoje, algo tem de ceder. Mas em seguida, com outro presidente que substitua Morsi, ele também, mais depressa do que se supõe, estará no mesmo impasse, numa divisão política sem pontes possíveis que, hoje, cinde ao meio a nação egípcia. O impasse político é total. Os jovens, que estavam nas barricadas no levante de 2011 contra Hosni Mubarak, receberam hoje o reforço da Polícia e do Exército que, ontem, amaldiçoavam. As linhas de combate diluíram-se. A oposição democrática tem de lidar com o fervor revolucionário, num momento em que redes sociais mantidas por empresas como Twitter e Facebook parecem estar com a iniciativa. Segundo a narrativa dominante, há confronto e contestação entre o “Islã político” e a democracia liberal. Mas a Sociedade (salafista) Call do Egito e seu braço político, o Partido Nour, que se suspeita que seja financiado pela Arábia Saudita, preferem manter-se neutros (os salafistas estão apoiando a antecipação das eleições, principal demanda da oposição; mas não participaram das manifestações pela ‘demissão’ de Morsi). Pensemos: como se poderia ‘demitir’ Morsi? Não há regra constitucional ou outra lei que defina o meio pelo qual arrancar Morsi da presidência para a qual foi eleito para mandato de quatro anos, há um ano, com apoio de 51,7% dos votos, em eleição que não foi contestada e foi amplamente reconhecida como livre e justa. E não só isso. A Fraternidade Muçulmana venceu, nos dois anos e meio decorridos desde a derrubada de Mubarak, além da eleição presidencial, também as eleições parlamentares ocorridas seis meses antes; e venceu também um referendo votado seis meses depois, ainda em dezembro passado, que aprovou o projeto de Constituição redigido pelos Irmãos. Três milhões no Cairo e um milhão de pessoas em Alexandria assinaram o abaixo-assinado do Movimento Tamarod,[2] mas 2,5 milhões de egípcios no Alto Egito apoiaram e apoiam a Fraternidade. O Movimento chamado Tamarod (“rebelião”, “rebelde”, em árabe), que lidera a ação contra o governo da Fraternidade Muçulmana é, ele próprio, perfeito enigma. Ninguém sabe de onde saíram seus membros. Reza a lenda que teria sido criado por cinco jovens no final de abril, um dos quais designer de 27 anos, de cavanhaque e rabo-de-cavalo. Todos têm menos de 30 anos. Como Chang observou, o “estilo dominante entre eles é um “Revolucionário Casual”: cabelos compridos, camisetas com punhos cerrados estampados no peito, cigarros de enrolar na rua. Por que seria esse o único futuro pensável para o Egito?” (...) Mas o Movimento Tamarod parece ser o mais progressista no Egito, e saltou para o centro do palco ao explorar a seu favor (a) a aguda polarização da sociedade e o fracasso dos partidos políticos existentes, que não conseguiram propor programa alternativo; e o declínio dramático da confiança dos cidadãos nas instituições de governo. Ao mesmo tempo, em termos realistas, o único modo pelo qual o Movimento Tamarod poderia derrubar Morsi seria gerar e manter protestos de rua, que degenerem em violência de massa e levem ao colapso da ordem pública, o qual ou cria um álibi ou se converte em álibi – dependendo do ponto de vista – para a ação dos militares. Obviamente, intervenção militar significa voltar à lousa, desde o primeiro rascunho, anulando mais de dois anos de transição e duas eleições nacionais. A tragédia é que essa negação do passado pode gerar violência em escala sem precedentes, se se levar em conta o que se viu na Argélia. Como escreveu Shadi Hamid, do Brookings’ Doha Centre, no jornal Atlantic: “Se o primeiro presidente islamista eleito é imediatamente depois derrubado, o que impedirá alguém de tentar derrubar também presidentes liberais ou seculares? Se se analisam as justificativas do Movimento Tamarod para derrubar Morsi, só se listam problemas que, com certeza quase absoluta, continuarão a atormentar também seu sucessor. Pouco têm a ver com processo de transição viciado ou com Constituição redigida às pressas, as duas principais objeções da oposição; e têm tudo a ver com fraco desempenho administrativo. (...) A legitimidade não pode depender exclusivamente, sequer principalmente, de competência ou efetividade na administração! Se assim fosse, se justificariam muitas outras revoluções em muitos países; pelo menos, com certeza, em várias democracias europeias.”[3] Evidentemente a deposição de Morsi e a expulsão da Fraternidade, para longe dos espaços e corredores do poder, por golpe militar, não é via pela qual o Egito consiga arrancar-se da crise política pela qual passa. É preciso, isso sim, construir processo político mais inclusivo, o que implica, é claro, que Morsi altere seu estilo e abordagem do governo, e que faça concessões. Ainda mais evidentemente, é preciso que a Constituição seja respaldada por um consenso de opinião, e para isso é preciso emendar alguns dos artigos mais controversos, o que a Fraternidade terá de conceder e reconhecer. Outra vez, a crise no Egito é de tal modo radical e grave, que Morsi deveria considerar a possibilidade de formar um governo de unidade nacional, pelo menos até que se realizem eleições parlamentares. Quanto à oposição, é preciso que os partidos de oposição saiam de sua área de conforto, a partir da qual agem com petulância, quando as coisas não andam à moda deles. Os partidos de oposição ainda não explicaram por que até hoje ainda não conseguiram vencer eleições. A verdade crua é que políticos como Amr Moussa e Mohamed ElBaradei entendem que o povo egípcio teria alguma espécie de obrigação de elegê-los à presidência; como se o povo devesse a eles a presidência. Os partidos constituídos não cuidaram de construir organização política nem redes de base mediante as quais ouvissem e aprendessem a enfrentar o descontentamento social. É aí, precisamente, que a Fraternidade Muçulmana gera sua vantagem eleitoral. O que não é admissível é a oposição supor que poderia se recusar a aprovar eleições para um novo Parlamento, ‘porque’ a Fraternidade Muçulmana pode conquistar a maioria! Isso posto, Morsi e a Fraternidade também têm de entender que eleições não são tudo, numa democracia. Há no Egito uma crise de legitimidade política, com uma cisão quanto ao rumo da nação. Surgiu aí um impasse político que pode levar ao confronto com derramamento de sangue e a uma intervenção militar. É difícil prever o que virá, no futuro imediato. Não se deve descartar um golpe militar, embora não pareça provável. O problema, nesse caso, é que uma vez implantado no poder, militares só muito raramente abdicam e voltam à caserna. Ou haverá um golpe ‘pós-moderno’, estilo Turquia, com os militares pressionando Morsi a convocar novas eleições presidenciais. Problema, aqui, é que o Movimento Tamarod insiste que Morsi “tem de sair” e passar o poder ao presidente da Suprema Corte Constitucional , o qual, por sua vez, será feito presidente interino e organizará novas eleições presidenciais. É possível que Morsi convide líderes de oposição para compor um governo de unidade nacional, num arranjo de partilha do poder, e aceite revisar a Constituição. A renúncia de grande número dos ministros do governo Morsi nas últimas 24 horas sugere essa possibilidade. O que complica as coisas em qualquer desses cenários é também que há atores externos com apostas muito altas em jogo, no que aconteça no Egito... Grande parte do Oriente Médio está em torvelinho e a Fraterninade Muçulmana é ator importante não só no Egito, mas na Líbia, Tunísia e Palestina. Amanhã, poderá aparecer também no cálculo do poder político em países tão díspares quanto Síria, Jordânia e os estados do Conselho de Cooperação do Golfo Persa. Golpe no Egito agita a política regional (II) 4/7/2013, MK Bhadrakumar, Strategic Culture strategic-culture.org/news/2013/07/05/egypt-coup-churns-up-regional-politics-ii.html Na sequência de eventos, o que se viu foi que uma série de concessões que Mohamed Morsi fez, na reunião de quatro horas no palácio presidencial com o general Abdul Fatah al-Sissi, comandante do Exército Egípcio, não foi suficiente. Morsi ofereceu, como concessões políticas, segundo o jornal Guardian: • Formar um governo nacional com representação de todos os partidos; • Formar uma comissão neutra, para alterar a Constituição; • Convocar um Conselho Constitucional para apressar a legislação sobre eleições parlamentares; e • Um novo Procurador Geral (que já partiu). Além disso, Morsi deixou fortemente sugerido que, se lhe apresentassem um plano para realizar um referendum sobre sua presidência, seria aceito. Pois nada disso impressionou Sissi. O xis da questão é que Sissi já tomara todas as decisões, depois de receber sinal verde de Washington para prosseguir com um golpe “suave” [orig. “soft”]. Sabe-se agora que ninguém menos que o Secretário de Defesa dos EUA Chuck Hagel, esteve em contato com Sissi, de Washington. O Pentágono foi forçado a admitir que Hagel telefonou a Sissi semana passada, mas recusa-se a divulgar detalhes da conversação. Perguntado por que o Pentágono mantém segredo sobre essa conversa, o porta-voz do Pentágono, George Little, respondeu aos jornalistas que “Acho que vocês entendem que a questão é muito sensível. É isso. Tomamos a decisão de divulgar que houve o telefonema. E ponto final.”[4] Significa que o famoso ultimatum dado pelo Exército Egípcio a Morsi na 2ª-feira aconteceu, sim, depois de conversa entre Hagel e Sissi. A explicação de Sissi é que o Exército rejeitara a oferta feita por Morsi, de um governo de unidade e reconciliação nacional, porque sentia que o povo estava pedindo ajuda. Simultaneamente, houve outros sinais eloquentes. Os britânicos recusaram-se a condenar o golpe no Egito. William Hague, secretário de Relações Exteriores disse que “A chance de um futuro democrático foi duramente conquistada pelo povo egípcio há dois anos e meio. Mas, com olhos no futuro, conclamamos todos os partidos a mostrar capacidade de visão e de liderança para renovar a transição democrática no Egito.”[5] O presidente Barack Obama evitou cuidadosamente a palavra “golpe”, ao comentar os eventos no Egito. Pela lei dos EUA, se se tratasse de “golpe”, toda a ajuda norte-americana ao Egito teria de ser suspensa. A declaração da Casa Branca exibiu tom defensivo, extremamente cauteloso, evitando qualquer condenação aos militares egípcios e, na direção oposta, conclamando a Junta a agir com bom-senso e completar a transição até um governo democraticamente eleito. Estranhos parceiros de cama Os EUA planejam aumentar a ajuda aos militares egípcios, para influenciar as políticas da Junta. A declaração da Casa Branca reconhece explicitamente que, em última análise, as políticas dos EUA baseiam-se em “valores e interesses partilhados”. O golpe de estado no Egito provocou diferentes reações na Região. Poucas horas depois da fala de Sissi à nação, na 4ª-feira, na qual anunciou que o presidente da Suprema Corte Constitucional do Egito, Adli Mansour, assumia o posto de presidente interino, chegava ao Cairo um telegrama do rei Abdullah da Arábia Saudita, felicitando o novo presidente e congratulando-se com os militares. Ao falar, pela televisão, Sissi apareceu ladeado, dentre outros, pelo presidente do Partido Nour (salafista), que claramente apoiou o golpe. O Partido Nour é financiado pela Arábia Saudita, como contrapeso à Fraternidade Muçulmana. Ao lado de Sissi via-se também o xeique da mesquita Al-Azhar no Cairo, que mantém laços muito próximos com o establishment saudita. Um dos primeiros atos da Junta militar foi invadir a redação da sucursal da rede al-Jazeera no Cairo e prender seus jornalistas. Essa empresa de mídia é ligada ao regime qatari, e Doha sempre foi dos mais empenhados apoiadores – e financiadores – do governo de Morsi. Mas a Turquia, diferente os sauditas que festejam, criticou o golpe no Egito. O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmed Davutoglu, segundo os jornais, teria dito que “Só eleições podem dispensar do dever de governar, vale dizer, o desejo do povo. É inaceitável que um governo, chegado ao poder mediante eleições democráticas, seja derrubado por meios ilícitos e, ainda pior, por um golpe militar.”. O Partido Liberdade e Justiça, no governo da Turquia, foi aliado íntimo da Fraternidade Muçulmana no campo ideológico e tem apoiado o braço sírio da mesma Fraternidade. O presidente sírio Bashar al-Assad, como seria de esperar, não escondeu a satisfação ante o fim do governo de Morsi.[6] De fato, o golpe gerou estranhos companheiros de cama. Foi recebido com compreensão, apoio ou aquiescência, por EUA e Grã-Bretanha, seus aliados no Golfo, sobretudo a Arábia Saudita, e na Jordânia. É interessante também para a Síria, que vê a Fraternidade expulsa do poder num país árabe chave. Teerã não ganha nem perde, mas a mídia iraniana deu destaque à reação síria e criticou Morsi. Quem ganha e quem perde Há um complexo conjunto de razões a analisar nesse estranho realinhamento regional. Evidentemente, os EUA têm parceiro importante no exército egípcio, mas jamais confiaram plenamente na agenda e nas intenções da Fraternidade, indutora do Islã político no novo Oriente Médio. Sissi é figura bem conhecida em Washington e seu toque islamista “suave” ajuda as políticas dos EUA no cenário regional dominante. Do ponto de vista dos EUA, o fator crucialmente decisivo é que os militares egípcios sem dúvida alguma trabalharão em íntimo contato com Israel; sem dúvida manterão o tratado de paz de 1979; e sem dúvida manterão o Hamás (ramo brotado no tronco da Fraternidade Muçulmana) sob rédea curta. O governo provisório é uma coalizão que inclui o timoneiro da era Hosni Mubarak e muitos políticos liberais conhecidos pela adesão ao Consenso de Washington. O FMI, muito provavelmente, controlará a economia do Egito. Por outro lado, os militares cooptaram o Partido Nour (islamista salafista) que vive sob influência da Arábia Saudita – o que aumenta ainda mais o limiar de conforto de EUA-Israel, garantindo que o incipiente aquecimento de relações entre Egito e Irã volte a esfriar completamente. Feitas as contas, o governo Obama pode ter esperança de que um novo arranjo no Cairo não criará dificuldades à agenda geopolítica dos EUA na Região. A antipatia dos sauditas e de seus parceiros do CCG – sobretudo dos Emirados Árabes Unidos – assim domo da Jordânia, contra a Fraternidade Muçulmana não é difícil de entender, posto que os Irmãos procuraram ativamente fazer ‘mudança de regime’ nesses países e a ascendência da Fraternidade no Egito é mau exemplo para a rua árabe. A volta das elites da era Mubarak ao poder no Cairo muito agradará aos sauditas. Ao contrário, Qatar e Turquia, que acalentam ambições regionais e consideram a Fraternidade Muçulmana como parceiros úteis, têm de voltar às mesas de planejamento. Para o regime sírio, a Fraternidade Muçulmana tem sido anátema, porque o eixo turco-qatari projeta seu braço sírio como oposição dominante. A rivalidade saudita-qatari pode lançar sombras sobre o conflito sírio e pode também se alastrar para o Líbano. Mais uma vez, o governo de Recep Erdogan terá muito com que se preocupar com a possibilidade de o golpe militar no Egito impor um mau precedente para a Turquia, onde, também, um cisma agudo apareceu contra a agenda de “islamização” do partido governante. Os militares turcos são parecidos com os militares egípcios no ethos secular, e tem longa tradição como agenciadores do poder. Enquanto isso, a parceria entre Erdogan e o governo Obama perdeu o brilho e é cada vez mais incômodo para Washington ‘equilibrar’ o islamismo e a antipatia de Erdogan contra Israel. Bem feitas as contas finais, contudo, Israel é a potência regional mais afetada pelas mudanças no Egito. A volta da liderança militar no Cairo trabalha a favor dos interesses de segurança de Israel. O estado egípcio olhará mais para dentro, no futuro próximo, buscando uma nova identidade, empreitada eivada de todos os tipos de incertezas. Dito em outros termos, o alinhamento regional nascente Egito-Qatar-Turquia, do qual a liderança do Hamás começou a ocupar-se ultimamente, desintegrou-se do dia para a noite; e isso deixa o grupo militante vulnerável à pressão dos israelenses... Quanto, afinal, ao governo Obama, teve de voltar atrás no flerte com os Irmãos egípcios (e com o islamismo), que Israel e seus apoiadores nos EUA buscavam insistentemente. Em resumo: Israel é o grande vencedor individual. [1] newyorker/online/blogs/newsdesk/2013/06/egypts-petition-rebellion.html [2] Sobre o movimento, ver também 5/7/2013, “Tamarod egípcio: Ação política com prazo de validade” [3] 27/6/2013, Shadi Hamid, “Is a Second Revolution Really What Egypt Needs?”, Atlantic, em goo.gl/oWuNd [4] 3/7/2013, Al-Arabiya, english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2013/07/03/Hagel-calls-Egypt-s-defense-minister-refuses-to-disclose-details-.html [5] 3/7/2013, standard.co.uk/news/world/cameron-let-democracy-flourish-in-egypt-8686156.html [6] Ver 4/7/2013, Presidente al-Assad ao jornal al-Thawra: “O povo egípcio derrubou o chamado ‘Islã político’”, em redecastorphoto.blogspot.br/2013/07/presidente-al-assad-ao-jornal-al-thawra.html [NTs].
Posted on: Sat, 06 Jul 2013 03:24:24 +0000

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