“Entre os anos 1929 e 1932, 85 mil empresas e 5 mil bancos faliram nos E.U., cerca de um quarto da força de trabalho daquele país (12 milhões de homens) ficou desempregada e a renda nacional reduziu-se a menos de metade. E esta crise, como se sabe, não assumiu apenas características nacionais. (...) Contudo, o pensamento económico dominante permanecia olimpicamente distante da negra realidade. (…) Na opinião destes economistas a realidade não estava a demonstrar a inadequação da sua teoria e os desvios que aquela apresentava seriam fruto de interferências artificiais que estariam afastando o mercado do funcionamento que supunham normal. O equilíbrio da economia estaria a exigir uma redução dos salários reais, a qual não era obtida pela insistência dos trabalhadores em não aceitá-la. No fundo, seria esta a razão do grande número de desempregados. Em outras palavras, os trabalhadores seriam os próprios responsáveis pela situação em que se encontravam.” História do Pensamento Económico, E. K. Hunt e Howard J. Sherman, 1977
Posted on: Fri, 08 Nov 2013 12:34:14 +0000
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