Nunca vá a parques que exploram animais para ganhar dinheiro. Gabriela Cowperthwaite, cineasta norte-americana de mãe brasileira, lançou em julho um polêmico documentário sobre a indústria do entretenimento que usa orcas como principal atração, nos EUA. O filme, chamado “Black Fish” (Peixe Negro), foi destaque em uma matéria no Fantástico do último domingo (18) e deve chegar ao Brasil nos próximos meses. Há rumores de que ele será apresentado aos brasileiros no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, no final de setembro. Em uma crítica direta aos parques SeaWorld, que mantém orcas em cativeiro, a diretora Gabriela trabalhou durante dois anos para finalizar o trabalho, que traz depoimento de ex-treinadores e explicações científicas para as mortes ocorridas nos parques durante as últimas décadas. O caso mais recente é a morte da treinadora Dawn Brancheau, atacada pela orca macho Tilikum, capturada na Islândia nos anos 80. Outras duas pessoas já haviam sido mortas por Tilikum antes de Dawn, mas até hoje a orca é uma das principais atrações do SeaWorld. Gabriela explica que na natureza, uma orca como Tilikum pode nadar quilômetros por dia e viver até 90 anos. Livres, elas ainda tem a possibilidade de manter distância de outras orcas. Nos parques, em aquários minúsculos e obrigadas a conviver com outras orcas que não são de sua família, elas não chegam a 45 anos de vida e vivem estressadas. Neste ambiente hostil, as orcas são treinadas e fazem shows para mais de 12 milhões de expectadores que lotam os parques da SeaWorld e geram mais de 4,5 bilhões de reais de faturamento anual para a empresa. O documentário “Black Fish” será lançado em DVD nos EUA e na Inglaterra na segunda-feira (26).
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 00:06:40 +0000
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