O revolucionário marxista-leninista chinês Mao Tsé-tung, - TopicsExpress



          

O revolucionário marxista-leninista chinês Mao Tsé-tung, reinterpretou o comunismo para a realidade chinesa, afirmando o potencial revolucionário do campesinato, lançando a teoria da guerra popular prolongada, com o cerco das cidades através do campo. Ou seja, defendia a formação de um exército camponês, que deveria do campo tomar as cidades após uma longa guerra civil(ou guerra popular, na terminologia maoista). A Revolução Chinesa Em 1921, foi fundado o Partido Comunista Chinês, que se aliou aos nacionalistas do Kuomitang, para combater os chamados senhores da guerra. A China estava em convulsão social desde o final da Primeira Guerra Mundial, e o poder real pertencia a bandos armados liderados por esses senhores da guerra. Em 1927, os nacionalistas do Kuomitang romperam a aliança com os comunistas, dando início a guerra civil que acabaria levando a implantação do socialismo na China. Em 1928, o Kuomitang tomou o poder, quando suas tropas derrotaram os exércitos dos senhores da guerra, ocupando Pequim e reunificando a administração do país. Mas os nacionalistas estabeleceram uma ditadura militar, que oprimia o campesinato, o que acabou contribuindo para o crescimento do exército comunista, comandado por Mao Tsé-tung. Em 1937, o Japão invadiu a China, levando nacionalistas e comunistas a restabelecerem a aliança, para que juntos combatessem o invasor japones. Mas terminada a Segunda Guerra Mundial, com a derrota dos japoneses, a aliança foi desfeita e teve reinicio a guerra civil. Em 1º de outubro de 1949, após as tropas comunistas terem derrotado as tropas do Kuomitang, vencendo a guerra civil, o revolucionário Mao Tsé-tung proclamou a República Popular da China. Os nacionalistas do Kuomitang fugiram para Taiwan, onde sobre proteção dos EUA, estabeleceram seu governo, que foi reconhecido pela ONU. A China socialista se isolou do mundo ocidental. Os soviéticos ajudaram os comunistas chineses nos primeiros anos de implantação do socialismo. A construção do socialismo chinês recebeu inicialmente um valioso apoio da URSS. A ajuda soviética veio em forma de assessoramento técnico, científico e, principalmente, financeiro. Entre 1950 e 1956, a assistência soviética contribuiu decisivamente para a recuperação e posterior desenvolvimento da economia chinesa. (Renato Cancian; em Conflito entre China e URSS e o Grande Salto) O governo comunista promoveu a reforma agrária, investiu na educação popular e combateu antigos costumes, que discriminavam as mulheres chinesas. E o principal, garantiu a unidade nacional. Em 1956, o processo de desestalinização promovido por Nikita Kruschev na URSS, acabou levando a ruptura com a China, pois Mao condenou essa política como revisionista, defendendo o legado stalinista. Assim como o socialismo na URSS e no Leste Europeu, o regime maoista era autoritário e burocrático, com o poder nas mãos do Partido Comunista e não dos trabalhadores. E com o passar dos anos, o regime foi ficando mais autoritário, tornando-se uma espécie de versão chinesa do stalinismo. O Grande Salto Para Frente No final dos anos 50, o regime maoista já era extremamente autoritário, quando em consequência do fracasso do Grande Salto para Frente, ocorreu a morte de mais de 30 milhões de camponeses, vitimados pela fome. O Grande Salto tinha como premissa a mobilização de todos os recursos humanos da China, em particular da massa camponesa, que constituía cerca de 80% da população, a fim de acelerar o desenvolvimento econômico e a igualdade entre todos num curto período de tempo. Ironicamente, porém, o Grande Salto foi um desastre completo, que levou à desorganização da economia chinesa e ao aumento da fome no campo, acarretando a morte de milhões de camponeses. O núcleo do projeto desenvolvimentista era a auto-suficiência e a auto-sobrevivência, ou seja, cada vilarejo deveria produzir os alimentos e os bens necessários. A obsessão para atingir metas de produção, porém, levou os dirigentes chineses a dispensarem o conhecimento técnico e o planejamento antecipado, precipitando o surgimento de problemas insolúveis para o país. As minas de carvão que se proliferaram por todo o país arruinaram os campos férteis; o cultivo irregular de determinados grãos e alimentos ocasionaram o cansaço do solo; a construção de represas sem o devido planejamento e estudo técnico arruinou os solos, tornando-os imprestáveis para o cultivo; as máquinas agrícolas careciam de peças de reposição, entre inúmeros outros problemas. (Renato Cancian; em Conflito entre China e URSS e o Grande Salto) O desastre econômico e social provocado pelo Grande Salto a Frente, gerou conflitos internos de grandes proporções no PCCh - Partido Comunista Chinês, abrindo caminho para a perda de poder de Mao Tsé-tung. Para recuperar a economia, os novos dirigentes do Estado socialista chinês reavivaram alguns princípios característicos do sistema capitalista, como por exemplo, recompensas por esforços no trabalho. Eles também desmontaram as comunas rurais e readotaram o gerenciamento técnico na condução da produção econômica. Entretanto Mao Tsé-tung não perdeu o poder por completo. Ele manteve-se como líder supremo do Exército de Libertação Popular (ELP) e, com o apoio dos militares e de facções políticas atuantes dentro do PCCh, Mao retomou as rédeas do Estado chinês, reconduzindo a seu modo a construção do socialismo.
Posted on: Sun, 27 Oct 2013 03:13:14 +0000

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