(Olavo de Carvalho) Notas do filósofo Olavo de Carvalho, - TopicsExpress



          

(Olavo de Carvalho) Notas do filósofo Olavo de Carvalho, organizadas por Felipe Moura Brasil. 1. Todo plano estratégico de grande envergadura e longa duração é, por definição, inverossímil aos olhos da população média e também, necessariamente, aos da maior parcela da militância incumbida de realizar as inúmeras operações parciais destinadas a implementá-lo. Se dissermos a um militante petista que ele está trabalhando para tal ou qual finalidade geral que lhe escapa, ele garantirá que estamos completamente loucos ou que fomos pagos para mentir contra o seu partido. Hoje os historiadores conhecem em detalhe, por exemplo, o plano global de Stálin para desencadear a II Guerra Mundial mediante o incentivo simultâneo ao crescimento do poder nazista na Alemanha e à campanha antinazista no resto da Europa. Isso era segredo de Estado, e nenhum dos milhões de militantes entusiastas que, na época, bradavam slogans antinazistas na França ou em Londres tinha a menor idéia de que o inimigo que odiavam era ao mesmo tempo alimentado pela mesma fonte da qual recebiam instruções. Pierre Massé dizia que planos são "o anti-acaso", o que significa que todo plano deve poder absorver, no curso da sua execução, toda e qualquer mudança imprevista, mas também utilizar em seu proveito a impressão de casualidade e inconexão na mente de seus executores menores e principalmente de seus adversários. 2. A confluência de duas linhas causais antagônicas - o esvaziamento ideológico da direita e o crescente e justo descontentamento popular com a esquerda - produziu um resultado singularmente exótico: por toda parte pululam protestos pontuais, baseados em interesses grupais ou em sentimentos subjetivos ofendidos (religiosos, em geral), sem nenhuma articulação ou consciência estratégica de conjunto. Em segundo lugar, esses protestos tendem a tomar a forma da luta parlamentar normal, que neutraliza até mesmo qualquer vitória parcial obtida, na medida em que legitima no mesmo ato o sistema hegemônico, ajudando-o a dar ares de democracia saudável ao que é, na verdade, um unipartidarismo muito mal camuflado. Os religiosos protestam contra o aborto e o gayzismo, os ruralistas contra o MST, os militares contra o desmantelamento das Forças Armadas, o pai de família contra a falta de segurança, os policiais contra a proteção aos bandidos, os arrozeiros contra as reservas indígenas crescentes, e assim por diante. Falta por toda parte a consciência de que por trás de todos esses males há uma só força agente: o Foro de São Paulo. Por isso é que não me entusiasmo muito por nenhuma dessas causas parcelares, todas elas justas em si mesmas porém ineficazes no quadro real das coisas. P.S.: ABC da estratégia. Sun-Tzu ensinava que é preciso conhecer o inimigo; Napoleão Bonaparte, que é preciso atacá-lo no ponto mais vulnerável. O inimigo é o movimento comunista continental; seu ponto mais vulnerável, as finanças do Foro de São Paulo. Tirem as conclusões. Tiago Cabral Por que as finanças? Olavo de Carvalho (1) Porque são completamente ilegais e isto é facílimo de provar; (2) porque exposto a inquéritos o Foro ficará paralisado, sem margem de manobra.
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 17:36:27 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015