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“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” ( Rm 12:1 ) Como cumprir a recomendação do apóstolo Paulo? Em primeiro lugar não é se socorrendo da definição de sacrifício que consta em dicionários. Saber que sacrifício é ‘qualquer coisa consagrada e ofertada a Deus’ não nos auxiliará na compreensão da orientação paulina, pois não há dicionário no mundo que esclareça como tornar um ‘corpo’ possuidor dos predicativos que se seguem: vivo, santo e agradável. Em segundo lugar, sabemos que é impossível ao homem natural compreender as coisas de Deus, portanto, não podemos esperar que o trabalho de lexicógrafos nos auxilie na compreensão das Escrituras ( 1Co 2:14 ). O apóstolo Paulo roga aos cristãos, ou seja, ele não estabelece uma determinação, uma ordenança, ou uma lei, pois ao chamá-los de irmãos, demonstra que, apesar de estar em posição de impor determinações, por ser apóstolo, não impõe, pois tudo que um cristão faz é voluntário, pois Deus a ninguém oprime ( Jó 37:23 ). Ele roga aos seus irmãos pela compaixão de Deus, ou seja, por Cristo. Cristo é a compaixão de Deus revelada aos homens. O apóstolo Paulo não utiliza o seu apostolado para impor determinações aos cristãos, antes roga no nome do Senhor Jesus, o primogênito dentre muitos irmãos, para que a sua exortação fosse acatada ( Rm 8:29 ). Como o verso em análise aborda as questões de oferta e sacrifício, geralmente vem à mente do leitor os sacrifícios oferecidos sob a velha aliança. Porém, os sacrifícios que se ofereciam segundo a lei eram todos ‘cadáveres’, por mais perfeito que fosse o cordeiro escolhido. Para o sacrifício o animal era morto e, após, disposto sobre o altar em holocausto, mas Deus já sinalizava que não se deleitava somente na sombra dos bens futuros Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos ( Sl 51:16 ). Embora o sacrifício para a redenção da humanidade já foi ofertado, pois Cristo é o Cordeiro de Deus, a bíblia nos demonstra que sob a nova aliança também é possível oferecer sacrifício a Deus. O escritor aos hebreus assim orienta: Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome ( Hb 13:15 ), ou seja, por intermédio de Cristo (compaixão de Deus) se oferece a Deus ‘sacrifício de louvor’, que nada mais é do que professar o nome de Cristo. Neste mesmo sentido alerta o apóstolo Pedro: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” ( 1Pe 2:5 ). Ele demonstra que os cristãos são ‘casa espiritual’ e exercem um ‘sacerdócio santo’, ou seja, sacerdócio real segundo a ordem de Melquisedeque. Como? Se Cristo é a pedra fundamental, o sumo sacerdote, o sacrifício e o primogênito entre muitos irmãos, todos os cristãos, como coerdeiros, filhos de Deus, também são pedras vivas e sacerdotes real edificados casa espiritual ( 1Pe 2:15 ). Mas, qual o objetivo de os cristãos terem sido edificados casa espiritual? Para oferecerem sacrifícios agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo ( Hb 13:15 ). Que sacrifício é este? O fruto dos lábios, ou seja, anunciar a Cristo (a palavra, o Verbo encarnado), a pedra de tropeço no qual os homens tropeçaram ( 1Pe 2:8 ). O apóstolo Pedro destaca que os cristãos são ‘geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido’ para oferecerem sacrifício de louvor, ou seja, anunciando ‘as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz’ ( 1Pe 2:9 ). Neste sentido o salmista Davi preanunciou: Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus ( Sl 51:17 ). Como ele haveria de sacrificar? Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó SENHOR, porque é bom ( Sl 54:6 ). Por que Ele haveria de louvar? Porque ‘aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará’, ou seja, qualquer que queira oferecer sacrifício de louvor, ou o ‘fruto dos lábios’, deve anunciar as virtudes de Cristo professando o seu nome ( Sl 50:23 ; 1Pe 2:9 ; Hb 13:15 ). Compare: Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos ( Jo 15:8 ); “Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará” ( Sl 50:23 ); Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome ( Hb 13:15 ). Jesus demonstrou que glorificou o Pai anunciando o seu nome aos homens, e para que o cristão seja discípulo de Cristo deve produzir muito fruto, ou seja, anunciar o nome do Pai, o mesmo que glorificá-Lo “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer (...) Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” ( Jo 17:4 -6). Se o sacrifício do cristão é oferecer o ‘fruto dos lábios’, ou ‘sacrifício de louvor’, ou ‘professar o nome de Cristo’, que glorifica o Pai, o que o apóstolo Paulo propõe aos irmãos no verso 1 do capítulo 12 da epístola aos cristãos em Roma? Como é assente que ‘um texto fora do contexto é pretexto’, devemos analisar o contexto de Romanos 12. Antes de analisarmos o contexto de Romanos 12, observe este verso: Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do SENHOR ( Sl 116:17 ). Por que é necessário observar este verso do Salmo 116? Porque neste verso há um paralelismo sinônimo, ou seja, a segunda linha, apesar de empregar termos diferentes, repete o pensamento da primeira linha, que é uma das características da poesia hebraica.
Posted on: Sun, 01 Dec 2013 16:18:58 +0000

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