#SeductiveHell Gritos Espectrais - I - TopicsExpress



          

#SeductiveHell Gritos Espectrais - I (terceira parte) Acordei num sobressalto tal, que tiveram de parar o carro no meio da auto- estrada. Saí a correr de dentro do carro, e inclinando-me contra as protecções da auto- estrada, vomitei até não puder mais. Voltei para dentro do carro, após uns dez minutos, cambaleando violentamente. Deitei-me novamente no colo da minha prima, olhando para a noite através da janela do carro. A lua, em quarto minguante, parecia um sorriso sarcástico, que a noite derramava sobre o meu espírito. Fechei os olhos, e deixei-me adormecer num sono sem sonhos. À porta de casa, a noite parecia ainda mais sombria. Eu tinha na altura uma vivenda, na qual morava sozinho, nas imediações da cidade de Almada. Era uma vivenda velha, com um imenso jardim, coberta pela relva mais verde que eu alguma vez tinha visto. Um caminho empedrado ligava o portão à porta da casa. Olhei então para trás, verificando a calma sombria em que o meu jardim estava mergulhado. Ao fundo do jardim, o carro dos meus familiares arrancava calmamente, abandonando a minha vista. Encarei novamente a porta da minha casa. A madeira velha e húmida, rangia enquanto abria calmamente a porta, reflexo de tudo o que me tinha sucedido naquele dia mortiço. O cheiro a humidade, o frio que me entrava até aos ossos, era algo comum naquela velha vivenda. Era necessário reconstruir grande parte da casa, contudo, era algo que teria de esperar, pois o inverno era bastante ríspido, e não me permitia fazer a mais pequena alteração. Movimentando-me através da escuridão, dirigi-me à divisão da casa onde me sentia melhor, não só pela temperatura amena que aquela divisão conseguia manter, mas por ser a minha biblioteca pessoal, onde mantinha todos os livros que eu tanto gostava de ler, e que me tinham acompanhado durante tanto tempo. Tratei de pousar o saco, que tinha levado comigo para a Póvoa da Lomba, no chão, e comecei a ligar umas velas que tinha espalhado pela biblioteca, sem vontade de ligar uma única lâmpada. A luz eléctrica cansava-me imenso, portanto, a pouca luz das velas era tudo o que necessitava. Passando os dedos pelos livros de vários escritores, do ficcional ao histórico, agarrei- me aos escritos de Lovecraft. Necessitava de esquecer o sucedido, e a melhor maneira de o fazer, era ler.
Posted on: Sun, 01 Dec 2013 16:36:17 +0000

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