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“Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Ora, este feixe tanto mais força terá quanto mais homogêneo for.” (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec Item 331) Allan Kardec nos adverte logo no início do Capítulo XXIII – Da Obsessão, do Livro dos Médiuns, sobre o fato de que entre as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo, a obsessão ocupa o primeiro lugar. E no mesmo item 237, afirma: “Trata-se (a obsessão) do domínio que alguns Espíritos podem adquirir sobre certas pessoas.”. Estudando os itens 238, 239, 240 e 241, podemos concluir que Kardec, ao distinguir e definir as variedades desses fenômenos, se referia aos médiuns, pois no referido capítulo o autor trata, na época, especificamente da obsessão no exercício da prática mediúnica. Mais adiante, no item 242, ele nos chama mais uma vez a atenção: “A obsessão, como dissemos, é um dos maiores escolhos da mediunidade. É também um dos mais frequentes. Assim, nunca serão demais as providências para combatê-la. Mesmo porque, além dos prejuízos pessoais que dela resultam, constitui um obstáculo absoluto à pureza, à veracidade das comunicações.”. Diante dessa pequena introdução, fica o convite a releitura do referido capítulo, pois o objetivo principal, dessa reflexão, não é transcrever o mesmo, mas ressaltar o alerta que Kardec já fazia, em 1861, quando da publicação do Livro dos Médiuns, a todos nós trabalhadores da Casa Espírita. Se nós estudiosos da Doutrina Espírita, através da grande quantidade de livros sérios, publicados posteriormente, sabemos que a obsessão não se limita a sala mediúnica, não podemos esquecer que os médiuns não estão imune ao processo obsessivo. Cem anos depois, em 1961, Emmanuel através da psicografia de Chico Xavier, no Capítulo Atualidade Espírita, aliás título bem sugestivo, do Livro Seara dos Médiuns, ratifica os ensinamentos do Codificador: “Espíritas! O mundo de agora é o campo de luta a que fostes conclamados para servir. Todas as rotas oferecem contradições terríveis. A cada trecho, surpreendemos os que falam em Cristo, negando-­lhe testemunho.”. E nos orienta ao final do capítulo: “Não nos baste, pois, simplesmente crer!... Em toda parte, é necessário sejamos o exemplo do ensino que pregamos, porque, se o Evangelho é a revelação pela qual o Cristo nos entregou mais amplo conhecimento de Deus, a Doutrina Espírita é a revelação pela qual o mundo espera mais amplo conhecimento do Cristo, em nós e por nós.”. Em 1998, Irmão Jerônimo, no livro Aprimoramento Mediúnico, revive as lições anteriores ao declarar, inicialmente, aos médiuns trabalhadores: “O médium, que não sabe cumprir seus deveres ou os cumpre movido pelo interesse pessoal, é abandonado pelos bons Espíritos, tornando-se presa dos maus, que não o deixarão sossegar. E um Espírito obsessor nunca age só.”. E conclui, com a sinceridade de sempre: “A incompreensão e a intolerância criam a tempestade, que estabelece a perturbação no âmago do espírito. Quantos médiuns fracassam e ficam enfermos pela falta de vigilância?!”. Relembrando o aviso do Mentor querido de que o obsessor não age só, voltemos as obras básicas, em especial ao último livro, A Gênese, Capítulo XIV- Os Fluidos, publicado em 1868: “São as mais das vezes individuais a obsessão e a possessão; mas, não raro são epidêmicas. Quando sobre uma localidade se lança uma revoada de maus Espíritos, é como se uma tropa de inimigos a invadisse. Pode então ser muito considerável o número dos indivíduos atacados.” Transcorridos mais de 150 anos da Revelação Espírita, estamos diante da obsessão coletiva, tentando se não evitar, pois a Lei de Progresso é uma Lei Divina e como tal imutável, pelo menos adiar a Transição Planetária. Manoel Philomeno de Miranda, nos revela no livro Amanhecer de uma nova era, psicografado pelo médium Divaldo Franco: “Vive-se, na Terra, a fase em que ocorre a grande transição planetária sob todos os aspectos considerados... A vitória do bem e do amor torna-se incontestável, e, em triunfo instala-se o amanhecer de uma nova era.” E no primeiro capítulo intitulado Responsabilidades Novas, podemos deduzir pela leitura, até o momento, que não são tão novas assim, a julgar pelas colocações do nobre Espírito, estudioso das questões da obsessão e desobsessão, em relação aos trabalhadores: “Enquanto não haja uma consciência responsável no trabalhador do Evangelho, que supere o egoísmo e a necessidade de projeção da imagem, a batalha gigantesca prosseguirá.”. E chama a atenção em relação ao Movimento Espírita: “O Espiritismo, por sua vez, vem sendo sacudido por tormentas internas no movimento, gerando dissenções, filhas diletas da presunção, chegando-se ao ponto de contestar as bases da Codificação, ou apresentando-se falsas técnicas travestidas de científicas, de experiências pessoais, de informações mediúnicas não confirmadas pela universalidade do ensino.” No livro, Quem tem medo da obsessão?, de Richard Simonetti, o autor diante desse assédio incansável e organizado do plano espiritual, as Casas Espíritas e em especial aos seus trabalhadores e familiares, nos mostra o antídoto natural, ou seja, a reforma íntima, ao declarar: “Muitos de nossos desajustes e enfermidades estão estreitamente relacionados com influências espirituais. Nada, porém, passível de sustos, desde que nos esclareçamos sobre o assunto, buscando a verdade, dispostos a seguir os caminhos de libertação sinalizados pela Doutrina Espírita.”. Essa afirmação nos faz lembrar uma das passagens mais marcantes de Jesus, contida no Evangelho de João (8;32): "E conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres.” Mas livres do que? Do obsessor? Ou de nossos próprios medos e erros, causa atual ou anterior da obsessão? A relação obsessor e obsidiado é o efeito de uma sintonia invigilante. Como diz Irmão Jerônimo, no livro Liberta-te: “Despojemo-nos portanto de toda maldade, de hipocrisias, invejas e de toda maledicência, afastando do caminho a pedra de tropeço e a rocha da ofensa.”. E a maior pedra para a libertação do processo obsessivo, está bem retratada no item 228, do Livro dos Médiuns, Capítulo XX – Influência Moral dos Médiuns: “Todas as imperfeições morais são portas abertas aos Espíritos maus, mas a que eles exploram com mais habilidade é o orgulho porque é essa a que menos a gente se confessa a si mesmo. O orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis. Tornando-se presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades foram primeiramente pervertidas, depois aniquiladas, e diversos se viram humilhados pelas mais amargas decepções.”. Podemos concluir que, apesar da responsabilidade maior pelos trabalhos da Seara Espírita ser dos Amigos Espirituais, o bom resultado e o equilíbrio das diversas atividades depende, também, da conduta dos trabalhadores encarnados. E Suely Caldas Schubert, no seu livro Obsessão Desobsessão, no Capítulo Equipe da Desobsessão, reúne dicas de Kardec e Manoel Philomeno de Miranda para o bom êxito das reuniões destinadas à assistência dos bons espíritos e que valem para qualquer trabalho na Casa Espírita, como profilaxia das obsessões: •perfeita comunhão de vistas e sentimentos; •cordialidade recíproca entre os membros; •ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã; •um único desejo: o de se instruírem e melhorarem; •exclusão de toda curiosidade; •recolhimento e silêncio respeitosos, durante as confabulações com os Espíritos; •união de pensamentos; •que os médiuns trabalhem com isenção de todo o sentimento de orgulho, amor-próprio e supremacia e sim com o desejo de serem úteis. •conduta moral sadia — imprescindível a que as emanações psíquicas equilibradas, elevadas, “possam constituir plasma de sustentação daqueles que, em intercâmbio, necessitam dos valiosos recursos de vitalização para o êxito do tentame”; •conhecimento doutrinário; •equilíbrio interior dos médiuns e doutrinadores; •confiança, disposição física e moral; •médiuns adestrados, disciplinados; •pontualidade e perseverança. “Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade.” Irmão Jerônimo Referências Bibliográficas: O Livro dos Médiuns – Allan Kardec Estudando o Livro dos Médiuns – Equipe do Projeto Manoel Philomeno de Miranda Seara dos Médiuns – Chico Xavier ditado pelo Espírito Emmanuel Aprimoramento Mediúnico – Bernadete Santana ditado pelo Espírito Irmão Jerônimo Liberata-te - Bernadete Santana ditado pelo Espírito Irmão Jerônimo A Gênese – Allan Kardec Obsessão Desobsessão – Suely Caldas Schubert Quem tem medo da obsessão – Richard Simonetti Amanhecer de uma nova era – Divaldo Franco ditado pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda Ricardo Santana (08/07/2013)
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 18:17:24 +0000

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