04/08/2013 00:21:48 Assaltos tiram a paz das ladeiras de Santa - TopicsExpress



          

04/08/2013 00:21:48 Assaltos tiram a paz das ladeiras de Santa Teresa Conhecido historicamente pela tranquilidade de suas ruas e muito frequentado por turistas, bairro vem sofrendo com aumento da violência, sobretudo roubos à luz do dia Lucio Natalicio Na tarde do dia 18 de julho, quando as ruas e os restaurantes de Santa Teresa estavam cheios de turistas, muitos deles estrangeiros, um grupo de assaltantes, já conhecido pelos moradores do bairro, iniciou um arrastão pela Rua Hermenegildo de Barros. Chegaram a invadir uma casa, mas um morador percebeu a ação e chamou a polícia. Ao notar a aproximação do carro da PM — que tem uma base no bairro —, os ladrões fugiram, deixando cair no chão facas e um machadinho com as quais ameaçavam os moradores. Longe de ser incomum, a cena é cada vez mais frequente no bairro que já foi sinônimo de tranquilidade. As ladeiras bucólicas de Santa Teresa são hoje cenários propícios ao crime. Desde dezembro, os roubos a transeuntes vêm crescendo. Foram 11 em dezembro, 13 em janeiro, 14 em fevereiro. Saltaram para 21 em março, 22 em abril e chegaram a 24 em maio. São dados oficiais do Instituto de Segurança Pública (ISP). Com os rostos encobertos por medo dos bandidos, que já são seus ‘velhos conhecidos’, moradores pedem mais segurança nas ruas de Santa Teresa Foto: José Pedro Monteiro / Agência O Dia Apesar das estatísticas, o delegado Eduardo Baptista, titular da 7ª DP (Santa Teresa), considera o bairro seguro: “A violência não subiu aqui, Santa Teresa é tranquilo em comparação com outros bairros”. Segundo Baptista, a responsabilidade pelo policiamento é da Polícia Militar e da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat). Mesmo assim, o delegado mantém turmas de ronda da 7ª DP pelo bairro. Os moradores, contudo, não desfrutam da mesma sensação de segurança que o delegado Baptista. O comerciante Paulo Gonçalves, 36 anos, já foi assaltado várias vezes e, com ajuda de outros moradores, passou a colocar cartazes e panfletos nas áreas com maior índice de violência. Nos postes estão várias alertas do tipo: “Cuidado: área de assaltos”. Para Gonçalves, a maioria dos turistas vítima de assaltos não registra queixa nas delegacias. E muitos moradores acabam fazendo o mesmo, com medo de represálias dos bandidos. “Violência não se combate com violência, mas com educação e esporte, para os mais novos saírem do mundo do crime”, defende o comerciante, para quem o perfil dos assaltantes é de jovens de até 20 anos, que conhecem bem o bairro e sabem traçar rotas de fuga com a chegada da polícia. Nas barbas da Polícia Militar Nem a proximidade de um posto da PM, que fica na mesma rua, a 50 metros do local, impediu que bandidos armados fizessem um arrastão no Bar do Mineiro, um dos mais tradicionais da cidade, na noite de 7 de junho. O crime virou um ícone do clima de insegurança no bairro. Bandidos levaram carteiras e celulares dos clientes, muitos deles estrangeiros, e mais R$ 500 do caixa. A ação durou menos de dois minutos, e os bandidos fugiram num Corolla prata pela Rua Paschoal Carlos Magno, antes que o primeiro carro da PM chegasse, dez minutos depois. Uma tranquilidade quebrada por casos de repercussão nacional 27 DE ABRIL DE 2001 . Considerado o crime mais violento da história recente do bairro, o assassinato da fonoaudióloga Márcia Maria Lyra, de 43 anos, comoveu o país. Os bandidos renderam Márcia quando ela chegava do trabalho em sua casa, às 18h, e lá permaneceram até as 22h. Beberam, saíram para fazer saques com cartões roubados e atacaram a filha de Márcia, de 13 anos, que foi estuprada e esfaqueada diante da mãe. Márcia tentou defendê-la, foi também estuprada e depois morta a facadas. Em 2002, o assassino foi condenado a 40 anos de cadeia. 26 DE OUTUBRO DE 2010 . Dez homens invadiram de madrugada a casa da economista Yolanda Fonseca, de 57 anos, e mantiveram a família dela refém por duas horas. Beberam muito e fugiram com dinheiro, celulares e máquinas fotográficas. 21 DE JULHO DE 2011 . A casa de Maria Lúcia Ferraro, de 45 anos, foi invadida por três homens que a amarraram enquanto reviravam a casa. Mesmo imobilizada, Maria conseguiu pedir socorro e foi resgatada por PMs, que chegaram a trocar tiros com os assaltantes. Mas eles fugiram.
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 20:41:39 +0000

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