#11 Da noite ao silêncio; da madrugada à insónia; da pele aos - TopicsExpress



          

#11 Da noite ao silêncio; da madrugada à insónia; da pele aos recados calados do beijo; da pulsação ao martelar da alma desconjugada do verbo; Da noite ao silêncio; da manhã ao acender das velas secas de uma lágrima; do dia ao procurar o rosto singelo, único, angelical; do inferno ao paraíso de uma palavra; do paraíso ao inferno de uma ausência; Da noite ao silêncio; da noite à saudade; da noite às vozes de uma única voz; da noite aos lábios de uma única sede; da sede à sofreguidão do tempo guardado numa caixa de música; da música de volta ao silêncio dos versos que cantam o silêncio de não haver silêncio; do abismo ao abismo; do abismo ao céu; do céu às estrelas; Da noite ao silêncio; do corpo à alma; da alma a ti; de ti só a ti, só por ti, só para ti; da chuva ao gume aberto de uma mão vazia; de uma mão à procura por ti; de ti ao vento; de ti à lágrima lavada pela chuva devolvida pelo véu descoberto do sangue que te beija a vida; da vida - tu; da morte - tu; de querer, não querer; de não querer, querer ainda mais; da música às valsas da mudez; da mudez ao olhar o teu corpo abraçado à minha alma na chuva de Primavera; da Primavera aos violinos vibrantes de te amar por motivo nenhum, por todos os motivos. Da noite ao silêncio; da noite à memória de te saber real; da noite à consciência de não te saber possível; do possível ao impossível de te amar; do amar ao infinito da impossibilidade de não te amar; do óleo ao carvão; do carvão ao baú de prata em que te guardo; de ti a ti; de ti ao teu coração de porcelana dourado; do ouro às lágrimas que sorriem às nuvens que regressam à colheita dos vinhos das uvas de diamante impalpável de te saber real, irreal... Da noite ao silêncio; da noite ao escuro; do escuro, eu; de mim a mim; de mim a ti, por ti, de ti, só para ti; de ti à luz; da luz a mim; a mim, o perfume da mão que um segundo me prendeu, dentro do movimento perpétuo da ampulheta eterna de éter; do éter aos átomos ligados entre dois corpos de um só corpo que foge de si ao encontro de si, nós... Sempre… Da noite ao silêncio; do silêncio ao mundo mudo dos centímetros abismais do não tocar; do não tocar ao penetrar o olhar com o olhar virgem de nunca ter visto de pálpebras cerradas para a luz; do cerrar os olhos ao ver; do ver à luz incólume do alheamento para dentro dos telhados inquebráveis do tecto infinito de amar-te; Da noite ao silêncio; do silêncio ao mundo; o mundo - Tu... 15/06/2013
Posted on: Sat, 15 Jun 2013 15:09:09 +0000

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