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12/11/2013 09h00 - Atualizado em 14/11/2013 10h40 Para clubes de MS, Luverdense na Série B é modelo a ser seguido Investimento no futebol local é determinante, na opinião de dirigentes e profissionais; último time de MS na segundona foi o Operário, em 1992 Por Hélder Rafael Campo Grande 24 comentários Zé Mario caxias e luverdense (Foto: Rafael Tomé) Luverdense bate Caxias e garante vaga na Série B do Brasileirão em 2014 (Foto: Rafael Tomé) Se o Brasil fosse uma família, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso seriam irmãos. E como em qualquer família, os mais novos têm muito a aprender com a experiência dos mais velhos. No mundo da bola, não é diferente. O futebol mato-grossense acaba de conquistar uma vaga na Série B do Brasileirão em 2014, com o Luverdense, depois de seis temporadas lutando na Série C. Já os sul-mato-grossenses frequentaram a segunda divisão nacional pela última vez há 21 anos, e o sonho do retorno ainda parece distante de se tornar realidade. Afinal, o que é preciso para que clubes de Mato Grosso do Sul voltem a figurar entre grandes nomes do cenário nacional? O GLOBOESPORTE.COM/MS ouviu dirigentes, treinadores e ex-jogadores para tentar esboçar o caminho das pedras rumo às divisões superiores do futebol brasileiro. José Rodrigues (Foto: Reprodução/TV Morena) José Rodrigues, do Cene: ascensão de MT dá esperança a MS (Foto: Reprodução/TV Morena) Mato Grosso do Sul conta com apenas uma vaga na Série D, enquanto que Mato Grosso possui uma vaga na D e outra na Série C, além da recente conquista na Série B. Desde 2009, quando a quarta divisão foi criada, as equipes sul-mato-grossense se revezam sem conseguir sequer passar da primeira fase. O Cene, atual campeão estadual, representará o futebol sul-mato-grossense pela quarta vez na Série D em 2014. O progresso do Luverdense é visto com bons olhos pelo presidente do Furacão Amarelo, José Rodrigues, que busca projeção nacional semelhante para o clube. - Ver a ascensão de um time do interior do país, fora do eixo Rio-São Paulo, nos dá esperança. Acredito que os clubes do nosso estado precisam de mais investimentos para chegar lá. O Cene vem perseguindo essa situação há alguns anos, mas esperamos um pouco mais para brigarmos em pé de igualdade – avalia Rodrigues. Técnico Paulo Rezende conta que, como jogador, já conquistou título sobre Papão (Foto: Hélder Rafael) Técnico Paulo Rezende levou Naviraiense à 3ª fase da Copa do Brasil (Foto: Hélder Rafael) Investimento é a senha para que o futebol local cresça e apareça, na opinião do vice-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Marco Antônio Tavares. Ideia compartilhada pelo técnico Paulo Rezende, que este ano ajudou a levar o Naviraiense à inédita terceira fase da Copa do Brasil. O feito tornou-se possível graças ao apoio que o clube recebe da torcida e dos empresários da pequena cidade de Naviraí, no sul do estado. - O Luverdense tem a força da cidade de Lucas do Rio Verde. Em Naviraí tivemos um exemplo parecido, lá teve investimento e o time chegou longe. Nós precisamos de planejamento de trabalho, pensar a longo prazo. Hoje a gente só pensa no campeonato estadual, no primeiro semestre - diz Rezende. Mesmo uma gestão considerada exemplar pelos clubes sul-mato-grossenses enfrenta dificuldades na hora de captar investimentos. O presidente do Luverdense, Helmute Laswich, soltou um desabafo e pediu mais apoio ao futebol mato-grossense: Os empresários precisam tirar o escorpião do bolso e começar a assinar cheques. É difícil fazer tudo sozinho, disse o mandatário, no dia seguinte à conquista do acesso à Série B. Para não ficar refém da iniciativa privada, deve-se investir em peso nas categorias de base, como chama a atenção o ex-jogador e comentarista de futebol da TV Morena, Leomar Ferreira. Quem investe na base não precisa gastar com jogadores de fora Leomar Ferreira, comentarista - A maioria dos nossos times fica de maio a janeiro sem atividades no profissional. Esse período é ideal para investir na garotada, formando atletas e disputando torneios. Quem investe na base não precisa gastar com jogadores de fora - sugere Leomar. Série B: passado distante Oito de abril de 1992. A derrota do Operário-MS fora de casa para a Ponte Preta marcava a última vez que um time de Mato Grosso do Sul disputou uma competição equivalente à Série B do Brasileirão. Aqueles eram anos turbulentos, com sucessivas mudanças de regulamento, e o Operário acabou sendo convidado a participar da Divisão Classificatória. A oportunidade inesperada fez com que o lateral Cocada, à época com 32 anos e afastado do futebol, voltasse a vestir o uniforme alvinegro. - Eu tinha parado de jogar e trabalhava em uma farmácia em frente à sede do clube. Como o Operário foi convidado, devido à sua posição no ranking, a diretoria me chamou para jogar. Aceitei por prazer mesmo, mas sei que não montamos uma equipe capaz de fazer frente aos adversários - lembra o ex-jogador. Toni Vieira (à esq.) apresenta elenco para disputa da Série B estadual (Foto: Hélder Rafael) Toni Vieira (à esq.) fala das dificuldades em montar times sem patrocínio (Foto: Hélder Rafael) Apesar dos esforços, o Operário não conseguiu a promoção em 1992. Nos anos seguintes, o Galo afundou-se em dívidas e teve o patrimônio dilapidado - perdeu a sede, campos de treino e até troféus. Os efeitos dessa crise são sentidos até hoje. Atualmente disputando a segundona estadual, o clube presidido por Toni Vieira tenta se reerguer. E o dirigente sabe que, sem apoio, não se faz futebol profissional. - O torcedor precisa acreditar no time e ir ao estádio, e o setor privado tem que voltar a investir nos clubes, usando o futebol como ferramenta de marketing. Só assim nós podemos mudar es
Posted on: Sat, 16 Nov 2013 22:35:30 +0000

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