22 - Um chamado, a obediência e assim se anda com - TopicsExpress



          

22 - Um chamado, a obediência e assim se anda com Deus cezarazevedo.br Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gn 12.1-3) Passara apenas 500 anos desde o dilúvio e a chama divina parecia estar praticamente se extinguindo do planeta. Sua voz ecoou em Ur de Caldeus, encontrando um ouvinte atento: Abrão. Seus pais estavam entregues à idolatria (Js 24.2), como por certo praticamente toda a população daquele período. Este estado de coisa só demonstra a condição do coração humano que, no seu estado natural, não tem nenhuma propensão para buscar conhecer Deus. O apóstolo Paulo foi categórico ao afirmar que “Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10). Em outro lugar ele já afirmara que “porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Rm 1.21-23) Não deveríamos nos surpreender, pois no dilúvio somente Noé andava com Deus e, mesmo pregando por 120 anos acerca do juízo que estava por vir, a população fizera ouvidos moucos. Chamamos atenção para este aspecto peculiar do remanescente que se volta verdadeiramente para Deus, dispostos a ouvir Sua bendita palavra. Isto porque muitos pensam que, estando a maioria das pessoas concordando acerca de alguma coisa, o teor deste conteúdo é verdadeiro. Consideremos o seguinte: não há nenhuma conexão entre Deus e Suas criaturas, pelo contrário Ele é eterno e soberano, é Espírito, portanto não há nenhuma conexão entre os sentidos sensoriais humanos e Deus. Não podemos chegar a Ele por meios naturais, se Sua voz for ecoada, precisamos exercer fé para crer nela. Alguém pode perguntar: se nenhum dos nossos sentidos nos faz buscar a Deus, então porque alguns são despertados, outros não? Jesus certa feita disse: “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim” (Jo 6.45) e, em outro lugar: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último Dia” (Jo 6.44). Consideremos a soberania divina por um momento: você pode estar ouvindo a voz de Deus, contudo levanta uma muralha de dúvida e incredulidade em seu coração, bem como tenaz oposição de seus familiares e conhecido, fazendo você ignorar esta voz. Agora considere sob a perspectiva da eternidade, esta voz que lhe chama está a lhe conceder oportunidade única de responder prontamente e em amor ao Criador, ao Senhor, ao Redentor, ao Juiz de toda a terra. Deus chamara agora Abrão e a promessa incluía uma terra, uma nação, uma benção e o engrandecimento do seu nome, bem como proteção contra os que viessem a se levantar contra Abrão. Para compreender este chamamento, consideremos a história de Abrão. É interessante notar que Abraão foi chamado na mesma região onde a mulher se deixou seduzir pela serpente e Ninrode deu início ao seu reinado. E como fez o Senhor? Do mesmo modo como criou os céus e a terra, avisou Adão dos seus direitos e deveres e fez a promessa de redenção: por meio de Sua palavra. Este é o método divino, chamar os homens dando-lhes a oportunidade de responder por meio da fé. Para Abrão demonstrar que compreendera esta chamada, tinha de cumprir alguns requisitos: primeiro, deixara a sua terra, depois sua parentela, então a casa de seu pai, dirigindo-se para uma terra que só lhe seria revelada quando ele chegasse nela, portanto estaria saindo do seu lugar de conforto para o completo desconhecido. Por certo alguém, em recebendo semelhante proposta, tendo o mínimo de convicção que a voz vem de Deus, sairia a esmo, não se importando com nenhuma consequência de sua decisão. Teria sido assim com Abrão? Não foi Deus quem lhe chamou? Porventura o Senhor não tem o controle sobre todas as circunstâncias existências? Por certo que tem, portanto, para Abrão compreender que o chamado era de Deus, tudo que ele teria de fazer era se dispor a obedecer a voz, no mais Deus mesmo haveria de adequar as circunstancias para o cumprimento de sua obediência. Vejamos como se deu esta interação Deus e sua criatura. Primeiro Abrão tinha de deixar sua terra. Ele morava em Ur dos Caldeus, filho de Tera. Como pertencia a uma família patriarcal, dizer a seu pai que iria embora seria uma decisão extremamente traumática. Abrão estava se perguntando como iria obedecer a voz de Deus quando, para sua surpresa, seu pai anunciou que eles haveriam de mudar-se para Harã (Gn 11.31). Abrão deve ter repassado em sua mente a chamada vinda de Deus e entendera que se cumpria a primeira parte da ordem – ele estava saindo de sua terra por um ato soberano de Deus, porquanto ele nada fizera senão colocar-se em obediência ao seu pai terreno. Era o primeiro passo no exercício da fé: ouvir a voz de Deus e estar atento às circunstancias qual trilho no caminho da obediência. Abrão chegou em Harã. Ele não tinha como saber se aquela seria ou não a terra que o Senhor lhe prometera, porquanto nenhuma menção fora-lhe dado acerca dela. Abrão não podia fazer outra coisa senão esperar a confirmação divina ou então, partir mais uma vez em direção ao desconhecido. Enquanto Abrão esperava Deus falar, seu pai veio a falecer (Gn 11.32). A morte de seu pai deve tê-lo surpreendido, pois na sua perspectiva ele estaria nos melhores do mundo, com seu pai e na terra prometida. Agora era preciso refletir no seu chamado, então ele compreendeu que qualquer que fosse a terra, não poderia ser onde seu pai habitava, portanto por exclusão não era nem Ur dos Caldeus, nem Harã. Era hora de prosseguir viagem. Ló, seu sobrinho, quis acompanhar-lhe na viagem e Abrão não teve como negar sua companhia, ainda que havia o detalhe acerca de deixar sua parentela. Abrão deve ter entendido corretamente que cabia a ele deixar, mas não podia impedir o outro exercer sua vontade de acompanha-lo. A lição aprendida em Ur dos Caldeus lhe mostrou que podia confiar em Deus neste particular. Se Deus fora capaz de mover seu pai pelo cumprimento da palavra que lhe fora confiada, porque não encontraria meios para que a separação entre Ló e Abrão fosse feita de modo pacífico? Fora dado o seguindo passo no exercício da fé: ouvir a voz de Deus e confiar em Sua bendita providência. Abraão chegou em Canaã. Foi quando Deus apareceu-lhe pela segunda vez e confirmou aquela terra como a que havia sido prometida a Abrão. Disse Deus: “À tua semente darei esta terra” (Gn 12.7). Ele finalmente chegara à terra prometida. Muitos, quando pensam ter ouvido a voz de Deus, agem segundo seu entendimento, todavia precisamos entender que todo relacionamento com Deus é feito por meio da revelação dada por Ele. No caso de Abrão, este tinha o testemunho oral de seus ancestrais. Ele conhecia a história do Éden: a criação e queda do homem, bem como acerca da promessa da redenção. Abrão soubera que Deus provera a Adão vestes de animais e que, mediante este feito, Abel, na geração seguinte, tomara a decisão de sacrificar a Deus dos primogênitos de Suas ovelhas. Abrão não teve dúvida. Se ele realmente tinha convicção acerca da voz divina, não poderia agir de modo diferente senão em conformidade com o que fora prescrito por Deus. Assim, tão logo ouvira a confirmação de estar na terra prometida, Abrão edificou ao Senhor um altar (Gn 12.7). Altar é uma estrutura feita especialmente para se oferecer sacrifícios com propósitos religiosos (Wikipédia), portanto não só edificou, como ofereceu nele um cordeiro em sacrifício cruento. Nesta atitude Abrão demonstrara que era pecador e precisava ser aceito por Deus nos termos indicado por Ele. Não existe fé empírica, do tipo que procura agradar a Deus por tentativa e erro, ou temos da parte do Senhor a revelação de como podemos agradar-lhe, ou então estamos nos enganando e não ouvindo a voz de Deus. Lembre-se do que o Senhor Jesus disse: os que ouvem a Deus aprendem de Jesus (Jo 6.45). O sacrifício cruento nos termos divino feito por Abrão aponta para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), assim, quem verdadeiramente chega neste terceiro passo da fé reconhece o sacrifício da cruz como a provisão divina feita especificamente para tornar o pecador aceitável diante de Deus. Uma vez que estava vivendo na terra prometida, sua vida agora girava em torno do altar, por onde ia, um novo altar era edificado como fez entre Betel e Ai. Neste local Abrão demonstrou que sua fé amadurecera, porquanto não somente estava agindo em obediência a Deus por ouvir Sua bendita voz, como começou também a invocar o nome do Senhor (Gn 12.8) porquanto está escrito: “E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo...” (Jl 2.32), palavra esta confirmada também no Novo Testamento como se lê: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13). Abrão, por sua obediência à voz de Deus, reconheceu a maior de todas as lições de seus ancestrais: só podemos realmente viver na presença de Deus se o fizermos em total dependência e confiança no Senhor, se assim o fizermos, seguramente estamos andando com Deus.
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 21:14:15 +0000

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