23/08/2013 - 05:40 - Cláudio Nunes - Infonet Medicina cubana deu certo e foi barrada em SE Lagarto foi pioneiro e CRM enxotou profissionais Veja caro leitor: não é de hoje a falta de médicos no interior do Brasil. Um problema que se arrasta há anos e que o Governo Federal, através do programa “Mais Médicos” está enfrentando com coragem. A maioria dos médicos é favorável ao programa. Alguns poucos que resistem ao programa não estão preocupados com questões trabalhistas ou estruturais. É medo mesmo da competência dos que estão chegando. Pioneirismo em Lagarto – No final de 1997 até 1998, o então prefeito de Lagarto, Jerônimo Reis, cansado de procurar médicos para atender a população carente, entrou em contato com a Embaixada cubana e fez um contrato com um médico e uma enfermeira que passaram cerca de um ano no município. Atuando na Atenção Básica, os dois profissionais andavam pelos povoados e ganharam a simpatia da população. Segundo Jerônimo Reis os resultados foram positivos, porém o Conselho Federal de Medicina denunciou que eles não podiam continuar no Brasil e foram enxotados. Na saída, dezenas de pessoas choravam a saída dos profissionais que não apenas cuidavam deles, eram humanitários. Agora, 15 anos depois, as mesmas instituições se rebelam contra o programa “Mais Médicos”. Demonstram claro preconceito com os médicos do exterior, sobretudo os cubanos. Logo eles que já trabalharam em diversos países, atuando na Atenção Básica. Por isso o medo: os resultados serão positivos. Desesperados falam do sistema cubano na área das cirurgias complexas. Os médicos não vêm para o Brasil realizar cirurgias, vêm para tratar de verminose, malária, diarreia, desidratação, entre outros. Cuidar de medidas preventivas. Ou seja, o trabalho deles, em curto prazo, vai reduzir o número de pacientes no final do sistema, lá, nas cirurgias e nas urgências hospitalares. Talvez seja por isso, que alguns poucos estejam desesperados. A estrutura podre alicerçada apenas no paciente já com a doença, vai acabar. A prevenção reduz o número de pacientes, de cirurgias e tudo mais. Ou seja, quem optou por cuidar da doença e não do paciente, terá o trabalho reduzido. Que venham os médicos do exterior. Que venham os quatro mil médicos cubanos atuarem no país dos “doutores” sem doutorado.
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 11:35:53 +0000
Trending Topics
Recently Viewed Topics
© 2015