26 de Junho de 2013 Tive oportunidade de frequentar o Seminário - TopicsExpress



          

26 de Junho de 2013 Tive oportunidade de frequentar o Seminário que se debruça sobre o tema do Envelhecimento da População: consequências económicas, sociais e organizacionais, realizado pelo Conselho Económico e Social. Bons oradores que apresentaram estudos sobre o tema, bem profundos em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa. Esses estudos podem ser analisados no site do CES. Manuel Lemos (Presidente da União das Misericórdias Portuguesas), Cândida Soares, Fernando Chau e José Fialho (Universidade Católica), Fritz Von Nordheim (Direcção Geral do Emprego da Comissão Europeia), Joaquina Moreira (Coordenadora Nacional do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações 2012), Manuel Villaverde Cabral (Director do Instituto do Envelhecimento da Universidade Católica), Maria João Valente Rosa (autora do ensaio "O envelhecimento da sociedade portuguesa" financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos) e ainda Silva Peneda (Presidente do CES). Foi um debate muito interessante e que trouxe comigo preocupações no futuro, face aos dados e a tendência destes que ali foram apresentados. Além de a esperança média de via ter aumentado para ambos os géneros e de se prever o seu ligeiro aumento para 2020 e ainda mais para as décadas seguintes (claro, nunca de forma imparável), de a taxa de natalidade ter diminuído nos últimos anos (apesar de a taxa de mortalidade infantil ser das mais baixas do mundo), e de existir um surto de emigração em larga escala de jovens (factor agravante: os mais qualificados), Portugal vai-se debater com uma grave crise demográfica num futuro próximo. O Estado terá de reforçar os gastos em apoios sociais, financiar e co-financiar mais instituições sociais, aumentar acordos e protocolos com as IPSS e outras entidades da mesma natureza (pública ou privada), além de que terá de pagar pensões e reformas a mais de 2.500 milhões de cidadãos, o que diminuindo o número de população activa nos coloca a todos nós a questão de saber se não devemos ser mais solidários no plano intergeracional e intrageracional, porque, não chegando para todos, a repartição impõem-se mais equitativa, ao mesmo tempo diminuta. O cuidado de idosos em centros de lar e outras instituições, assistência ao domicílio, irá aumentar exponencialmente, e os recursos humanos que temos actualmente formados nesta área (geriatria, principalmente) não são suficientes. Prevê-se também que as tecnologias irão ter um papel preponderante no apoio e cuidado aos idosos. O sistema de pensões e reformas, pelos números apresentados tem de ser reconfigurado, reformulado, reformado, o que seja, mas, provou-se que, ou reformamos já, ou quanto mais tarde pior. Os actuais reformados e pensionistas não podem ter, é insuportável, a sua reforma por inteira á conta da geração actual, porque esta no seu futuro longínquo poderá vir a não ter nada. Porque descontou-se mas não está lá guardado, umas gerações vão pagando a de outras gerações, é assim mesmo o sistema. O sistema tem de ser repensado, disso não há dúvidas. Estou preocupado porque a próxima crise social e financeira terá origem na crise demográfica. É um problema de Portugal e de toda a Europa (há países da UE que estão no futuro em situação bem pior) e será também mundial.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 20:10:42 +0000

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