A Amazônia brasileira é lar para um grande número de tribos - TopicsExpress



          

A Amazônia brasileira é lar para um grande número de tribos isoladas, mais do que em qualquer outro lugar no mundo. Segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), acredita-se que existam pelo menos 77 grupos de índios isolados na parte brasileira da floresta amazônica. A decisão desses índios de não manter contato com outras tribos e não-índios é quase certamente resultado de anteriores encontros desastrosos e da contínua invasão e destruição de sua floresta. Por exemplo, os grupos isolados que vivem no estado do Acre são provavelmente os sobreviventes do boom da borracha, quando muitos índios foram escravizados. Estranho na florestaPrimeiro Contato na Amazônia: Tribos do Brasil recordam as suas experiências de contato e os perigos que se seguiram. É provável que os sobreviventes escaparam, fugindo até os rios. Memórias das atrocidades contra seus antepassados ainda podem ser forte. Muito pouco se sabe sobre esses povos. O que sabemos é que eles desejam permanecer isolados: eles já dispararam flechas contra intrusos e aviões, ou simplesmente evitam o contato escondendo-se floresta a dentro. Índios isolados no Brasil vistos do ar, durante uma expedição do governo brasileiro, maio de 2008. Alguns, como os Awá, são caçadores- coletores nômades em constante movimento, capazes de construir uma casa dentro de horas e abandoná-la dias depois. Outros são mais sedentários, vivendo em casas comunitárias e cultivando plantações de mandioca e outros vegetais em clareiras na floresta, bem como praticando a caça e a pesca. No Acre, estima-se que existam cerca de 600 índios pertencentes a quatro grupos diferentes. Aqui, eles vivem em relativa tranquilidade em vários territórios demarcados, que são praticamente intocados. Eles usam enormes arcos e flechas -- um arco foi encontrado medindo mais de quatro metros -- muito semelhante em tamanho e formato com os arcos produzidos pela tribo Sirionó, que vive na vizinha Bolívia. Eles claramente gostam de comer tartarugas, como indicam os montes de cascos encontrados em campos abandonados. No entanto, outros grupos isolados estão oscilando à beira da extinção com não mais que alguns indivíduos restantes. Esses pequenos grupos fragmentados que vivem principalmente em Rondônia, Mato Grosso e Maranhão são os sobreviventes da brutal grilagem de terras, quando foram alvejados e mortos por madeireiros, fazendeiros e outros. Hoje, eles ainda são deliberadamente caçados e suas florestas estão sendo rapidamente destruídas. Grandes projetos de construção de hidrelétricas e estradas, que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), representam ameaças enormes. As represas de Jirau e Santo Antônio, em construção no rio Madeira, estão muito próximas de vários grupos de índios isolados. Um relatório recente aponta que alguns índios estão abandonando suas terras devido ao barulho e à poluição das obras de construção das hidrelétricas. Todos são extremamente vulneráveis a doenças comuns como a gripe ou o resfriado que são transmitidas por pessoas de fora e para as quais os índios não apresentam resistência imunológica: esses são bons motivos para evitar o contato. Mesmo neste cenário sombrio, algumas histórias notáveis de sobrevivência têm surgido. Karapiru, um homem Awá, sobreviveu a um ataque de homens armados e, durante dez anos, morou sozinho, se escondendo na floresta, até que, um dia, ele finalmente fez contato com alguns colonos e agora vive com outros Awá. As tribos isoladas do Brasil devem ser protegidas e terem seus direitos à terra reconhecidos antes que elas, juntamente com as florestas das quais dependem, desapareçam para sempre. youtu.be/0qN60gUdBgg
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 09:40:47 +0000

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