A BÍBLIA O PERÍODO ENTRE OS TESTAMENTOS E O NOVO - TopicsExpress



          

A BÍBLIA O PERÍODO ENTRE OS TESTAMENTOS E O NOVO TESTAMENTO Terminamos o Velho Testamento com a palavra maldição. Sem as profecias cumpridas, maldição seria o melhor que poderíamos esperar. Até aqui Cristo foi prometido, mas não visto. A Esperança era prevista, mas não obtida. Por quase quatrocentos anos, Deus não chamou nenhum profeta para dizer assim diz o Senhor. Em todo este tempo nenhum escritor inspirado apareceu. Por isso este tempo é chamado Os Anos Silenciosos ou O Período Negro. O período intertestamentário, 397 - 6 a.C., provocou muitas mudanças no mundo em geral e entre os Judeus em particular. Se pudermos entender, um pouco, o que aconteceu neste período que a Bíblia não nos revela, poderemos compreender melhor o povo que existiu no Novo Testamento e o porquê de muitas palavras de Jesus no Novo Testamento. I. O Período Intertestamentário Podemos dividir esta seção, neste período, entre os acontecimentos políticos e religiosos ou os externos ou os internos. A. Externo (Político) Os povos que controlavam o mundo sempre deixaram traços da sua civilização entre o povo que conquistavam. Arquitetura, língua, educação, maneiras de comer e vestir, formas e estilos de governo, etc., são só algumas das maneiras que uma nação influenciava uma outra. 1. Controle Mundial a. Babilônia Os Babilônicos levaram o reinado do Sul, Israel, cativo em 587 a.C. b. Medo-Persa Os Medo-Persas tomaram o controle do mundo dos Babilônicos em 537 a.C. c. Grego Os gregos tomaram o controle do mundo dos Medo- Persas em 333 a.C. Alexandre o Grande, que era o bode que tinha um chifre insigne entre os olhos de Daniel 8.1-7, conquistou o mundo antigo. Pelo domínio grego, a linguagem e civilização grega foram espalhadas em todo a parte do mundo conhecido naquele tempo. Este controle do mundo continuou através dos seus quatro generais que dividiram o poder na morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., até que os Romanos vieram em 63 a.C. d. Romano Os Romanos estabeleceram o Império Romano em 27 a.C. com Octavianus, tomando o poder sobre o nome de Augustos. Quando começa o Novo Testamento, os Romanos estão reinando sobre Jerusalém e o mundo. 2. Controle de Jerusalém Apesar das nações que conquistaram o mundo, Jerusalém foi dominada por outras nações em tempos curtos, mas significativos. Os que exerceram controle sobre Jerusalém e os anos que estes dominaram são: a. Período Pérsico: 536 -333 a.C. b. Período Grego: 333 - 323 a.C. c. Período Egípcio: 323 - 204 a.C. d. Período Sírio: 204 - 165 a.C. e. Período dos Macabeus: 165 a.C. - 63 a.C. f. Período Romano: 63 a.C. - Novo Testamento B. Interno (Religioso) Muitas coisas citadas no Novo Testamento, não são mencionadas no Velho Testamento. Desde que o Velho Testamento não fala nada destas coisas, e o Novo Testamento as menciona, devemos entender que foi durante o período intertestamentário que estas foram introduzidas. Por causa do tempo tumultuoso em que Jerusalém viveu nestes quatrocentos anos varias seitas, instituições e práticas entre os judeus foram desenvolvidas. A história humana nos relata muitos fatos que pode nos ajudar entender várias referências de Jesus e os Apóstolos à estas seitas, instituições e a estes grupos. 1. Sinagoga Durante o cativeiro, os judeus foram espalhados por todos os cantos. Eles continuaram seus costumes, apesar de quem os dominava. Por Jerusalém ser longe, foi desenvolvido um lugar de reuniões aonde quer que os judeus existissem. Quando os judeus voltaram para Israel, continuaram com estas maneiras de se reunirem. Estruturas começaram a ser erguidas, mesmo no cativeiro, onde os judeus podiam se reunir e ouvir da lei. Pelo decorrer do tempo estas assembléias religiosas tinham uma finalidade estabelecida e ofícios distintos. Esta reunião religiosa, junto com a estrutura, é conhecida como sinagoga. 2. Escribas Com o cativeiro, os sacerdotes não foram sempre espalhados na forma de instruir todos os judeus na maneira que desejavam. Os escribas eram profissionais no Velho Testamento cujo trabalho era de colocar, por escrito, o que os profetas disseram. No tempo do exílio (cativeiro) estes começaram a ser chamados para interpretar o que a Lei dizia. Eles eram formados na linguagem original do Velho Testamento, então o povo pedia que estes não só lessem a Lei, mas que as ensinassem também. Os Escribas, gradualmente, perderam o aspecto de serem profissionais de escrever e passaram a ser mais como uma classe religiosa, ou seita, com autoridade para interpretar a Lei. Para o Judeu, os Escribas tinham autoridade da Lei Oral. 3. Fariseus No cativeiro, os Judeus não tinham um líder político só para eles. Eles eram sobre o domínio dos outros. Mas muitas vezes, os líderes das nações que dominavam o mundo deram autoridade limitada aos que tinham uma forma de autoridade entre os Judeus. Os sacerdotes tinham autoridade pela Lei Escrita, e estes sacerdotes, muitas vezes, eram colocados em posições oficiais pela nação que os dominavam. Nessa posição de autoridade, os sacerdotes ficaram conhecidos como Fariseus. Os Fariseus começaram a ser vistos como tendo autoridade religiosa e política entre os judeus. Quando o Novo Testamento se inicia, temos esta seita, Fariseu, já existindo. 4. Saduceus Entre a seita dos Fariseus nasceu a seita dos Saduceus. Os Saduceus eram um ramo menos rígido entre os Fariseus. Os pensamentos dos Saduceus eram mais liberais que os Fariseus, mas as suas ações eram muito mais rígidas. A Lei Escrita era a sua autoridade. 5. Herodianos Os Herodianos (Mt 22.16; Mc 3.6; 12.13) eram um grupo entre os Judeus que era mais político do que religioso. Tinham o objetivo de ajudar o governo de Roma a prosseguir e favorecer os judeus. 6. Zelotes Os Zelotes eram nacionalistas puros. Estão mencionados em Lucas 6.15 e Atos 1.13. A palavra zelador, nestes casos, é o mesmo de Zelote. O pouco de tempo que os Judeus, com os Macabeus, exerceram controle de si mesmos foram suficientes para inflamar uma atitude de nacionalistas. Quiseram uma nação Judaica e lutaram para isso. Podemos aproveitar mais um fato para nos ajudar a entender o Novo Testamento. Seria a Mishna e o Talmude A Mishna é a Lei Oral dos Judeus que foi passada de geração a geração, verbalmente, de pai para filho. Quando esta foi colocada por escrito, tomou o nome Talmude. A lei Oral foi colocada na forma escrita pelo Rabino Jehuda no fim do segundo século depois de Cristo. O Talmude consistia em duas partes: a) A Mishna, ou Lei Oral e b) a Gemara, ou comentários sobre a Mishna. No tempo de Cristo, a Lei Oral era ainda oral e não escrita na forma do Talmude. Era esta Lei Oral, que Jesus apontava quando no Sermão da Montanha falava: Ouvistes que foi dito (Mt 5). Quando Jesus mencionava o Velho Testamento, usava: Está escrito (Mt 4.4, 7, 10) e não foi dito. Veja também Jesus referindo-se à Lei Oral em Mt 15.1-9; 23.16-18 23 (Baxter). INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO O Novo Testamento é o Velho Testamento revelado bem como o Velho Testamento é o Novo Testamento escondido. Conhecer o Velho Testamento ajuda o aluno, da Bíblia, a entender muitas alusões e referências feitas no Novo Testamento (Veja Lucas 24.27-45 e as comparações do livro de Levítico com Hebreus). O primeiro versículo do Novo Testamento refere-se a Cristo na sua relação com o Velho Testamento. O Velho Testamento mostra a necessidade humana, o Novo Testamento mostra o suprimento divino. No Velho Testamento, o coração humano está visto, no Novo Testamento, o coração de Deus é visto suprindo, em Cristo Jesus, todas as necessidades humanas. Há uma idéia que domina no Novo Testamento. Essa idéia é cumprir. Mt 1.22, Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; e, assim, mais onze vezes Mateus mostra como Cristo cumpriu o Velho Testamento (Mt 2.15,17, 23; 4.14; 8.17; 12.17; 13.35; 21.4; 26.56; 27.9, 35). Os outros evangelistas também concordam com Mateus neste aspecto. As primeiras palavras do ministério público de Cristo contém cumprir (Mt 3.15; Mc 1.15; Lc 4.21 e, em João 1.41, 45 a palavra é achamos). Nisso podemos ver que o Novo Testamento é a resposta do Velho Testamento. No Novo Testamento, Cristo é revelado diferentemente do que no Velho Testamento. O Novo Testamento não usa tipos nem símbolos, mas mostra Cristo, a pessoa atual. VELHO TESTAMENTO O Cristo da profecia Cristo - A Esperança Cristo - O Esperado Cristo - O Previsto Cristo - O Predito NOVO TESTAMENTO O Cristo da história Cristo - O Fato Cristo - O Experimentado Cristo - A Provisão Cristo - O Apresentado O Novo Testamento consiste de vinte e sete livros, divididos em: quatro livros da vida de Cristo, um livro histórico, vinte e uma epístolas apostólicas e um livro profético. Cristo veio inicialmente aos Judeus (Mt 10.5-6; Jo 1.11; nascido sob a lei, Gl 4.4; Rm 15.8) e as doutrinas sobre a graça, baseadas na vida de Cristo, são tratadas profundamente e desenvolvidas só nas epístolas. I. Os Evangelhos Mateus, Marcos, Lucas, João Introdução: Os quatro evangelhos não têm a intenção de dar uma biografia completa de Cristo. O propósito deles é o de mostrar Cristo, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.(Jo 20.31) Mesmo que os quatro se complementassem, um ao outro, mostrando partes da vida de Cristo que o outro não relatou, os quatro testemunham, juntamente, em pelo menos dez áreas, assim revelando a ênfase dos escritos dos evangelhos que é a vida de Cristo e a Sua obra salvadora completa para o homem pecador. Estas dez áreas são: 1. Cristo visto 2. Ministério de João Batista 3. Alimentação dos cinco mil 4. Cristo como Rei - Zc 9.9 5. Traição de Judas 6. Negação de Pedro 7. Julgamento e crucificação 8. A ressurreição corporal 9. 40 dias após a ressurreição 10. Segunda vinda predita Cada evangelista narra a vida, deste Filho de Deus, de uma maneira diferente assim complementando um ao outro. Três, dos quatro, são parecidos e juntos fazem como um resumo da vida de Cristo. Mateus, Marcos e Lucas, por este resumo, são chamadas os evangelhos sinópticos. Os sinópticos diferem, do Evangelho de João, nas seguintes maneiras: Mateus, Marcos e Lucas Os fatos da vida exterior de Cristo Os aspectos da sua vida humana Os seus discursos públicos O ministério na Galiléia João A vida intima de Cristo A vida divina de Cristo Os discursos pessoais O ministério na Judéia Mateus mostra Cristo como Rei, o soberano que veio ordenar e reinar. Marcos mostra Cristo como Servo, aquele que veio servir e sofrer. Lucas mostra Cristo como Filho de Homem, o homem que veio repartir e compadecer-se. João mostra Cristo como Filho de Deus, aquele que veio revelar e redimir. Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.10 e João em Apocalipse 4.6-8 ilustrando os quatro animais no meio do trono, e ao redor do trono com a semelhança de leão (Mateus - rei), bezerro (Marcos ! servo), rosto como de homem (Lucas - filho de homem) e semelhante a uma águia voando (João - filho de Deus). A base do Velho Testamento era profética, agora no Novo Testamento tudo se focaliza nas doutrinas que se baseiam nos fatos descritos nos quatro evangelhos. Mudamos agora, do que era em maior parte ao Judeu, para o que é para o cristão. Trocamos marchas nos quatro evangelhos: Moisés para Cristo, da lei para graça. Os quatro combinam, harmoniosamente, as características de cada um para ser uma testemunha única de Cristo. A. Mateus Tema: Cristo, O Rei como a semelhança de leão, Ap 4.6-8. Tempo: 50 d.C. Autor: Mateus, também chamado Levi (compare Mt 9.9 com Mc 2.13; Lc 5.27). Mateus era um publicano, um servidor público, um empregado do governo. Israel, nesta época, era dominada pelos Romanos. Mateus era, então, um Judeu que trabalhava para uma nação gentia. Seu trabalho era receber os impostos do povo na alfândega ou recebedoria (Mt 2.14; Mc 2.14; Lc 5.27). Por Mateus trabalhar para os Romanos ele era desprezado pelos judeus ortodoxos que ensinavam a separação explícita dos gentios. Geralmente os publicanos estão associados com as pessoas de baixa moral (Mt 9.10; 21.31). O Livro: O livro de Mateus mostra Cristo como rei. Sua genealogia é traçada desde o Rei Davi; e o lugar do Seu nascimento, Belém, o lar de Davi, é enfatizado. Sete vezes, neste Evangelho, Cristo é chamado de o filho de Davi (1.1; 9.27; 12.23; 15.22; 20.30; 21.9; 22.42). Só em Mateus Cristo fala do trono da sua glória (19.28; 25.31). Além disto, apenas neste Evangelho Jerusalém é chamada de cidade santa (4.5) e de a cidade do grande Rei (5.35). Sendo o Evangelho do Rei, Mateus também é o Evangelho do reino; a palavra reino aprece mais de cinqüenta vezes e a expressão o reino dos céus, que não foi usada em nenhum outro lugar no N.T., aparece aqui cerca de trinta vezes. (Scofield) Mateus, mais do que qualquer dos escritores dos Evangelhos identifica acontecimentos e pronunciamentos na vida do nosso Senhor com predições do V.T., como, por exemplo, 1.22; 2.15, 17, 23; 4.14; 12.17; 13.14; 21.4; 26.54, 56; 27.9, 35. (Scofield) Conquanto que Mateus mostra Cristo como Rei, Ele é primeiramente o Rei espiritual do Seu povo. O povo Judeu, junto com os discípulos, esperava o Messias que vinha derrubar os reinos em oposição e estabelecer o Seu reino na terra. Como isso não veio a acontecer (Mt 12.18-21), muitos deixaram-nO (Mt 26.56). Antes que alguém possa entrar no Seu reino na terra, Cristo deve reinar no seu coração. Mateus relata a vida de Cristo sem os detalhes que Marcos e Lucas dão. (Baxter): Estão agrupados os preparativos para o Seu ministério: Cap. 1 - 4.12 - Genealogia, nascimento, Batismo e Tentação Estão agrupadas as obras e ações de Cristo no Seu ministério na Galiléia: Cap. 5, 6, 7 - Os Ensinamentos de Cristo Cap. 8, 9,10 - Os milagres de Cristo Cap. 11 - 18 - As reações ao ministério de Cristo. Estão agrupados também o Seu curto ministério em Judéia: Cap. 19 - 25 - Sua Apresentação - Rei Cap. 26, 27 - Sua Crucificação - O Malfeitor Cap. 28 - Sua Ressurreição - O Salvador Para ver a base que os detalhes dos outros três Evangelistas apoiavam, leia Mateus várias vezes. Assim terá uma visão geral da vida de Cristo. B. Marcos Tema: Cristo, O Servo com a semelhança de bezerro, Ap 4.6-8. Tempo: 68 d.C. Autor João Marcos O nome de Marcos, João Marcos ou João (em relação a Marcos) aparece só nove vezes na Bíblia e nenhuma destas nos evangelhos (At 12.12, 25; 13.13; 15.37, 39; Cl 4.10; 2 Tm 4.11; Fl 24; 1 Pe 5.13). Na a primeira vez que Marcos aparece na Bíblia aprendemos que o nome de sua mãe era Maria. É bem provável que sua mãe fosse Judia e quem deu o nome de João, e o pai, que não conhecemos talvez fosse Romano devido ao nome de Marcos que deu a seu filho. João Marcos era sobrinho de Barnabé (Cl 4.10), chamando meu filho por Pedro (1 Pe 5.13) e era cooperador a Paulo (Fl 24) e assim, muito útil para o ministério dele (2Tm 4.11). Contudo, Marcos foi uma pedra no caminho entre Paulo e Barnabé por começar uma viagem missionária com Paulo e Barnabé, mas não a completando, saindo logo depois de começar (At 12.25; 13.13; 15.37-41). Quando Paulo estava na prisão referiu-se a Marcos (Cl 4.10) que estava ainda no ministério (a tradição diz que ele era muito ativo no Egito, organizando uma igreja em Alexandrina - Baxter). A primeira falha de ter deixado os missionários, no começo do ministério de Paulo e Barnabé era uma falha que Paulo evidentemente tinha perdoado, pois é dito uns vinte anos depois que ele achava Marcos útil para o ministério. A tradição diz que Marcos foi um mártir no Egito. Ele foi arrastado pela rua, jogado e deixado ferido numa prisão e depois queimado vivo (Baxter). Livro: Que Marcos mostra Cristo, o servo, é evidente no livro que relata na maior parte - as ações de Cristo. Como não é importante saber a genealogia de um servo, Marcos não tem registro da linhagem de Cristo nem nenhuma menção do nascimento ou dos primeiros anos dele. Como não é importante o que um servo diz e sim o que o servo faz, os discursos e as parábolas de Cristo não estão relatados com tanto destaque quanto os milagres que ele se preocupou em fazer. Em comparação com o livro de Mateus, Marcos é o mais curto dos quatro evangelistas. Mas se comparar só os relatórios que Cristo fez, Marcos inclui duas vez mais que Mateus. Tudo indicando que Marcos mostra Cristo, o Servo. Marcos é considerado como o fotógrafo dos evangelistas. Ele relata com mais destaque os detalhes dos nomes (3.17; 10.46; 15.21), horários (1.35; 6.35; 11.19; 15.25), números (2.3; 5.13; 6.7, 40; 14.30, 72), lugares (2.13; 11.4; 12.41; 15.39; 16.5) e muitos acontecimentos 1.13; 2.3,4; 4.36-38; 6.48, 53-56; 9.36; 10.17,32; 12.42; 16.4). Se não fosse por Marcos, muitos detalhes que dão vida aos acontecimentos de Cristo, seriam deixado só à imaginação. Para dar mais um exemplo, compare o relatório de Marcos da Transfiguração de Cristo como o relatório dos outros evangelistas (Mc 9.2-13; Mt 17:1-8; Lc 9.28-36). Para ter uma lição em como servir estude o exemplo de Cristo em Marcos. Sua posição com Deus, e o Seu trabalho como Salvador não foi em nada prejudicado na atitude d?Ele ser um Servo mas foi vista a grandeza da Sua posição com Deus ao se humilhar para servir e a importância de obediência no Seu trabalho. Todos os que querem adorar o Senhor Deus em espírito e em verdade tomem nota da vida de Cristo, o Servo. C. Lucas Tema: Cristo, O Homem rosto como de homem, Ap 4.6-8. Tempo: 60 A.D. Autor: Lucas é o escritor do Evangelho de Lucas e do livro de Atos dos Apóstolos (1.1-5; At 1.1-4). Lucas era médico (Cl 4.14). Talvez por isso há mais referências às curas no livro de Lucas do que em Mateus ou Marcos ((4.18, 23; 5.17) e as descrições de doenças (5.12,18; 7.2; 13.11)). Lucas foi companheiro de Paulo em muitas das suas viagens (note em Atos o pronome nós quando fala de quem estava com Paulo. Parece que Lucas era um companheiro muito fiel a Paulo, pois no fim da vida de Paulo ele diz que só Lucas está comigo (2 Tm 4.9-11). O Livro: Em Mateus temos agrupados os acontecimentos de Cristo, O Rei; em Marcos temos as fotos das ações de Cristo, O Servo; em Lucas temos a história linda de Cristo, O Homem. Lucas foi endereçado a Teófilo, um romano de importância e um convertido ao Senhor Jesus Cristo para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado (1.1-5). Ver também Atos 1.1-4. A genealogia é traçada até Adão, seno o objetivo de Lucas mostrar Cristo, O Homem. A narrativa de Lucas sobre o nascimento e a infância do Senhor é do ponto de vista da mãe virgem (Scofield) e nos dá mais detalhes da sua vida de criança e menino que os outros Evangélicos (Baxter). Este livro é o mais longo dos quatro Evangelhos em relação ao número de versículos. O que sabemos da infância de Cristo devemos a este livro. Lucas também diferencia dos outros sinópticos em que só neste livro tem as parábolas do Bom Samaritano (10.25-37), do homem rico e louco (12.13-21), da figueira infrutífera (13.6-9), da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo (15,3-32), da viúva persistente (18,1-8), do fariseu e o publicano (18,9-14), e a parábola das minas (19,11-27). Também só aqui tem a missão dos Setenta relatada (10,1-24). Imagine que falta de conhecimento da vida de Cristo teríamos se não fosse por Lucas. Note, também, os acontecimentos que Lucas relata sobre a sensibilidade de Cristo em repreender Marta (10.38-42), curar uma enferma (13.10-16), um hidrópico (14.1-6), dos dez leprosos (17.11-19), a conversão de Zaqueu (19.1-10) e o choro por Jerusalém (19.41-44); tudo isso só temos porque Lucas nos relatou mostrando assim a atenção de Cristo pela humanidade e a humanidade perdida à qual Ele veio salvar. O nascimento, vida de criança, menino e de homem (1.5-4.13) Ministério em Galiléia (4.14-9:50) A jornada à Jerusalém (9.51-19:44) Crucificação e Vitória (19.45-24.53) D. João Tema: Cristo - O Filho de Deus ou Cristo em Sua Divindade uma águia voando, Ap 4.6-8. Tempo: cerca de 85 - 90 d.C. Autor: Sabemos que o pai de João era Zebedeu (Mt 4.21) e era seu irmão Tiago (Mt 26.37; Mc 14.33; Lc 5.10). João fazia parte do circulo dos três discípulos íntimos de Cristo. Os outros eram Pedro e Tiago. Cristo não amava mais estes três, mas estes três estiveram presentes durante ocasiões especiais de Cristo: Transfiguração (Mt 17.1-9), oração no jardim antes da traição e da crucificação (Mt 26.36-46). Os três foram chamados por Paulo colunas da igreja (Gl 2.9). A João, um dos poucos discípulos presente na sua morte, Cristo confiou o cuidado de sua mãe (Jo 19.26,27) e ele é apresentado no seu evangelho como o discípulo a quem Jesus amava (13.23; 19.26; 20.2; 21.7, 20-24). Além deste evangelho, João é autor dos outros três livros que levem o seu nome (1, 2, 3 João) e Apocalipse. O Livro: A razão de este livro ser escrito é para que creias que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (Jô 20.21) e esta idéia se repete pelo livro várias vezes. Os versículos chaves, 1.11,12 também fornecem a estrutura do livro, como João faz no livro de Apocalipse em Ap 1.19. O Evangelho de João pode ser dividido em 1) Os seus não o receberam, 2) Mas, a todos quanto o receberam, 3) Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus . Este livro não faz parte dos evangelhos sinópticos. Os sinópticos mostram os fatos da vida exterior de Cristo, em João temos a vida íntima de Cristo. Os sinópticos mostram a sua vida humana, João mostra a sua vida divina. Os discursos públicos de Cristo estão relacionados em maior parte pelos sinópticos, João relata os discursos pessoais de Cristo. O ministério na Galiléia é mostrado nos sinópticos, mas em João o ministério na Judéia se vê. Os sinópticos importam fatos, João doutrina. Os sinópticos apresentam Cristo pelo que ele diz e faz, João o interpreta pelo quem ele é. (Baxter) Para se concentrar no quem Cristo é João só conta oito dos milagres de Cristo (Mateus e Lucas mostram vinte, Marcos dezoito) e só uma parábola (10.6). Das parábolas Mateus relata dezesseis, Marcos cinco e Lucas vinte. Em contrapartida, João nos relata os discursos de Cristo que os sinópticos não revelam com tanto destaque (Pedro e Natanael, a:35-51; Nicodemos, 3.1-15; mulher Samaritana, 4.4-38; o homem nascido cego, 9.35-41; Marta e Maria, 11; os onze discípulos, 13-16; Maria Madalena, 20.1-18 e o Apostolo Pedro, 21.15-23) tudo para nos mostrar doutrina. As palavras usadas mais neste livro que nos dos sinópticos são: crer, vida e os títulos Filho e Filho de Deus , estes mostrando o tema do livro de Cristo - O Filho de Deus. Outras palavras características de João são verdadeiro, verdade,. amor, testemunho e mundo (gr. kosmos). Apenas João registra as grandes declarações Eu sou de Cristo (6.35 pão da vida; 8.12 a luz do mundo; 10.7 porta das ovelhas, 11 o bom Pastor; 11.25 a ressurreição e a vida; 14.6 cominho, verdade e a vida; 15 videira verdadeira) e apresenta as declarações de Cristo introduzidas pelo solene Em verdade, em verdade (1.51; 5.19,24,25, etc.). (Scofield). Conclusão: Mateus O Prometido está - veja as Suas qualificações Marcos Assim Ele trabalhou - veja o Seu poder Lucas Assim Ele era - veja a Sua natureza João Assim Ele é - veja a Sua divindade II. O Histórico Atos 1. Atos Tema: As Ações dos Apóstolos Tempo: Terminado em 63 A.D. em Roma Autor: Lucas (Lucas 1.3; Atos 1.1) Lucas, com o evangelho que mostra a vida detalhada de Cristo e com este livro que mostra a historia da igreja que Cristo estabeleceu, é o autor que escreveu mais das ações no Novo Testamento do que qualquer outro indivíduo. Lucas escreve não só para informar o leitor com a organização dos acontecimentos, mas também para exortar o leitor pelos exemplos dos apóstolos. Livro: O livro de Atos é uma historia de um dos primeiros historiadores inspirados nos primeiros anos da época cristã. Mais do que trinta anos são tratados neste livro, desde a ascensão de Cristo à prisão de Paulo em Roma. Atos é uma ponte que estenda dos Evangelhos até as Epistolas. Os Evangelhos relata o tratamento do evangelho diante dos judeus, as Epistolas trata do evangelhos diante dos gentios. Atos relata como o reino de Deus começou com os judeus e os acontecimentos da rejeição destes do mesmo e a abertura total do evangelho para com os gentios (Atos 1.8; 28.28). Aqui se tem o começo e os princípios que as primeiras igrejas e seus missionários seguiam. É um manual completa de teoria (doutrina) e pratica para a igreja verdadeira obedecer a comissão dada por Cristo em Mateus 28.19,20. A evangelização dos judeus e depois para os gentios, a pessoa e obra do Espirito Santo, a perseguição que seguiu os que quiseram obedecer Cristo está para a nossa edificação no livro de Atos. Capítulos 1 - 12: A missão da igreja com destaque ao Pedro, Jerusalém o centro de operações aos israelitas. Este seção termina com Pedro livre de prisão. A igreja evangeliza Jerusalém, Judéia e Samaria Capítulos 13 - 28: A missão da igreja com destaque ao Paulo; Antioquia é o centro de operações ao mundo inteiro. Este seção termina com Paulo na prisão. A igreja evangeliza os confins da terra. Versículo chave é Atos 1.8 que envolve o dever divina, o equipamento espiritual e a comissão geográfica da missão da igreja. Para entender como a mensagem do Velho Testamento entrelaça com o Novo Testamento, leia a mensagem de Pedro em Atos 2.14-40. III. As Epístolas Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, I e 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I e 2 Pedro, I e 2 e 3 João, Judas e Apocalipse Introdução As Epístolas, diferente que os Evangelhos ou que Atos, nos dão na maior parte, doutrina. Os Evangelhos relatem a pessoa de Cristo aqui na terra. Atos nos relata os acontecimentos durante os trinta anos depois de Cristo. As Epístolas, especialmente as Paulinas e as Gerais, tratam de doutrina para todos desde o fim de Atos até a segunda vinda de Cristo, quer dizer, os desde o tempo de Atos e nós hoje. Os Evangelhos e Atos são escritos para nós, mas as Epístolas são sobre nós. As Epístolas nos dão a maneira doutrinária de aplicar os primeiros cinco livros do Novo Testamento às nossas vidas. Pelo livro dos Atos dos Apóstolos, podemos ver o número de igrejas em expansão em varias áreas. Foi pela palavra oral dos apóstolos que as pessoas foram ajuntadas em grupos conforme o modelo deixado por Cristo, a Cabeça da Igreja. Pelos sinais dos apóstolos, as suas posições e mensagens foram aceitas. Agora com igrejas formadas, a necessidade de ter algo permanente foi necessário. As Epístolas preenchem esta necessidade dando em forma escrita os ensinamentos inspirados que estas igrejas creram para entrar em Cristo e o que era necessário para continuar sendo conformes à imagem de Cristo. O que foi escrito por Paulo e os seus colegas serviu bem esta necessidade naquele primeiro século e por ser inspirado nos sirva de igual modo hoje mesmo sendo uns vinte séculos depois. As vinte e duas epístolas podem ser classificadas em quatro categorias: I. As Epístolas às Igrejas Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses II. As Epístolas Pastorais 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom III. As Epístolas Gerais e Pessoais Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 2 João, Judas IV. Epístola Profética Apocalipse A. As Epístolas às Igrejas Romanos, I e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e 2 Tessalonicenses A ordem destas Epístolas na nossa Bíblia é a mesma ordem que todos os manuscritos velhos achados em qualquer parte do mundo têm. A ordem cronológica seria diferente que a ordem que elas aparecem na Bíblia. A ordem cronológica que refere a data aproximada que elas foram escritas seria nesta ordem (Baxter): Livro Lugar Tempo 1 Tessalonicenses Corinto 52-53 d.C. 2 Tessalonicenses Corinto 53 d.C. 1 Coríntios Éfeso 57 d.C. 2 Coríntios Macedônia 57 d.C. Gálatas Corinto 57-58 d.C. Romanos Corinto 58 d.C. Colossenses Roma 63 d.C. Efésios Roma 63 d.C. Filipenses Roma 64 d.C. 1. Romanos Tema: A Justificação pela Fé Tempo: escrito em Corinto, 58 d.C. (16.1,2) Autor: O Evangelho tem sido pregado por um meio século quando Paulo escreveu este livro e muitas igrejas foram organizadas até este tempo. Era inevitável que duvidas e perguntas surgiam por causa da pregação de graça e a plena justificação de qualquer pessoa pela fé em Cristo. Perguntas sobre a lei de Moisés, o concerto de Deus com Abraão, a aceitação dos gentios diante de Deus, e as ramificações da pregação da graça de Deus foram levantadas. Paulo, por causa do seu treinamento como um Fariseu e por causa da sua rígida mas delicada consciência foi especialmente preparado para esta tarefa (Fl 3.4-6). Ensinamento: O primeiro livro entre as Epístolas talvez porque é a exposição mais completa do N.T. sobre as verdades centrais do Cristianismo. (Scofield). A igreja em Roma parece de ser feita de membros tanto Judeu (2.17-29) quanto Gentio (11.14-32). Então podemos aprender como o Evangelho é interpretado tanto aos Judeus quanto aos Gentios. Parece que Paulo está escrevendo esta carta à uma igreja que ele, até aquele momento, nunca tinha visitado (1.10-15). Nota como Paulo trata do problema do pecado. Ele mostra como por Cristo o pecador pode ser justificado diante de Deus (3.21-5:11) e depois ele mostra como o pecador pode viver para a glória de Deus mesmo tendo o pecado tão perto dele quanto a sua carne (7.7-8:39). O segredo de viver a vida cristã mesmo tendo o pecado na carne é visto no fato que em Romanos capitulo oito o Espírito de Deus é mencionado não menos do que dezoito vezes. Antes deste capitulo o Espírito de Deus é mencionado só uma vez (1.4). Isso nos mostra que por Cristo o pecador tem a redenção (3.21-26), mas é pelo Espírito que ele pode viver para agradar Deus (8.11). Cuidando de doutrina pode levantar muitas duvidas na mente de quem estudo ou de quem recebe tal estudo. Por isso os capítulos 6-8 respondem às dificuldades que uma mente normal pode ter com doutrina. Paulo ressalta a soberania de Deus nas Suas ações pela graça. Os capítulos 12-26 impõem a todos os cristãos a obrigação de terem vidas consagradas no serviço a Ele que os tem mostrado misericórdia. A vida do crente deve refletir o que diz a sua boca. O livro de Romanos pode ser dividido em três partes (Baxter): I. Doutrinal: Como o Evangelho salva o pecador - Cap. 1-8 II. Nacional: Como o Evangelho aplica à Israel - Cap. 9-11 II. Prático: Como o Evangelho aplica à nossa vida - Cap. 12-26 Pr. C.Gardner
Posted on: Tue, 19 Nov 2013 22:20:38 +0000

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