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A CARTA DE DEUS - Dom José Francisco Rezende Dias Conta-se que no final da vida e tuberculoso, Franz Kafka se sentava todos os dias no mesmo banco de jardim para tomar sol. Um dia, passa por ele, chorando, uma menina pequena, 5 ou 6 anos. E ele pergunta por que ela chora. Ela lhe responde que perdeu a boneca. E ele lhe diz: Não! Você não perdeu a boneca. Ela está viajando. Imediatamente, a menina ergue a cabeça, passa a mão pelo rosto e se espanta: Como assim, viajando? Como você sabe? Ele responde em tom de confidência: É que eu sou carteiro de bonecas. Eu tenho todas as cartas dela. E a partir daquele dia, e em todos os outros, ele se encontra com a menina na mesma praça, ao meio dia, para ler as cartas da boneca viajante. E a cada dia, ele leva uma carta nova, que ele mesmo havia escrito no dia anterior. Quem será o nosso carteiro? Quem nos trará a mensagem que esperamos? O MODERNISMO coincidiu com o início da ERA CIENTÍFICA, trazendo o OTIMISMO num FUTURO que se podia planejar. A CIÊNCIA e a RAZÃO solucionariam todos os problemas humanos. Esta era a promessa. Mas já na primeira metade do século XX, o castelo de cartas do MODERNISMO começou a ruir. Duas Grandes Guerras, o Nazifascismo, a ameaça atômica: era a morte em escala industrial. Tínhamos subido ao patamar da RAZÃO e da CIÊNCIA, sim. Mas elas decretariam o nosso fim. De que adiantava, afinal, o PROGRESSO HUMANO? Não se admira que, a seguir, tenham nascido gerações carregadas de um amargo CETICISMO. Se nem mais no progresso da modernidade era possível acreditar é porque ele havia desiludido as pessoas nas promessas que fez. (...) O fato é que é um grande desafio ainda conseguir acreditar em algo. Em quê você crê? Eu creio profundamente que Jesus é o carteiro de Deus. Melhor! Creio que Ele é a própria carta de Deus e que você e eu somos os destinatários. Sentado num banco do jardim do mundo, é possível encontrar a presença Dele, disposto a continuar sendo a carta de Deus a cada um. A grande notícia dessa carta é que Deus não nos abandona. Ele não abandonou seu Filho na Cruz nem abandonou seus filhos nos campos de extermínio. Contra todas as aparências. Ele esteve lá. O que quer que possa parecer abandono é mera aparência. E o mínimo que podemos dizer das aparências, é que elas enganam.
Posted on: Wed, 23 Oct 2013 00:02:35 +0000

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