A Causa A causa dos problemas somos nós, sendo mais - TopicsExpress



          

A Causa A causa dos problemas somos nós, sendo mais específico, nossa falta de conhecimento a respeito de nós mesmos, da forma como nos organizamos, a validade de nossos valores, identidade, entre outros fatores que resultam na perpetuação de um conflito auto-destrutivo e que afeta todos os indivíduos de nossa espécie, tal como demais espécies e o meio ambiente. Sendo assim, estamos lidando com a mudança do quadro atual. Esse é o nosso grande desafio! Mesmo com tantos dados factuais que apontam a ineficiência dos modelos atuais, a exemplo das taxas de mortalidade infantil, acidentes no trânsito, guerras, violência, educação e saúde publica de péssima qualidade, etc, prosseguimos sendo a prática dos mesmos. As tentativas de alternativas até o momento vem mostrando-se nada mais que releituras do que já vivemos. No geral damos por certo de que não há mais nada de realmente novo a tentar-se e só nos resta buscar insistir com os modelos vigentes de nossa sociedade. Porém, não será esta afirmação um equivoco? Para responder tal pergunta, vamos entender o que temos em mãos, começando por sua origem. As primeiras organizações sociais humanas de que se tem vestígios eram pequenos grupos nômades de caçadores e coletores, com relativo antagonismo entre si e cooperação interna, uso de ferramentas arcaicas e escassez técnica generalizada, este período identificamos por selvageria. Com o invento da agricultura houve um significante aumento na oferta de recursos, permitindo a fixação e aumento das comunidades, a partir deste ponto as estruturas sociais ganham maior complexidade, o uso de máquinas é significativo, porém há forte dependência de mão de obra humana nos processos produtivos e o paradigma de escassez técnica mantém-se, tais fatores geram antagonismo interno e desigualdade social, enquanto que no quadro geral tais grupos assentados apresentam postura antagônica entre si, que intensifica-se a medida que as tecnologias emergem. Tal período identificamos por barbárie. É dentro deste segundo quadro que vão surgindo os conceitos de economia, política, moral, identidade, entre outros que conhecemos. Agora vamos investigar os pilares de nossa atual estrutura social, a começar pela economia. Todos as pessoas possuem necessidades que são satisfeitas por recursos, o papel da economia é lidar estrategicamente com a exploração, produção e distribuição de tais recursos. Os recursos encontram-se em dois parâmetros de disposição: abundantes ou escassos, respectivamente, estando suficientes para saciar à todos ou não, e quando não, é trabalho da economia racionalizar tais recursos visando o bem comum, a curto e longo prazo. Como já vimos, nossa realidade era de escassez e precisávamos de força de trabalho para obter recursos, dessa forma nossa economia teria que garantir a produção dos recursos, mesmo que custasse o livre acesso. A economia monetária nasce como solução para o paradigma de escassez em que a humanidade encontrava-se. Na economia monetária os recursos são tratados como propriedade, individual ou de determinado grupo, e relacionados a um valor monetário orientado pela lei da oferta e da procura, o dinheiro. O papel do dinheiro é restringir o acesso aos recursos à quem colabore com a economia por meio do trabalho, como um comprovante de serviços prestados, porém para que o dinheiro possa garantir novos recursos é necessário a obtenção de lucro, que é um ganho acima dos custos de produção/prestação de serviços. A necessidade de lucrar implica na constante expansão da economia, que gera uma série de contradições no modelo monetário. O dinheiro é divida, isso porque se pagássemos tudo que devemos, sem contrair novas dividas, o mesmo seria desnecessário, porém sempre temos novas necessidades e precisamos de mais recursos, logo temos que manter e acelerar a circulação do dinheiro (dívida), o que leva a uma contradição, pois nosso planeta possui recursos finitos e não necessariamente existe uma demanda para os serviços/produtos oferecidos. Para assegurar o consumo cíclico existe a prática da obsolescência programada, que é o ato de premeditadamente tornar produtos tecnicamente ou psicologicamente obsoletos para garantir vendas futuras, identificada em produtos com vida útil reduzida, a degradação do velho perante novos modelos quase inalterados ou simplesmente a incompatibilidade intencional de componentes. Como vimos o valor monetário é orientado pela lei de oferta e procura, logo quanto maior for a demanda e menos houver, mais caro será um produto, logo é desejável que haja escassez, mesmo quando a capacidade de produção é capaz de gerar abundância. Para sobreviver precisamos lucrar, mas para lucrar precisamos por em risco nossa sobrevivência? Sim, por mais contraditório que seja, para lucrar cada vez mais é necessário baratear a produção negligenciando segurança, qualidade e sustentabilidade, na verdade essa criação colateral de problemas pode ser convertida em uma nova fonte de lucro, desde que seja oferecido uma solução paliativa para o problema, consideremos também que para manter o consumo cíclico todas as soluções devem ser paliativas garantindo a necessidade futura do trabalho, logo novas tecnologias que ofereçam soluções definitivas são uma ameaça. A política tem como foco lidar com a soma das projeções, idéias, emoções, percepções, métodos, teorias entre outras coisas, administrando a sociedade. Consideremos que não basta haver necessidades, para satisfazer-las é necessário que haja interesse nisto, assim a política é dominante em sua relação com a economia. A política é a responsável pelas decisões que dizem respeito a vida de determinado conjunto social, logo tornando tais decisões impróprias para o âmbito pessoal, podemos ainda classificar as decisões em duas distintas categorias: decisões técnicas e decisões subjetivas, as subjetivas abrangem o campo da subjetividade humana com suas preferências e gostos, não tendo relação com uma ordem natural exata, já decisões técnicas são fundamentadas no comportamento da natureza, não dependendo de perspectivas ímpares e sim do método cientifico, dessa forma decisões técnicas não são tomadas, mas sim constatadas.
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 02:50:31 +0000

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