A César o que é de César. O presidente com CRM-PR renuncia ao - TopicsExpress



          

A César o que é de César. O presidente com CRM-PR renuncia ao seu cargo como manifestação de suas convicções. Segue parcialmente um texto de sua autoria, disponível no link abaixo. crmpr.org.br/MAIS+MEDICOS+ASSISTENCIALISMO+OU+INTERCAMBIO+13+12385.shtml "(...) O governo tem um discurso para cada ato, sob aplausos da claque que vem ajudando a dilapidar os recursos públicos que tanta falta fazem à saúde. É exatamente o drástico desinvestimento que afeta a atenção básica, a atenção integral, a gestão e as condições de trabalho no SUS. O convênio com o governo cubano foi firmado em abril, dois meses antes do anúncio do Mais Médicos, o que reforça a suspeita de que os médicos brasileiros foram mesmo boicotados em sua tentativa de adesão. Se querem mesmo demonstrar vontade política para respaldar o direito de cidadania e também um serviço público acessível e de qualidade, pré-pago com impostos e contribuições sociais, nossos governantes devem ser transparentes com a população. Afinal, a MP foi esculpida de uma ideia malsucedida de muitos anos atrás e agora apresentada como a obra que vai trazer esperança aos bolsões de desassistência até há pouco ignorados. Aonde estavam os governantes que somente agora acordaram para as mazelas populares, através das manifestações públicas? Com certeza não estavam alheios, mas tiveram bons anos para preparar todo esse golpe. Só precisavam um pretexto, e as ruas ofereceram. A conta final, por todo o descaso com que a saúde dos mais de 150 milhões de brasileiros que são atendidos exclusivamente no SUS, não deve recair sobre nenhum profissional, seja ele cubano ou não, pois o verdadeiro responsável, que é o governo, de forma hábil procura se isentar. Não é hostilizando os médicos estrangeiros, especialmente cubanos, que vamos evoluir, até porque não sabemos ao certo o grau de independência dessas pessoas em decidir por si. A forma com que os médicos cubanos se relacionam com o poder central castrista, mais ‘castra’ do que permite a aplicação dos direitos humanos. Isso tem que ser questionado, ainda mais quando um partido, dito dos trabalhadores, aceita terceirizar os recursos humanos em Medicina para um regime que explora e não respeita a dignidade das pessoas. A sociedade está se modificando, assim como os movimentos organizados. Nesse sentido, a classe médica brasileira cansou de assumir responsabilidades que não são suas, até porque não tem condições de intervir na solução. A César o que é de César. A classe tem que rever muitos dos seus conceitos e ampliar sua visão, assim como o governo tem que demonstrar claramente que a saúde do povo é sua prioridade e que será tratada com muita responsabilidade. Alexandre Gustavo Bley, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná."
Posted on: Tue, 24 Sep 2013 21:26:01 +0000

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