A Economia Brasileira antecedendo o ano Eleitoral de 2014 Nilson - TopicsExpress



          

A Economia Brasileira antecedendo o ano Eleitoral de 2014 Nilson Pimentel (*) Parcela da sociedade brasileira atenta aos acontecimentos recentes tem visto e lido sobre fatos que repercutem na mídia sobre os agravamentos das questões macroeconômicas que afetam a economia brasileira, sem que hajam habilidades das autoridades econômicas no sentido da reversão de futuros tempos de dificuldades para todos. Assim, também, se tem assistido e visto que as autoridades poltícas que governam o Brasil ainda não entenderam e nem foram capazes de se mobilizarem com os movimentos das massas, haja vista, que eles, o povo, reivindicou “assuntos menores” e, lógico, que os oportunistas, anarquistas, vândalos, meliantes de todo matiz se aproveitaram desses movimentos populares. E, nada aconteceu. Nem reformas, nem expursos de maus políticos, nem cortes nas pesadas contas do Establishment brasileiro, até o tal plebiscito se foi e, tudo ficou como dantes. O que a sociedade assiste são reuniões para conxavos, para alianças partidárias espúrias, pseudos candidatos já mostrando caras e discursos que não são condizentes com eles próprios, todos visando o pleito eleitoral de 2014. E os clamores da sociedade já ficaram para trás. Por outro lado, os aspectos macroeconômicos da economia brasileira agravam-se a cada dia senão vejam algumas variáveis mais importantes e que impactam diretamente a vida de todos. Os economistas críticos da atual Política Econômica (PE) que o governo impõe à sociedade tem levado às substanciais agravantes que se vê emergir com fortes tendências contrárias ao crescimento e desenvolvimento economico brasileiro, não que sejamos contrário, de todo, mas é a forma como essas políticas tem sido aplicadas. Para a Ciência Econômica não há milagre, o equilíbrio sempre será o melhor caminho a ser seguido, para o bem de todos e, é isso que se quer perseguir para alcançar o crescimento econômico e geração de riquezas. Senão, vejam: os mecanismos de transferências de renda entre grupos sociais, na estratificada piramide social brasileira, para outro grupo social, com a justificativa de, numa espécie de democratização de certos privilégios, provoca custos elevadíssimos para todos e passam desapercebido da sociedade por falta de transparência e ampla discussão social. A política de subsídios a determinados setores industriais escolhidos pelo governo, a curto prazo, principalmente dos créditos em bancos públicos e os incentivos fiscais indutores de consumo de bens finais, prejudica a competitividade das empresas, reduz os investimentos produtivos diretos e o crescimento econômico. Observem somente esse parâmetro: os maiores volumes de financiamentos com juros subsidiados são feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com taxas de juros menores que a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a prime rate do sistema financeiro brasileiro, ou seja, o custo do dinheiro é mais alto que a taxa de juros cobrado, o que nesse caso, há uma tremenda transferência de renda da sociedade para o setor industrial privado (alguns segmentos da indústria nacional), é uma política de privilégios que a todos prejudica. Isto aumenta sobremaneira os gasto do governo, fazendo um repuxo negativo sobre a taxa inflacionária e arrasta o crecimento econômico para baixo. Os economistas sabem que políticas públicas de subsídios devem ser aplicadas em curtíssimo prazo e transitórias, pois provocam enormes distorções no sistema econômico e são incompatíveis com os processos de desenvolvimento. Quanto aos instrumentos de PE, como a Política Cambial, tem demonstrado que as autoridades do governo andam às tontas, não se entendem, nem o Minsitro da Fazenda, Guido Mantega (que já virou em pândega seus pronunciamentos sobre a taxa cambial, inclusive no exterior) , nem o Ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Fernando Pimentel, para o qual a taxa cambial está numa trajetória normal para estrutura da economia brasileira, sem tampouco ligar para a alta de preços dos bens que são produzidos com base em insumos importados, afora que os bens de consumo importados para o mercado brasileiro estão com preços nas alturas. Ainda se tem que a própria presidente Dilma não sabe que diretriz determinar ao Banco Central (BACEN), como a dizer ao seu presidente, Sr. Tombini “Faça alguma coisa, mas o dolar não pode se elevar desmedidamente frente ao real”. Nesse mês de agosto, após o governo já ter jogado no mercado mais de US$ 45 bilhões das reservas do Brasil (em série de leilões), na tentaiva de segurar a escalada do dólar no mercado brasileiro, há notícias que a presidente deseja mudar a estrategia da Politica Cambial brasileira. Vejam o que ocorreu no dia 22/08, o dólar negociado no mercado à vista abriu em alta. Os sinais desiguais da moeda no começo da sessão representaram ajustes ao fechamento de quarta-feira, 21, quando o dólar à vista encerrou cotado a R$ 2,4360, bem mais fraco do que a moeda no mercado futuro, que terminou em R$ 2,4590, informou um operador de tesouraria de um banco operador. Mas o cenário externo tende a atrapalhar todo esse esforço do BACEN. Os dados positivos do setor industrial (PMI) da China e da zona do euro em agosto e a sinalização da ata do Federal Reserve de que a redução de incentivos à economia dos Estados Unidos deve começar até o fim deste ano sustentam esse movimento de alta do dólar. Como esses níveis de preço do dólar fortalecem preocupações com o aumento da taxa de inflação, assim as autoridades monetárias do governo começaram a definir uma nova estratégia para a atuação no mercado de câmbio. Para aqueles brasileiros que adoram viajar para o exterior, sem pensar que seus atos contribuem para agravar a economia brasileira em queda, observem o movimento que o mercado de turismo faz, somente para exemplificar, no período da Copa das Confederações, os brasileiros gastaram no exterior US$ 1,9 bilhão (junho), em contrapartida os estrangeiros que aqui estiveram gastaram apenas US$ 462 milhões, o que vem aumentando esse diferencial, e no primeiro semestre de 2013, os resultados recordes foram os seguintes, US$ 12,3 bilhões de gastos de brasileiros no exterior contra apenas US$ 3,5 bilhões de gastos de estrangeiros no Brasil, ou seja nessa conta de viagens, já apresenta um déficit de US$ 8,8 bilhões. O fato econômico real, além de nós estarmos criando empregos no exterior com forte transferência de renda daqui para fora, o Brasil vê aumentado sua dependência externa para financiar as viagens de brasileiros ao exterior. Essa conta também afeta, para maior, a taxa de inflação no mercado brasileiro. Pense nisso !. (*) Economista, Engenheiro e Administrador de empresas, com pós-graduação: MBA in Management (FGV), Engenharia Econômica (UFRJ), Planejamento Estratégico (FGV), Consultoria Industrial (UNICAMP), Mestre em Economia (FGV), Doutorando na UNINI-Mx, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 04:45:19 +0000

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