A FORÇA DO MEDO Manuel Philomeno de Miranda [1], pela - TopicsExpress



          

A FORÇA DO MEDO Manuel Philomeno de Miranda [1], pela psicografia de Divaldo Franco, afiança que o medo dizima vidas e deforma caráteres, sendo agente de males diversos. Esse autor espiritual relaciona algumas causas do medo; 1) conflitos herdados de existência passada, produzindo um sentimento e culpa e uma sensação de arrependimento normalmente inexplicáveis;2) sofrimento vivenciado na Erraticidade, refletindo a ação de vítimas de nossas anteriores ações que se convertem em cobradoras implacáveis; 3) desequilíbrio da educação oferecida na infância, representado principalmente por episódios traumáticos ocasionados pelo desrespeito de genitores e familiares. O medo tem o poder de quebrar a força de vontade e de empreendimento da criatura, promover comportamentos alienados e patológicos, ainda que em alguns aspectos possa ser positivo ao evitar determinados riscos, mas aí se mostra na forma mais branda, como receio justificável. Normalmente transforma-se em inimigo invisível difícil de ser desalojado da “cidadela da alma”, somatizando-se em enfermidades variadas. A síndrome de pânico, atrelada ao mecanismo do medo e da ansiedade, conforme as estatísticas especializadas, atinge quatro por cento da humanidade, chegando a tornar-se fator de incapacitação laboral. Sua incidência, nos mais diversos graus, constata-se em providências como os muros altos, as cercas eletrificadas, as fossas, as grades, os animais assassinos de guarda, os apartamentos e os condomínios fechados que viram prisões. Na Revista Espírita [2], encontramos um artigo valioso, tratando do mal do medo, que é sempre psicológico, imaginativo, ilusório, tornando-se presente, como que concreto ao nos dominar, em vista da nossa ignorância da realidade espiritual, da transitoriedade das coisas materiais e, por consequência, do apego às coisas e pessoas deste mundo. Allan Kardec transcreve a história de um médico identificado pela inicial. O Dr. F. esquecera numa carruagem uma garrafa de fino rum. Por isso, deixou o aviso a um dos cocheiros de que o recipiente esquecido continha fortíssimo veneno. Altas horas da noite, foi chamado às pressas para atender três cocheiros com dores terríveis nas entranhas. Teve dificuldade de convencê-los de que haviam bebido rum e não veneno e que os sofrimentos eram causados pelo medo de morrer. O pior medo será sempre o do materialista, porque mais cruel, especialmente quando enfrenta graves problemas ou doenças consideradas irreversíveis, levando-o a vencer o próprio instinto de conservação, transformando-se em indutor de suicídio. Nesta altura, precisamos rever o capítulo quinto de O Evangelho Segundo o Espiritismo, a lição que trata da causalidade das aflições, que pode ser da vida presente ou fora dela, mas que não foge do axioma de que todo o efeito tem causa. _________________________________________ [1] Temas da Vida e da Morte, FEB, 3a ed., Brasília/DF, 1991, p. 57 a 60. [2] Revista Espírita - outubro de 1858, Edicel, Sobradinho/DF, 1ª ed., 1985, p. 290 a 292.
Posted on: Fri, 13 Sep 2013 10:09:05 +0000

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