A LIMITAÇÃO DOS DESEJOS Dizem os cientistas que há 67 - TopicsExpress



          

A LIMITAÇÃO DOS DESEJOS Dizem os cientistas que há 67 milhões de anos, caiu um meteoro de aproximadamente 10 km de extensão, provavelmente em Yucatán no México, que produziu um tsunami com ondas gigantescas ocasionando um tremor que ativou vulcões, criando uma nuvem de poeira e de gases, acontecimento que levou ao desaparecimento dos dinossauros que por aqui reinavam soberanos. Pois hoje, nós seres humanos, da forma como estamos agindo, não precisamos de meteoro; se continuarmos nesta senda de consumo predatório, em breve estaremos decretando a extinção de todas as espécies vivas da face do planeta terra. Para que isso não aconteça, essa idéia central do capitalismo de que progresso é tão somente crescimento material não pode continuar. Isso porque para que ele se mantenha da forma como se apregoa hoje, é necessária muita matéria prima que, ao contrário do que se pensava antigamente, já começa a dar sinais claros de esgotamento. Tanto que o homem está cada vez mais escarafunchando as entranhas do planeta para obtê-la e com tanta agressão, a terra está ferida, sangrando, febril e não suporta mais, estando prestes a entrar em colapso e com ele todas as formas de vida que ainda conseguem sobreviver. Estamos habitando de forma irracional o planeta, consumindo de forma indiscriminada e célere bens que tendem a se tornar cada vez mais escassos. As demandas humanas, sempre fomentadas pela eficiência da publicidade, pródiga em criar novas e inúteis necessidades, tendem a ser ilimitadas, deixando de lado o fato de que os recursos do planeta são limitados, não comportando este grande contingente de pessoas com seus desejos de consumo cada vez maiores. Da maneira como estamos agindo fica evidente que caminhamos para a derrocada do meio ambiente, fato que irá determinar a impossibilidade de qualquer forma de vida na terra. É necessário mudarmos aquela ultrapassada concepção de que o homem é superior à natureza e deve dominá-la e submetendo-a aos seus desígnios. É hora de termos a humildade de reconhecer de que somos apenas um pequeno e insignificante elo do universo, parte desta mesma natureza que fazemos questão de agredir, e no momento em que o estamos destruindo, é como se estivéssemos agredindo o nosso próprio corpo numa espécie de autoimolação coletiva. Não há saída; ou limitamos nossos desejos, ou em breve sucumbiremos sob as montanhas de entulhos criadas por nossa sede de consumo inconseqüente. Jorge André Irion Jobim. Advogado de Santa Maria, RS
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 04:09:44 +0000

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