A MANEIRA COMO ADQUIRIMOS BENS CAPÍTULO 5.1-11 Os homens - TopicsExpress



          

A MANEIRA COMO ADQUIRIMOS BENS CAPÍTULO 5.1-11 Os homens enfrentam uma grave crise quando se trata de dinheiro. A medida do interesse nunca se enche e não há satisfeitos com o tanto que possuem. Com isto quem tem muito continua investindo para ter mais para poder gastar ainda mais. Quem não tem nada deseja o que os outros têm e, mesmo que consiga algo, também não ficará satisfeito. Tiago, quase no fim de sua carta, entrou neste assunto. Ele tocou no calcanhar de Aquiles da humanidade. Sua última oração, no capitulo anterior foi: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz nisto está pecando”. Ai, então, ele tocou no bolso dos seus leitores. Para se fazer o bem às pessoas é necessário gastar dinheiro. Um erro enorme é achar que falar de dinheiro é tocar apenas nos ricos. Tiago mostra que não, pois o rico egoísta e desonesto erra no seu modo de adquirir seus bens e o pobre desejoso de possuir o que o rico tem também erra quando, querendo fazer justiça, aplica meios desonestos para adquirir os bens que deseja ter. Provérbios 13.11, diz: “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho, terá aumento”. É bom saber que os bens úteis e duráveis são aqueles frutos do teu trabalho que você conhece sua origem honesta e os adquiriu passo a passo. Quando tiver o bastante não se sentirá por cima de ninguém, pois você conhecerá o duro caminho até obtê-los. Neste estudo trataremos sobre: O MODO COMO ADQUIRIMOS OS NOSSOS BENS. Em primeiro lugar veremos que OS BENS QUE OS RICOS ADQUIREM DESONESTAMENTE LHES FARÃO MAL. Vivemos num reality show em que nossa vida é observada diariamente. As pessoas nos observam e estão atentas ao nosso crescimento financeiro. No mundo espiritual não é diferente. Satanás e seus demônios nos observam e desejam, constantemente, a nossa queda. Deus nos observa e espera ver em nós atitudes corretas, honestas e dignas daqueles que foram alvos do Seu amor infinito. Ele deseja que nossas atitudes em relação ao próximo reflitam o amor que nós recebemos dEle. Deus cobrará dos desonestos e trará desventuras para suas vidas por causa do modo como adquiriram seus bens. Veja o que Tiago disse:“Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão”. Tiago faz uma afirmação quanto as desventuras na vida do rico desonesto. Tiago não se refere a todos os ricos, mas aqueles que desonestamente e injustamente adquiriram seus bens. Ele afirma que Deus não lhes deixará impune. Desventuras virão e lhes farão muito mal. Provérbios 11.24b e 15.27a, diz: “Ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda” e “O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa”. O sábio deixa claro que quem adquire desonestamente os seus bens atrairá para si e para sua família desventuras sem fim. Todos os que ajuntam mais do que necessitam acabam tirando algo de outro que necessita. O que sobra em tua mesa é o que falta na mesa de outros. Os bens mal adquiridos trarão malefícios: “As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes”. Eclesiastes diz que a riqueza do desonesto não o deixa dormir. Ao contrário, o Salmo 4 revela uma grande bênção de quem leva sua vida honestamente: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque só tu, Senhor, me fazes repousar seguro”. Quem adquire bens desonestamente não poderá dormir tranquilo porque imaginará que outros farão o mesmo com os seus bens. Até mesmo quando dormem tranquilos isto lhes será para seu mal: “Sua impressão de bem estar os leva à perdição” (Pv 1.32) e “As suas iniquidades o prenderão...” (Pv 5.21-23). Bens conseguidos com “esperteza” sobre os desavisados ou indefesos atrairão a justiça do alto. Talvez você, leitor, se sinta seguro porque não é rico e imagina que esta mensagem não se aplica a você. Você está enganado. Todos, em algum momento, pagarão pelo serviço de alguém. O salário baixo pago à empregada doméstica ou à pessoa que cuida do teu filho, ou ao eletricista que fez um serviço em tua casa, caso eles não recebam o justo pelo seu serviço você estará na posição do rico que tira do pobre o seu sustento. É bom citar Provérbios 11.1, que diz: “Balança enganosa é abominação para o Senhor”. Outro julga ter feito um ótimo negócio porque comprou a casa de uma pessoa que estava desesperada para salvar a vida de seus filhos vítima de bandidos e por isso vendeu a casa pela metade do preço. Não julgue que você fez um bom negócio, pois sabendo o preço justo, e tendo pago pela casa muito menos do que o valor de mercado, aproveitando a situação, saiba que você roubou daquela pessoa e Deus, tendo visto isto, cobrará de ti cada centavo que você deixou de pagar. Quando fores pagar pelo serviço de alguém você deve aplicar o princípio cristão de fazer ao próximo o que gostaria que fizessem a ti, ou seja, pague ao próximo pelo seu serviço o quanto você mesmo gostaria de receber caso você fosse o trabalhador que trabalha para ti. Sendo justo você não transformará os teus bens adquiridos em maldição para tua vida. Veja o que Tiago disse a este respeito: “Tesouros acumulastes nos últimos dias. Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos”. É duro ouvir isto, mas é verdade. O trabalhador faz seu serviço para ti e espera receber. Deixar de pagar ou pagar menos que o justo é roubar dos menos favorecidos e isto lhe exporá ao juízo divino. O Salmo 12.51, diz: “Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora, diz o Senhor; e porei a salvo a quem por isso suspira”. Provérbios 22.22,23, confirma o comportamento divino: “Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem oprimas em juízo ao aflito, porque o Senhor defenderá a causa deles e tirará a vida aos que os despojam”. E diz mais: (Pv 14.31 e 17.5) “O que oprime o pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado”. Viver no luxo sem se importar com aqueles que vivem no lixo é pecado. É ser injusto e apoiar a injustiça social. É associar-se ao sistema capitalista desonesto que faz o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Não pense você que Deus não verá e não te julgará por causa desta situação injusta e desonesta. Preocupado com esta situação, Tiago disse: “Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência”. Você já parou para pensar no quanto de alimento jogamos fora em nossas festas? Quanto bolo e pedaços de carne assada vão para o lixo ou ficam secando na brasa até não servir mais para nada? Esse alimento jogado no lixo seria um banquete para muitos. Há milhares de pessoas que não têm o básico para comer. Porque não servir menos e levar a carne que sobrou para pessoas carentes para que tenham o que comer? Vi isso dentro da minha casa e me serviu de lição. Minha mãe havia feito muita comida para receber um grupo de pessoas em casa. O grupo foi menor do que o esperado. Ela serviu e sobrou muito. Ela me pediu para ir à casa de vizinhos pobres e perguntar se eles aceitariam a nossa comida. A resposta foi afirmativa. Levamos tudo para sua casa. Comeram, fartaram-se e louvaram a Deus pelo alimento recebido. Essa atitude é o que devíamos fazer sempre, pois esbanjar e jogar no lixo o que falta na mesa do necessitado é pecado e Deus, que vê isto, cobrará caro. Pare para pensar e veja se está correta a tua gastança. Você gasta uma fortuna com carros. Gasta rios de dinheiro com roupas e calçados luxuosos. Desperdiça o dinheiro, gastando dissolutamente, sendo que este dinheiro está fazendo falta na mesa de tantos necessitados. Porque não levar uma vida mais simples e melhorar a vida de quem não tem nada? Saiba que (Pv 28.27) “O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldições”. Quando você se importa com o próximo e socorre o necessitado Deus vê e abre as portas dos céus e faz de você uma pessoa ainda mais abençoada e abastada. No entanto, o contrário é verdadeiro, pois quando você se nega a pensar na necessidade alheia e se justifica por possuir o que tem e acha justo que o necessitado padeça da falta das coisas básicas, você receberá do Senhor maldições por ter um coração tão duro e insensível. Em segundo lugar veremos que Tiago direciona sua atenção para o outro lado. Ele acabou de mostrar que a riqueza que os ricos adquiriram injusta e desonestamente é alvo do juízo de Deus. Agora ele mira sua atenção para os pobres que se julgam injustiçados e correm o risco de fazer injustiça e sofrer penalidades por agir assim. A JUSTIÇA DESONESTA DO POBRE TAMBÉM TRARÁ JUÍZO Vivemos tempos de refrigério. A inflação está dominada. Não é como acontecia anos atrás que a inflação chegava a 80% ao mês. Mas, mesmo controlada, ainda existe. Por esta causa é necessário que anualmente se faça uma correção no salário dos trabalhadores e todos estes esperam por ela. Quando a esperada correção salarial não chega o trabalhador se entristece e corre atrás dos seus direitos. Isto é legal e correto. Defendendo seus direitos ele apenas exigirá que receba o salário devido. O problema é a forma como é feita essa pressão nos patrões. Por causa da injustiça sofrida os empregados acabam cometendo outra injustiça com aqueles que dependem do seu trabalho. O modo de conseguir seus direitos é a greve. Pare para pensar e perceba quais são as pessoas que sofrem as penalidades da greve. Veja, por exemplo, quando bombeiros, médicos, garis, policiais e professores entram em greve. A fogo destruirá a casa de muitos; pessoas ficarão horas à espera de atendimento e muitos morrerão; sujeira se acumulará nas ruas e muitos ficarão doentes, além do mal cheiro que tomará conta das ruas; bandidos invadirão casas de pessoas honestas e trarão prejuízos, medo e traumas; milhares de crianças deixarão de aprender e serão prejudicados no ano letivo. Viu? O patrão não perderá nada, mas os mais necessitados é que sofrerão o dano por causa da exigência do pobre que se julga no direito de prejudicar outros porque ele foi prejudicado na ausência do aumento no seu salário. Com certeza existem outros modos de fazer pressão para conquistar melhores salários. Serviços bem feitos e uma alta produtividade, por exemplo, fazem com que patrões valorizem seus empregados. Bons empregados farão falta se migrarem para empresas concorrentes. Você, conhecendo o teu valor, deverá ir, cara a cara, e expor tua necessidade ao chefe. Isto é o que ensina Provérbios 25.9,10 - “Pleiteie a tua causa diretamente com o teu próximo”. Caso todas as tentativas falhem, por que não arrumar outro emprego melhor? É melhor agir assim do que praticar a injustiça prejudicando pessoas que não tem nada a ver com teu salário. A vítima de injustiça, sendo um crente e servo de Deus, deve ser paciente e não fazer justiça tirando desonestamente o que pensa ser o seu direito. Quando o justo age injustamente ele perde o seu direito e se torna réu da situação. É o que se vê quando grevistas se acham no direito de fazer baderna e destruir bens de outros se justificando que estão apenas protestando e defendendo os seus direitos. Tiago disse: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor”. Sendo crentes, sabendo que somos filhos de Deus e sabendo que ele se importa conosco, devemos ser pacientes. Esta paciência será fruto da confiança de que Deus fará justiça e não deixará que seus filhos sofram, por muito tempo, nas mãos de pessoas ímpias. Tiago usa o exemplo do lavrador para mostrar como deve ser nossa paciência: “Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima”. Pense nesta situação: o lavrador prepara a terra, planta a semente e o que mais pode fazer? Nada, a não ser esperar e confiar no cuidado divino. As chuvas não são controladas pelos agricultores e sim por Deus. Esse exemplo nos faz pensar que, do mesmo modo, devemos colocar as situações desagradáveis e injustas nas mãos de Deus e orar para que Deus faça justiça. Cuidado: Orar para que Deus faça justiça não é exigir a punição daquele que foi injusto conosco. A justiça de Deus é diferente da nossa. Para fazer justiça aos que o rejeitavam (nós) Deus matou o seu próprio Filho. Veja que os caminhos divinos se diferem muito dos nossos e Sua justiça é aplicada de modo absolutamente diferente dos nossos. Somos induzidos a fortalecer o coração na esperança da justiça de Cristo. Quando o Senhor voltar ele fará justiça. Nenhum ímpio ficará impune. Todos os injustos sofrerão a pena por sua injustiça. Provérbios 16.1-6, diz: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor as tuas obras e os teus desígnios serão estabelecidos. O Senhor fez todas as coisas para determinado fins e até o perverso, para o dia da calamidade. Abominável é ao Senhor todo arrogante de coração; é evidente que não ficará impune. Pela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa, e pelo temor do Senhor os homens evitam o mal”. Se você está sofrendo algum tipo de injustiça e se sente roubado nos seus direitos cuidado com o que pretende fazer para alcançar os teus direitos. Teu coração pode planejar, mas a resposta dependerá de Deus. Teus caminhos podem parecer puros e corretos, mas o coração humano é enganoso e corrupto, então não confie nele. Confia ao Senhor todos os teus caminhos. Coloque tua causa no altar do Senhor, dê os passos necessários e espere confiante pela resposta divina. Cuidado para que não venhas a pecar na busca pelos teus direitos. Queixas e ações horizontais fazem do justo um réu. Veja o que Tiago diz:“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados”. Quando julgamos aos outros nós nos colocamos na posição de juízes e acabamos atraindo juízo sobre nós mesmos. O justiceiro toma o lugar do verdadeiro Juiz: “Eis que o juiz está às portas”. Confie que o Juiz de verdade fará justiça. Tiago oferece outro modelo de paciência: “Irmãos, tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor”. Se observarmos a vida e o ministério dos profetas veremos o quanto as pessoas foram injustas com eles. Muitos foram presos, lançados em cisternas, amarrados em troncos. Isto lhes aconteceu enquanto trabalhavam para Deus. Eles faziam o trabalho corretamente e mesmo assim foram injustiçados. Hoje são valorizados, mas enquanto viveram sofreram muito na defesa da verdade. Tiago revela que os perseverantes serão bem-aventurados: “Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes”. Saiba, leitor, que ser verdadeiro e honesto não é garantia de segurança e bem estar. Tiago usou o exemplo do agricultor que espera pelas chuvas, mas elas podem não vir e a colheita ser perdida, mas mesmo assim não podem deixar de confiar em Deus. Outro exemplo foi o dos profetas. Muitos morreram na esperança sem ver suas profecias cumpridas e sofreram muitas injustiças mesmo fazendo seu trabalho de modo fiel, responsável e honesto. No entanto, os perseverantes e pacientes serão recompensados, é o que Tiago garante: “Tendes ouvido da paciência de Jó e viste que fim o Senhor lhe deu? Porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo”. Ele usa, agora, o exemplo de Jó. Jó era justo, íntegro e se desviava do mal, mantendo sua família sob o temor do Senhor e mesmo assim foi vítima do inimigo, sob a anuência de Deus. Foi fiel até o final. Perseverou na sua fidelidade mesmo que tudo depunha contra ele. E no final Deus deu em dobro tudo o que perdera no seu período de provação. Pode ser que você não veja o fruto do teu trabalho e seja vítima da injustiça dos teus patrões ou dos teus superiores. Mesmo que venhas a sofrer injustiça não se torne injusto fazendo injustiça para alcançar os teus direitos. Não prejudique inocentes, pois assim tornar-te-ás réu e sofrerá punição. Confia tua causa ao Senhor e lute com armas justas e corretas. Saiba que mesmo que pareça que nada de bom acontecerá, no final, assim com aconteceu a Jó, Deus te recompensará por tua perseverança. Concluindo, é bom lembrar as advertências que Tiago fez aos crentes da sua época e que são dirigidas a nós: O amor ao dinheiro leva à injustiças. As injustiças não são prerrogativas só dos ricos. O problema pode estar no rico que retém o salário justo do pobre ou no pobre que luta desonestamente para conquistar seus direitos. Devemos aprender a lidar com nosso desejo de possuir bens neste mundo. A conquista deles deve ser acompanhada de justiça e honestidade. Ninguém que obtenha bens desonestos terá prazer em usufruir deles, seja o rico ou o pobre. Estudamos sobre O MODO COMO ADQUIRIMOS BENS. Vimos que OS BENS QUE OS RICOS ADQUIREM DESONESTAMENTE LHES FARÃO MAL e que A JUSTIÇA DESONESTA DO POBRE TAMBÉM LHE TRARÁ JUÍZO. Seja justo e confie no Senhor, assim, tudo o que tiveres será teu de verdade e será usado para o teu bem.
Posted on: Fri, 13 Sep 2013 11:44:06 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015