A Marcha dos Cem Mil (1968) Enorme multidão que se manifestou na - TopicsExpress



          

A Marcha dos Cem Mil (1968) Enorme multidão que se manifestou na Candelária, cidade do Rio de Janeiro, em 29 de junho de 1968, contra a repressão crescente do Regime Militar. A partir da morte do estudante Edson Luís, ocorrida em março de 1968, os levantes estudantis se sucederam pelo País afora. Entre os participantes da Marcha dos Cem Mil estavam as mais belas e atuantes atrizes do teatro e cinema daquela época (Eva Vilma, Tônia Carrero, Leila Diniz, Ítala Nandi, Norma Bengel, etc). Personalidades do mundo artístico e cultural tais como Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Paulo Autran e Chico Anísio, protestavam contra a censura e marchavam em solidariedade com a resistência dos jovens à ditadura. A liderança da manifestação foi encabeça pelos estudantes liderados por Vladmir Palmeira, presidente da UME (União Metropolitana de Estudantes) que depois foi preso e conseguiu exilar-se no exterior. A Marcha dos Cem Mil foi a última presença das massas nas ruas até a erupção do Movimento pelas Diretas Já, em 1983. Foto: JB/Reprodução Movimento das Diretas Já (1983-84) Surgiu em apoio à Emenda Constitucional do deputado Dante de Oliveira (PMDB-MT), no estertor do Regime Militar. Tinha como propósito devolver ao povo brasileiro o direito de eleger diretamente o presidente da república. Direito que havia sido retirado pelo Regime Militar em 1965. O fato catalisador que amalgamou o povo foi a possibilidade do deputado Paulo Maluf vir a suceder o general João Batista Figueiredo na presidência do Brasil, o que era intolerável para a maioria da opinião pública. Caracterizou-se pela sua extensão, abarcando quase todo o território nacional e pela duração. Seu começo deu-se no município pernambucano de Abreu Lima, liderado pelo PMDB em 31 de março de 1983, mas fora lançado pelo senador Teotônio Vilela num programa de TV. Foi como jogar fogo na palha. Em seguida, ocorreram manifestações em Goiânia e Curitiba. Nos começos de 1984, o movimento ganhou massa crítica e reuniu condições para ir às ruas das capitais e cidades do interior. Espalhou-se pelo Brasil, alcançando 22 Estados da federação. E foi em São Paulo que a investida democrata ganhou força com um evento realizado no Vale do Anhangabaú, no Centro da Capital, em pleno aniversário da cidade de São Paulo – dia 25 de janeiro. Mais de 1,5 milhão de pessoas se reuniram para declarar apoio ao Movimento das Diretas Já, sendo a maior concentração de massas da história nacional e o que alcançou a maior unanimidade nacional. Somando-se os que se fizeram presentes no País como um todo, o calculo indica 3,6 milhões de contestadores. Esta enorme presença tinha como pano de fundo a exaustão da ditadura e uma grave e persistente crise econômica que fez com que a inflação atingisse a 240% naquele ano. Estiveram presentes as lideranças políticas oposicionistas compostas por Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Leonel Brizola, Miguel Arraes, André Franco Montoro, Dante de Oliveira, Mário Covas, Gérson Camata, Iris Rezende, Orestes Quércia, Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Suplicy, Roberto Freire, Fernando Henrique Cardoso e muitos outros. Dentre personalidades em geral destacaram-se o jogador Sócrates, o comediante Jô Soares, a atriz Christiane Torloni, os atores Mário Lago e Gianfrancesco Guarnieri, a cantora Fafá de Belém (‘A Musa das Diretas’), e os compositores Chico Buarque e Martinho da Vila. Apesar do estridente grito das ruas, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada pela Câmara dos Deputados no dia 25 de abril de 1984. Era preciso que os votos favoráveis alcançassem dois terços da Casa (320 deputados) para que a Proposta seguisse ao Senado. O resultado da votação foi: 298 deputados a favor; 65 contra; 3 abstenções e 113 ausências ao plenário, não suficiente para o intento. Ainda que não aprovada por um Congresso ameaçado, as manifestações tornaram evidentes que o regime militar não tinha mais sustentação. Naquele ano mesmo, Tancredo Neves foi eleito indiretamente pelo Congresso marcando institucionalmente o fim definitivo do Regime Militar (1964-85). Todavia, não assumiu, vindo a falecer no 21 de abril de 1985, depois de 39 dias de agonia. O Brasil havia readquirido a liberdade e a democracia voltou a ser implantada.
Posted on: Tue, 15 Oct 2013 22:17:45 +0000

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