A POLÊMICA DOS MÉDICOS CUBANOS: há tempos jurei não participar de discussões no face a respeito deste ou daquele tema, principalmente quando envolver política. Acabei quebrando o juramento com a vinda de médicos estrangeiros. E vejo que as discussões acabam tendo contornos ideológicos. Os que são contra geralmente estão bem posicionados socialmente ou que vêem no atual governo todos os erros que grassam pelo País. Porém, por parte daqueles que sentem na pele (ou conhecem) a realidade da falta de médicos, aplaudem a vinda dos médicos. Mas uma coisa boa aconteceu com o Mais Médico. O assunto virou manchete do Jornal Nacional. As entidades de classe tiveram que se posicionar mais claramente. E não é nenhuma surpresa que o objetivo primeiro é defender a categoria e não a sociedade. Pois se fosse a sociedade, já deveriam ter ido às ruas há mais tempo. Aí descobrimos que temos milhares de municípios não têm médico. A periferia é mal atendida. E por aí vai. Da minha parte, acho uma grande besteira ver o assunto pelo contorno de que vamos ajudar ou não os irmãos Castro. O que vejo de relevante é que uma experiência, cujo prazo previsto é de 3 anos, será implementada. Acho que é um tempo para provar o acerto ou não da medida. Uma coisa é certa, a população que será atendida é que poderá de fato avaliar adequadamente. Vamos dar uma chance a ela? Não quem (como eu) está localizado nos grande centros, pois a própria estatística do CREMESP informa que a presença de médicos nas capitais é duas vezes maior que a média nacional. Já morei na fronteira, já morei na baixada fluminense, conheço e visitei recentemente bairros pobres do Grande Rio. Olha, posso estar enganado, mas a impressão que tenho é que os que ali moram não estão preocupados se os médicos são cubanos, portugueses, espanhóis ou brasileiros. A preocupação verdadeira deles é quando vão chegar e dar atenção às suas aflições.
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 00:49:26 +0000
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