A Questão da Síria Uma frase absurda está no site "The Independent", e é de um articulista chamado Robert Fisk. Aqui a reproduzo: "Iran is Israel’s enemy. Iran is therefore, naturally, America’s enemy. So fire the missiles at Iran’s only Arab ally" (independent.co.uk/voices/comment/iran-not-syria-is-the-wests-real-target-8789506.html). Ela traduz bem, ainda que não seja esta a opinião do articulista, a diplomacia anglo-saxônica. Então, pergunto, como E.U.A. e Inglaterra podem se arvorar em "defender" inocentes no Oriente Médio com esta retórica? Afinal, aquele que se outorga mediador deste conflito tem o conceito do "se é inimigo do meu amigo, é meu inimigo também...?" É assim que eles usam a diplomacia, com uma retórica esquizofrênica, achando que todos somos incapazes de fazer uma análise crítica mais profunda sobre os seus reais interesses. E é com esta retórica que eles inundam as mídias tradicionais do mundo ocidental. Uma coisa está cada vez mais clara, a informação, a mídia, é o grande inimigo da humanidade. Ela hoje representa apenas os interesses do império, este império do capital, das grandes corporações, abrigado sob o manto protetor da águia americana e da matriarcal Inglaterra. Fico com uma frase do grande cineasta Luiz Buñel, que em 1982, pouco antes de morrer, escreveu em seu livro o "Último Suspiro" (reproduzo em uma tradução livre, mas fiel ao conceito): "o maior de todos os inimigos, o mais forte dos quatro cavaleiros do apocalipse moderno, é a informação. Apregoada como se fosse uma conquista da liberdade, é ela a grande inimiga da humanidade, pois distorce os fatos ao prazer do interesse mais poderoso". O artigo citado vale ser lido, pois resgata alguns absurdos históricos que empurraram sobre nossa garganta, justificando guerras fratricidas ao interesse do império.
Posted on: Sun, 01 Sep 2013 14:07:31 +0000
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