A REPRODUÇÃO NAS PLANTAS As plantas, tal como todos os outros - TopicsExpress



          

A REPRODUÇÃO NAS PLANTAS As plantas, tal como todos os outros seres vivos, reproduzem-se, assegurando assim a continuidade das suas espécies. Nas plantas com flor, esta constitui a sua parte mais espectacular, sendo aí que se encontram os órgãos de reprodução. Nestas plantas, a fecundação origina sementes que podem ou não estar encerradas num fruto. As sementes são dispersas pelo vento, água ou seres vivos e, se encontrarem condições favoráveis, germinam e originam uma nova planta. As plantas sem flor não produzem sementes e têm um processo reprodutor diferente do das plantas com flor. Em determinada época do ano produzem células especializadas na reprodução - os esporos. Como as plantas não se deslocam, desenvolveram formas de reprodução particulares que asseguram que as suas células masculinas e femininas se encontrem para que a fecundação possa ocorrer. A ciência, as novas tecnologias e a reprodução das plantas Desde as técnicas tradicionais, como a enxertia, até às técnicas modernas, como a produção in vitro, há muito tempo que o Homem tenta melhorar a qualidade das plantas e aumentar a sua quantidade, baseado no conhecimento dos seus processos de reprodução. Isto sucede principalmente com as espécies que utiliza como alimento - como as árvores de fruto, os legumes e os cereais -, mas também com as flores ou com as árvores produtoras de madeira. Na enxertia, a nova planta que se irá desenvolver apresenta as características que se pretendem preservar quer do enxerto quer do porta-enxerto, planta na qual se enxerta outra. A produção in vitro é uma técnica experimental que se utiliza para se obterem fora do seu meio (como por exemplo em tubos de ensaio), em pouco tempo, grande quantidade de plantas com as características pretendidas. Os órgãos de reprodução de uma planta com flor Os órgãos reprodutores de uma planta com flor são os estames, órgãos masculinos, e os carpelos, órgãos femininos. Cada estame é constituído pelo filete e pela antera. É nas anteras que se formam os grãos de pólen que intervêm na reprodução. Cada carpelo é constituído por estigma, estilete e ovário. É no ovário que se formam os óvulos que intervêm na reprodução. A viagem do pólen - das anteras ao estigma Nas plantas com flor, as anteras abrem quando estão maduras e libertam os grãos de pólen que têm que atingir o estigma de uma planta da mesma espécie, para que a reprodução possa ocorrer. Os grãos de pólen podem cair directamente no estigma da mesma flor ou serem levados pelos insectos ou pelo vento e atingirem o estigma de outras flores da mesma espécie, que se encontram por vezes a grandes distâncias. O transporte dos grãos de pólen da antera até ao estigma designa-se por polinização. As flores polinizadas pelos insectos têm características que os atraem, tais como pétalas com cores vivas, o perfume e o néctar, do qual os insectos se alimentam. O pólen produzido pelas flores é geralmente pegajoso para se agarrar facilmente aos animais. As flores polinizadas pelo vento são, em geral, pequenas, com aspecto de penugem, sem cores vivas e sem cheiro. Existem ainda outros agentes de polinização, embora menos frequentes que o vento e os insectos, que são as aves e também a água, para as plantas aquáticas. Após a polinização pode ocorrer a fecundação e formar-se a semente e o fruto. Formação da semente e do fruto Após a polinização, os grãos de pólen ficam retidos sobre o estigma, que possui um líquido viscoso e doce. Cada grão de pólen vai desenvolver um tubo - tubo polínico - que desce ao longo do estilete até chegar ao ovário e penetra no óvulo. C U R I O S I D A D E S ÓVULOS DOS ANIMAIS E ÓVULOS DAS PLANTAS Enquanto que nos animais o óvulo é o gâmeta feminino, nas plantas constitui uma estrutura onde se encontra o gâmeta feminino. Imagem de grãos de pólen. Quando os dois gâmetas masculinos formados no tubo polínico, e por ele transportados, atingem o óvulo, um deles une-se com o gâmeta feminino originando o ovo ou zigoto e o outro funde-se com uma célula que se encontra na zona central do óvulo, formando a célula-mãe das substâncias de reserva. Após esta dupla fecundação, o ovo ou zigoto origina o embrião e a célula-mãe das substâncias de reserva forma as substâncias de reserva. O embrião e as substâncias de reserva envolvidos por um tegumento constituem a semente. Nalgumas plantas com flor ocorre ainda a formação do fruto - frutificação. Durante este processo algumas peças florais, como por exemplo as pétalas e os estames, vão murchando e caindo. O ovário desenvolve-se originando o pericarpo, estrutura carnuda que, juntamente com as sementes, constitui o fruto. Além de proteger as sementes, o fruto contribui para a sua dispersão, isto é, para as espalhar por diversos locais. Na realidade, quando o fruto é consumido, quer pelo Homem quer por outros animais, as sementes nele incluídas ou são deitadas fora ou são eliminadas com as fezes, o que pode acontecer a grandes distâncias do local onde o fruto foi encontrado. Uma vez espalhadas no solo, se as sementes germinarem originarão uma nova planta. A disseminação das sementes Para que se desenvolva uma nova planta é necessário que, em primeiro lugar, as sementes se espalhem no solo. Este processo é designado por disseminação. Em muitos casos, a disseminação é feita pelo vento, pois as sementes são muito leves e têm pêlos ou membranas que facilitam o seu transporte. Algumas sementes são disseminadas por animais que as transportam agarradas aos seus pêlos ou que ingerem os frutos carnudos e sumarentos que as contêm, libertando posteriormente as sementes intactas nas suas fezes. A água também tem um papel muito importante na disseminação de certas sementes que, ao flutuarem, são transportadas para outros locais. A germinação das sementes Após a disseminação da semente, quando esta se mantém em bom estado e encontra condições ambientais favoráveis - existência de ar, humidade e temperatura adequadas - germina, ou seja, o embrião desenvolve-se à custa das substâncias de reserva, originando uma nova planta. No início da germinação da semente observam-se, no embrião, três estruturas - a radícula, o caulículo e a gémula. Com a continuação da germinação, a partir da radícula desenvolve-se a raiz, a partir do caulículo origina-se o caule, e a partir da gémula formam-se as primeiras folhas, para que a planta possa realizar a fotossíntese e produzir alimento. A reprodução dos musgos e dos fetos As plantas que não têm flor, como por exemplo os musgos e os fetos, não produzem sementes e apresentam um processo de reprodução diferente do das plantas com flor. Em determinada época do ano, estas plantas produzem em estruturas próprias umas células especializadas para a reprodução - os esporos. Nos fetos, os esporos encontram-se nos esporângios que se agrupam em soros, situados na página inferior das folhas. Nos musgos os esporos formam-se nas cápsulas. Quando os esporos são libertados, são facilmente disseminados pelo vento por serem muito leves. Se encontrarem condições favoráveis germinam. No feto, o ovo ou zigoto, resultante da fecundação, origina uma nova planta onde se formam os esporos; no musgo o ovo ou zigoto origina a cápsula onde se produzem os esporos. Reprodução dos fetos (A) e dos musgos (B). Retirado de O Mistério da Vida - 6.º Ano de Helena Vaz Domingues, José Augusto Batista e Marília Serrano Sobral Texto editora Produtos relacionados com este artigo: O Mistério da Vida O Mistério da Vida - Caderno de Actividades
Posted on: Wed, 18 Sep 2013 20:45:30 +0000

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