A SAUDADE MATA A GENTE... Saudade de Hélio Ribeiro, locutor com voz incomum nos tempos Band/Tupi: "Este progama aqui é ouvido pela moça do Karmman-Ghia vermelho". Em Catanduva, Walker Blaz Canonnicci o imitava com perfeição. Não havia diferença. Walker foi para Ribeirão e hoje é aquele vozeirão que fala das coisas da HBO. O meu programa era ouvido, de fato, por uma moça do karmman-Ghia vermelho. Era o carro dela. Aprendi a dirigir nele. Bons tempos. Poizé. Mês que vem a Volkswagen comemora os 60 anos do Karmman-Ghia. O esportivo VW foi apresentado ao mundo no Salão de Paris (França), em setembro de 1953. O carro de linhas elegantes foi desenhado por Luigi Segre e usa a base do Fusca. A combinação de estilo arrojado e simplicidade ajudou no sucesso do modelo na Europa, onde foi vendido até 1975. No Brasil, o carro foi feito entre 1962 e 1972 nas versões cupê, conversível e TC. Veja as fotos logo abaixo. Na época da apresentação do carro, o engenheiro-chefe da Volkswagen, Heinz Nordhoff examinou o carro e concluiu que, apesar da elegância do cupê, seu custo de produção seria um tanto elevado. Mesmo assim, teve sua produção aprovada. O KG começou a ser vendido na Europa com motor 1.2, refrigerado a ar. Em 1957, veio a versão conversível no mercado europeu, mas logo em seguida a marca alemã lançou-a nos Estados Unidos. Um dos modelos lançados no mercado americano aparece no filme Kill Bill, com Uma Thurman. Ela pilota um KG azul claro, conversível. Na Europa, os modelos Karmann-Ghia deixaram de ser fabricados em 1974, com 362.601 unidades do cupê e 80.881 conversíveis. No Brasil, os modelos vendidos eram bem parecidos com os europeus. A principal diferença era o para-choque cromado arqueado. Em 1962, a primeira unidade saiu de linha de montagem em São Bernardo do Campo (SP). Hoje, um Karmann-Ghia conversível (apenas 176 unidade foram feitas no Brasil em nove anos) em bom estado pode valer mais de R$ 60 mil. Atualmente, a fábrica no ABC paulista, que também fabricou o Ford Escort XR3 conversível e Land Rover Defender, colabora para o mercado automotivo com peças usinadas, ferramentas de precisão entre outros processos de estamparia e metalurgia. Fica a dica para quem está a fim de restaurar os modelos. Tempos do Karmman-Ghia. Da moça do Karmman-Ghia vermelho. Da minha eterna LU (Luz Única), Tida, dos amigos Jota Machado, José Alfredo, Toninho Grandizolli, João Elias, Walker Blaz, João Caparroz, Altino Rossi, Ana Maria Díspore, Marina Zancaner, os amigos da Voz de Catanduva. São tantos e tantos que seriam necessários trilhões de karmman-Ghias para caber tamanha saudade. Curtam aí os modelos do carrinho.
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 19:15:12 +0000
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