A difícil procura de Romário por um partido político Em longo - TopicsExpress



          

A difícil procura de Romário por um partido político Em longo texto divulgado em sua página no Facebook, hoje à noite, o deputado federal Romário, ex-PSB, explica a seu eleitorado que tem até o próximo dia 5 de outubro para se filiar a uma nova legenda. Ele diz que tem sido difícil escolher um novo partido. O ex-jogador disse que tentou até ingressar no PSOL, mas desistiu porque pretende se candidatar à prefeitura do Rio e esse é o cargo que almeja o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL. Está se esgotando o prazo para uma nova filiação, tenho até o próximo dia 5 de outubro para me filiar a uma nova legenda e concorrer a eleição de 2014. Nas últimas semanas conversei com vários partidos, a escolha não é uma tarefa fácil. De todos os cantos do Brasil recebi sugestões de partidos. “Vai para aquele, não vá para aquele outro”. Nas mensagens, elogio a alguns, mas críticas a maioria das legendas. Então, até aqui, continuo sem definição. O quadro ajuda um pouco vocês a compreenderem o quão difícil é escolher um partido. São muitos os algoritmos: as coligações que a legenda faz parte; as pessoas que fazem parte da legenda; e ainda há o quase incompreensível, pelo menos para a maioria da população, coeficiente eleitoral – aquela conta complicada onde pessoas com menos votos se elegem e outros com mais votos ficam de fora –. Então, se eu seguir a regra de que não posso me filiar a um partido onde haja pessoas ruins, não conseguirei me filiar a nenhum. Teria que fundar uma nova legenda, como muitos fazem, mas acho que o caminho não é esse. Infelizmente, contamos nos dedos os políticos que não têm sua história manchada por algum ato ímprobo. Partidos são constituídos por pessoas. Em todos os lugares há pessoas boas e ruins e sempre teremos que dividir espaço. Reforço: Não há partidos bons ou ruins, há pessoas boas e ruins em todos os partidos! Por exemplo, há alguns dias conversei com o Marcelo Freixo, deputado estadual do PSOL do Rio de Janeiro. Este partido foi um dos mais sugeridos para eu me filiar, a conversa não prosperou porque o Freixo será candidato a prefeitura em 2016, cargo que eu também pretendo concorrer, caso as pesquisas apontem que este é o desejo da população. Embora o PSOL tenha uma postura combativa como a minha, na última semana a presidente da legenda no Rio, a deputada estadual Janira, foi acusada de compra de votos e desvio de dinheiro do Sindsprevi/Rio para fins eleitorais, conforme foi divulgado pela imprensa. Este fato confirma o que disse anteriormente, o problema são as pessoas. O quadro é complicado e angustiante, por isso deixo claro que a minha escolha será influenciada por alguns critérios, serão: a legenda precisa me dar liberdade para seguir meu mandato combativo, denunciando tudo que acho errado. Assim como, apoiar as minhas causas em defesa das pessoas com deficiência, pessoas com doenças raras, defesa do esporte, da ciência, combate às drogas, apoio aos profissionais Hip Hop. Além da fiscalização do dinheiro público utilizado em grandes eventos esportivos, obras de mobilidade urbana e transparência na gestão pública. Também quero ter a oportunidade de concorrer à prefeitura do Rio em 2016. Sei que posso fazer muito por minha cidade. Essa insatisfação com os partidos não é exclusividade minha, muitas pessoas públicas se deparam com este dilema, a falta de uma legenda que os represente e só não saem de seus partidos atuais por falta de opção. A crise é tão séria que nas manifestações recentes se ouviam gritos: Sem partido! A população comum não consegue distinguir um do outro e não se identifica com nenhum. Estamos assistindo a organizações sociais extrapartidárias. Na atualidade, as redes sociais unem mais pessoas com ideais comuns que qualquer partido político. Sabe por quê? Por que mesmo em crise de representatividade há décadas, os partidos não se renovam. Um dos sintomas é o baixo número de filiados, se comparado ao número de eleitores do Brasil. As ruas estão clamando por mudanças. Tem alguém ouvindo? Vislumbro até, para mais adiante, um debate amplo sobre a candidatura avulsa. O Brasil ainda é um dos poucos no mundo que não prevê esta possibilidade. De acordo com estudo do Senado, apenas 9,6%, de 217 países, não admitem candidaturas avulsas. Aqueles que argumentam contra esta ideia temem o personalismo político. Mas isso já acontece. Durante muito tempo, por exemplo, Lula foi a imagem do PT, hoje ele é ainda maior que a legenda que ajudou a criar. Assim como a Rede Sustentabilidade é centralizada na figura da Marina Silva. E como não seria diferente, se eu fundasse um partido hoje, seria o Partido do Romário. Ou estou enganado? Obviamente, não estou propondo o fim dos partidos, acredito em sua importância vital para a democracia, mas levanto uma discussão que acho importante. Por fim, explicito para vocês que esses serão os reais critérios da minha escolha, que deve ser definida nos próximos dias. Também reafirmo que o Romário que vocês conhecem não vai mudar, eu não vou me corromper
Posted on: Wed, 18 Sep 2013 05:49:08 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015