A diversidade musical não combina com exclusão musical. Há - TopicsExpress



          

A diversidade musical não combina com exclusão musical. Há uma crise na produção musical, mas isso não é culpa da gravadora. É uma crise de criatividade.” Alexandre Schiavo. É tudo mentira, já dizia o velho Raul Seixas. Eles apelam para criatividade do músico brasileiro para justificar a falta de oportunidade iguais para todos. A indústria fonográfica ávida por lucros, prefere buscar um produção barata e de rendimento fácil na internet através dos campeões de acessos do YouTube. O problema é que passados os alguns dias , tudo muda e aquele novo hit já não é mais esse o top das paradas no Facebook e YouTube. Músicas que chegam às primeiras colocações na mesma velocidade que vão embora. Admito que não gosto dessas músicas, porém respeito o pluralismo cultural, penso que para uma música ser boa, basta o gostar de uma pessoa. Entretanto meu questionamento é a ausência de espaços para outras vertentes musicais. Não acho justo o ritmo prevalecer em detrimento do outro. Também não aceito o argumento da rede social com espaço democrático. Na rede social, o principal fator para um cantor emergir no cenário musical é simplesmente número de acessos. Ao mesmo tempo em que expor um trabalho ficou muito mais fácil, o risco de não ser visto também é grande. Vence quem tem mais talento? Ou vence quem tem mais visualizações? Num país carente de senso crítico, o que ocorre ??? Vence:“Quadradinho de oito “ Bonde das Maravilhas e Funk LecLecLec. O que ocorre é que atualmente a dispersão inerente à internet acaba criando um buraco enorme, onde muita gente boa se perde. O que seria de Chico Buarque, Raul Seixas, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Renato Russo, Noel Rosa, Djavan, Guilherme Arantes, Milton Nascimento e outros grandes representantes da boa música brasileira e tivesse iniciado suas carreiras nos dias atuais ??? Acho que todos estariam no ostracismo, passando fome, teriam que procurar outra forma de trabalhar para não passar fome. Sorte deles e azar da galera criativa de hoje que continuam no anonimato. Eles poderiam também optar em vender sua alma e sua identidade e passar a cantar arrocha, axé, forró universitário e pagode e assim ganhar dinheiro. Por fim, lamento testemunhar a extinção de uma tradição musical que o Brasil sempre teve de produzir música com mensagens construtivas e que também expressavam sentimentos comuns sem necessariamente ser tão vulgar. A indústria cultural e o mercado publicitário continuarão fabricando exponencialmente cantores e cantoras e uniformizando padrões de consumo independente do grupo ao qual o individuo pertença. É a sociedade do espetáculo, aonde importa mais a imagem, a aparência , a exibição e a ostentação . Parecer é mais importante do que ser. A aparência se impõe por cima da existência. Com tudo passa e tudo sempre passará. E como a vida vem em ondas com um mar, parafraseando Lulu Santos. Fica uma esperança no ar.
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 02:05:40 +0000

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