A falta que o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) fez A Cemig não cumpriu o prometido e assinado com as 656 famílias que foram retiradas para a construção da Usina de Irapé. Por isso, o Tribunal Regional Federal anulou a sentença de primeira instância que favorecia a Cemig por ter supostamente cumprido com os compromissos assumidos em 2002 em acordo com o Ministério Público Federal. Em boa matéria no jornal Hoje em Dia, de Bruno Porto, fica claro que a Cemig não cumpriu a obrigação de água de curso perene com vazão e qualidade para consumo humano, dessedentar animais e uso agrícola. O que se tem são poços artesianos com água imprópria, com alta concentração de carbonato de cálcio. Além disso, ironia das ironias, os reassentados têm que pagar contas de luz altíssimas à própria Cemig para bombear a água! O TRF determinou novas perícias para que a Cemig comprove o cumprimento do acordo de 11 anos atrás. Irapé custou R$ 1 bilhão, tem capacidade para 360 megawatts e opera desde junho de 2006. A barragem tem 208 metros de altura, atinge os municípios de Turmalina, Leme do Prado, Berilo, José Gonçalves de Minas, Botumirim, Cristália e Grão Mogol. Contribuiu para a recuperação do Rio Jequitinhonha, terrivelmente degradado pela mineração predatória na região próxima à nascente. Obra importante, mas que de forma alguma poderia propiciar desgraças aos que tiveram que sacrificar suas terras de posse antiga pelo bem comum.
Posted on: Mon, 02 Sep 2013 21:15:07 +0000
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