A história da União Europeia Após a II Grande Guerra, com o - TopicsExpress



          

A história da União Europeia Após a II Grande Guerra, com o rearranjo geopolítico, ficou claro quem iria mandar no mundo daí para frente. Era a Guerra Fria. De um lado os americanos, representantes da política liberal, da economia livre e da liberdade de expressão. Do outro lado os soviéticos, donos da política totalitária, da economia planificada, do controle da liberdade individual em favor da liberdade coletiva. Bem pelo menos assim pensava a imprensa ocidental. A Europa, antes protagonista, agora se via como coadjuvante, para piorar os dois sistemas dividiram o continente em duas partes. Era a Cortina de Ferro. Para piorar, a temida guerra nuclear, teria como palco inicial, justamente, suas terras. Pensar que os europeus aceitaram de forma passiva todo esse novo conjunto de regras, movimentos e estratégias, é ser ingênuo. Passando por cima, dos orgulhos de diversos matizes, sobretudo os nacionalistas e ideológicos, primeiro os europeus apostaram num capitalismo mais humano que o concorrencial e, apostaram no bem-estar social, ou keynesianismo, para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos que haviam perdido quase 100 milhões de entes queridos nos últimos 35 anos, graças a duas guerras. Estabelecido o Welfare State era momento de se aproximar como fizeram os países baixos, já no final de guerra, em 1944, fundando a BENELUX, união aduaneira que aproximou a Bélgica, Luxemburgo e a Holanda, para isso fizeram um grande ensaio quando em 1952 criaram CECA, Comunidade Econômica do Carvão e do Aço, união aduaneira para produtos siderúrgicos, derivados e serviços envolvidos. Novo sucesso. Nasceu, assim, o aço europeu. Em 1957, um passo mais sério, ampliar a aduana para novos produtos, unificar alguns sistemas, como as alfândegas, as taxas externas, aproximar currículos escolares, programas comunitários em ciência, tecnologia, serviços, permitir a livre circulação de pessoas e mercadorias, ainda restrita, buscar uma maior liberdade em relação aos EUA e URSS, evitar um novo conflito armado no continente, tudo isso respeitando as especificidades de cada país membro. Nasceu assim, em 1957, o Mercado Comum Europeu (MCE), ou Comunidade Econômica Europeia (CEE). Entre os convidados estava o Reino Unido, popularmente conhecido no Brasil como Inglaterra, mas se recusou veementemente, e com certo desprezo. Os ingleses acreditavam que poderiam reeditar o Império Britânico, e suas 67 colônias, só em 1960 perderam 15. Logo após as reuniões em Bruxelas e Estrasburgo, oficializa-se o MCE com seis países, que logo receberam o apelido de “Europa dos 6”, sendo eles, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos (popularmente conhecido, no Brasil, como Holanda), antigos inimigos na guerra da década anterior, mas como a necessidade molda o caráter, e o hábito faz o monge, começaram a viver em harmonia, caso contrário sucumbiriam frente as necessidades da Guerra Fria. Em 1968 as metas estavam, praticamente, atingidas, já havia um esboço de livre circulação, união financeira e discussões sobre uma futura moeda comum, os mais exaltados começavam a sonhar com uma união política. A economia prosperou como em nenhuma outra região do mundo, batendo a casa dos 60% de crescimento em uma década. Como esse assunto se estende por muitas décadas continuaremos com ele no próximo artigo. Até mais.
Posted on: Sun, 22 Sep 2013 13:09:39 +0000

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