A igreja e a cultura (CULTO OU JOGO) Podemos usar o termo - TopicsExpress



          

A igreja e a cultura (CULTO OU JOGO) Podemos usar o termo “cultura” no seu senso mais amplo, referindo-nos tanto à cultura popular (esportes, política, ensino público, música popular e diversões, etc.,) e a alta cultura (horticultura, academicismo, música clássica, ópera, literatura, ciências, etc.,). Uma definição útil e abrangente de “cultura” pode ser “a atividade humana que intenciona o uso, prazer e enriquecimento da sociedade”. Para nossos propósitos, por “igreja” queremos dizer a igreja institucional, - “onde a Palavra de Deus é pregada e os sacramentos são administrados corretamente”, como as declarações da Reforma afirmam. Quando, por exemplo, se diz que a igreja não deve confundir sua missão com as esferas da política, arte, ciência, esportes e etc., não se está sugerindo que os cristãos como indivíduos devam abandonar esses campos (muito pelo contrário), mas que a igreja como instituição deve observar a sua missão divinamente ordenada. Essa igreja institucional deve ser entendida como expressão visível do corpo universal de Cristo através de todos os séculos e em todo lugar. A igreja institucional recebeu a comissão única de pregar a Palavra e fazer discípulos (cf. Mt 28.18-20). Alguns cristãos têm dificuldade em entender sua relação com o mundo porque percebem que a terra é uma esfera governada por Satanás. Portanto, é melhor, pensam eles, concentrar no evangelismo e no crescimento espiritual de alguém antes do que se envolver numa atividade secular. Muitos líderes e cristãos têm uma visão errônea sobre “batalha espiritual” que contribui mais para um dualismo cósmico entre Deus e Satanás, luz e trevas, o bem e o mal. Este tem sido um aspecto do impulso gnóstico que sempre volta a aparecer, vendo este mundo como um campo de batalha cósmica entre forças espirituais cujo destino será decidido pela habilidade de terráqueos com conhecimento e destreza espiritual. Na Bíblia, a batalha espiritual ocorre sobre esta terra, quando Satanás tenta confundir ou diminuir no crente a confiança em Cristo e na Sua justiça imputada como suficiente para salvação. Em outras palavras, é uma batalha pelos corações e pelas mentes, e tem a ver com verdade versus erro, fé versus incredulidade, crença em Cristo versus crença em qualquer outra coisa ou pessoa. O modismo popular tem mais afinidade com os filmes de “Guerra nas Estrelas” e é influenciado mais pelo sensacionalismo da cultura popular, com sua atração pelo paranormal, do que por trechos claros das Escrituras Sagradas. Satanás é apenas “deus deste mundo” (2Co 4.4) no sentido que ele está sendo servido como se fosse um deus. Como ministro da ira, Satanás cegou os corações de judeus e gentios, mas é sempre dentro da permissão divina, e essa permissão poderá ser retirada sempre que Deus quiser como Paulo deixa claro no contexto (cf. 2Co 4.6). Cristãos no mundo e não mundano. Quando uma pessoa aceita a verdade do evangelho de Cristo Jesus há uma mudança revolucionária em seus relacionamentos no mundo. Liberto de uma visão mundana, o crente é livre para tomar o mundo como uma atividade espiritual e piedosa, em vez de separar-se dele com o entendimento distorcido de que tudo é do diabo e tudo é pecaminoso. Agora, liberto pelo evangelho, ele está no mundo, desfrutando das bênçãos da criação (ou como dizem os teólogos reformados: da graça comum), e ao mesmo tempo pregando o evangelho em cada momento de sua vida. Ele está no mundo, mas não é influenciado pelo sistema corrupto deste mundo, seja na escala da religião, política, entretenimento, esporte, arte, academia e etc. À época da Reforma quando as pessoas leigas comuns descobriram o evangelho, foram de tal forma revolucionadas por ele que queriam fazer tudo para promovê-lo. Longe de levar à lassidão moral, inspirava zelo onde antes havia apatia. Na verdade, um sapateiro perguntou a Lutero o que ele deveria fazer agora que conhecia o evangelho. Qual deveria agora ser o seu chamado? A resposta do reformador foi surpreendente para o sapateiro, do mesmo modo que surpreenderia muitos de nós hoje: “Faça um bom sapato e venda-o com preço justo”. Quando lhe perguntaram o que faria se ele soubesse que Cristo estava voltando amanhã, Lutero respondeu: “Eu plantaria uma árvore”. Noutras palavras, Deus se agrada de nossa atividade comum é fiel neste mundo (seja, no trabalho, na arte, na academia, no esporte e etc.,), de tal forma que Lutero não achava que teria que estar em oração ou “exercícios espirituais” no momento da volta de Cristo para receber sua bênção. Infelizmente, há pessoas que enclausuram seu serviço e adoração a Deus a um único horário de um dia ou dias específicos. Somente aquelas duas horas são sagradas e estão adorando a Deus, as demais são deles. Passam o dia em suas atividades para si mesmos e, só depois, pensam: “ah, tenho que me preparar porque vou cultuar a Deus!”. Como se uma vida de adoração a Deus estivesse relegada aquele momento demarcado. Essa é uma falsa espiritualidade que o próprio Senhor Jesus censurou na mulher samaritana que estava presa aos rígidos horários e lugares de culto das duas grandes religiões da época. Nosso Senhor mostrou que os verdadeiros adoradores adoram o Pai, independentemente de lugares e horários fixos. Eles vivem, em qualquer área da vida, seja familiar, no trabalho, na escola, no esporte, nas artes, adorando ao Pai com sinceridade (em espírito) e baseado na revelação das Escrituras (em verdade). Adiantar ou adiar um horário de reunião da igreja não muda em nada nossa vida de adoração contínua. Infelizmente, a mentalidade de muitos é pensar que ao fazê-lo (adiar ou mudar os horários) é deixar de adorar a Deus ou coloca-Lo em segundo plano em nossa vida (Me parece que aqueles que só adoram a Deus em horários fixos, depois que fazem tudo o que querem, é que O deslocam de toda sua vida). Essa me parecer ser o princípio que rege os movimentos de campanhas nas igrejas: “oh, irmão se você faltar um dia da campanha você não será abençoado”. Oh, irmão cuidado por mudar o horário do culto, pois isso, DIZEM ELES, é desnecessário, é colocar Deus em segundo plano... e o argumento poderia prosseguir. Infelizmente, essa tem sido uma visão bitolada do cristão em sua relação com o mundo. Amados, estar no mundo não significa ser mundano. Nosso Senhor Jesus esteve no mundo, mas não vou mundano. Ele participou de festas e foi até acusado pelos religiosos de ser um cara comilão e beberão! Nos horários prescritos pelos judeus para a oração nosso Senhor sempre se adiantava ou se postergava a estes horários. Ele sempre vivia trabalhando para Deus em qualquer horário. Sua vida, e não apenas parte Dela, era vivida para adorar a Deus. E Sua adoração, como a nossa, estava ligada a toda vida. Quando Ele estava numa festa, estava adorando a Deus, quando estava comendo e bebendo com os publicanos, estava adorando e louvando a Deus. E quando um crente come e bebe, disse Paulo, deve fazê-lo para a glória de Deus (1Co 10.31). É fácil acusar as pessoas de desobediência nestes detalhes externos e secundários como fizeram os fariseus com o Senhor Jesus, mas quero ver fazer o que o Senhor Jesus fazia e no ordenou a fazer: VIVER TODA NOSSA VIDA, NA APENAS A VIDA RELIGIOSA, MAS A SECULAR TAMBÉM, PARA A GLÓRIA DE DEUS. Não relegando, como muitos que aqui se pronunciaram (pelo menos dar-se a entender isso), sua dedicação, devoção e adoração a meras duas horas do dia. Concluindo, pastores me ligaram dizendo que também tinha feito o mesmo, adiantado o horário da reunião da igreja local, outros realizaram só pela manhã e, ouvir falar de pastores que não o fizeram, mas conscientizaram os irmãos que estavam presentes para não se preocuparem com os que não vieram, pois a espiritualidade de um cristão não é medida por isso. Louvo a Deus pela posição sábia dos companheiros pastores! É fácil falar dos pastores e suas posições com relação a estes detalhes. Quero ver é dedicar a vida a Deus e ao povo de Deus como eles fazem. E até mesmo a tomar posições como estas, sem levar em conta opiniões das crendices populares. Ah, teve um cidadão que falou se um descrente fosse ao horário do culto e as portas da igreja estivessem fechadas? Seria desastroso? Acho que não foi nenhum descrente neste horário (19h às 21h), pois estavam ASSISTINDO O JOGO! A pergunta poderia ter sido assim: e se o descrente passando visse as portas da igreja abertas às 17h (totalmente fora dos horários tradicionais), talvez ele dissesse: oh, vou assistir esse culto desta igreja e depois ver o jogo!!!!! Poderia escreve mais sobre esta relação do crente com a cultura, mas acredito que ficou claro. Shalom!
Posted on: Wed, 03 Jul 2013 14:39:48 +0000

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