A iniciativa realiza-se em colaboração com a Fundação Mário - TopicsExpress



          

A iniciativa realiza-se em colaboração com a Fundação Mário Soares, e a programação divide-se em duas partes, com os primeiros dias dedicados a Salvador Allende e ao Chile, e os seguintes, a Neruda e à sua obra. As conferências agendadas contam, na quarta-feira, com Fernando Rosas, Mario Dujisin e Pilar del Río, para falar de Salvador Allende e do Chile, e com Fernando Pinto do Amaral e Raquel Baltazar, no próximo dia 23, para celebrar a poesia de Neruda. A exposição "Chile: Memória Resgatada", com fotografias de Armindo Cardoso, fica patente na Fundação Mário Soares, a partir do próximo dia 19. Um ciclo de cinema dedicado ao antigo Presidente chileno, realizado em parceria com o DocLisboa, vai integrar filmes de Patrício Guzmán, Paulina Costa e Carmen Castillo, a exibir nos dias 13, 16 e 17, e termina com a apresentação de "O carteiro de Pablo Neruda" ("Il Postino"), de Michael Radford, a 23 de setembro. Ao longo de todo o dia 11, quarta-feira, será projetado o filme “Salvador Allende” (2004), do realizador chileno Patricio Guzmán, seguindo-se, às 18:30, a conferência sobre o Presidente deposto pelo golpe militar de 1973, liderado pelo chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet. O golpe, que decorreu exatamente a 11 de setembro de 1973, levou à queda da democracia constitucional, à morte de Salvador Allende e à imposição de uma ditadura militar, liderada pelo general Pinochet, até março de 1990. Salvador Allende, médico, fundou o Partido Socialista chileno, tendo sido eleito Presidente da República em 1970, morrendo a 11 de setembro de 1973, durante o cerco ao palácio presidencial. Pinochet manteve-se no poder até março de 1990, depois de um referendo, em 1987, ter conduzido ao seu afastamento e ao regresso do Chile à democracia. Durante os quase 17 anos de ditadura, segundo a Comissão de Verdade e Reconciliação e a Comissão Nacional sobre Prisão Política e Tortura do Chile, morreram, por motivos políticos, mais de 2200 pessoas e foram feitos cerca de 35 mil prisioneiros, quase todos vítimas de tortura. Dos milhares de desaparecidos, 40 anos após o golpe, mais de 1200 pessoas, que se acredita estarem mortas, continuam por localizar, segundo números da Comissão de Verdade e Reconciliação do Chile. No dia 23, quando passam 40 anos sobre a morte do poeta Pablo Neruda, “ao longo de todo o dia, [na Casa dos Bicos] será ouvido o CD ‘20 poemas de mesa y una castaña en el suelo (una antología caprichosa)’ [e] serão oferecidos poemas de Pablo Neruda aos visitantes”, diz o comunicado da FJS. Às 16:00, será exibido um “filme relacionado com Pablo Neruda” seguindo-se, às 18:30, uma “sessão de leitura de poemas, em espanhol e português” Neruda, que exerceu funções diplomáticas em Espanha, na Birmânia e no México, estreou-se literariamente em 1923, com “Crepusculario”. O poeta, autor de cerca de 40 livros, dedicou à fadista Amália Rodrigues o soneto “No te quiero sino porque te quiero”. Em 1971, recebeu o Prémio Nobel da Literatura. As suas memórias, "Confesso que vivi", foram publicadas uma ano depois da sua morte, sobre a qual há várias suspeitas, entre as quais a de ter sido morto pelas forças da ditadura. No âmbito dos 40 anos da morte de Allende e de Neruda e da queda da democracia, o DocLisboa programou o ciclo "1973-2013, o Golpe de Estado no Chile 40 anos depois", que se realiza de 14 a 23 de outubro, semana que antecede a edição do Festival.
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 19:42:01 +0000

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