A lição do Caixão Vou contar-lhes uma estória meio estranha, - TopicsExpress



          

A lição do Caixão Vou contar-lhes uma estória meio estranha, mas que merece ser contada... Um amigo meu uma vez me narrou o seguinte: “estava eu passando por minha cidade natal, e aproveitei para rever amigos queridos. Fui visitar um antigo colega de escola que tinha seguido a profissão de seu pai, tornando-se agente funerário. Como sempre que sou, com meu temperamento difícil e mal humorado (credito isto a correria do dia a dia, usando esta desculpa como álibi), cheguei a sua funerária, dei-lhe um forte abraço, fiz aquelas perguntas de praxe e comecei a reclamar de tudo... Reclamei da correria, da agitação da vida moderna, da falta de dinheiro, da inflação, da violência, das pressões, das pessoas mal educados, dos prepotentes e mal intencionados. Reclamei e reclamei... Meu amigo ouviu tudo, quieto e com muita atenção. Então ele me propôs deixar que o produto que ele comercializava me desse uma lição... Achei bastante estranho a proposta e de inicio achei que ele estava me gozando... Mas tanto fez e até me chamou de covarde, que acabei aceitando o desafio dele: entrar num esquife funerário e me deitar nele por alguns minutos. Achei tolice (e fiquei com um pouco de medo mesmo), mas como não sou covarde, resolvi encarar o desafio. E lá estava eu dentro do caixão...”. “Deitado, de olhos fechados e coberto por um pano, fiquei por alguns momentos em silêncio (pois seus caixões ficavam no depósito nos fundos da loja) e comecei a perceber o porquê da proposta deste meu amigo...”. “Tudo de que tanto reclamava tinha desaparecido, a correria, a pressa, a pressão, meu contato com pessoas que julgava ruins. A falta de dinheiro já não me incomodava mais...Sabem por quê? Porque estava ali inerte, como se estivesse morto”. “Saí rapidinho do tal caixão, mas a lição que tirei acompanha-me desde aquele dia: A vida é muito bonita de ser vivida... Os problemas e desafios surgem para nos ensinar e fazer com que cresçamos como pessoa, moralmente, profissionalmente, espiritualmente! Aprendi também que de nada vale orgulho bobo, ganância desmedida, competição desleal, muita riqueza, porque um dia com certeza teremos que deixar tudo isto aqui neste mundo. Caixão tem alça, não gavetas. Levaremos apenas o que fizermos de bom: caridade, respeito, honestidade, sinceridade, lealdade, fraternidade, paz, igualdade, gentileza, carinho, amor e tantos outros adjetivos para tentarmos exprimirmos B E M.”. Os mais atentos leitores vão perceber que no início do texto escrevi “ESTÓRIA” e não “HISTÓRIA”, significando que o tal amigo meu nunca existiu na realidade. Esta estória é pura invenção minha, um pequeno conto... Mas a lição do caixão, não!!! Abraço Fraterno a todos. Luciano Stangherlin Bauru – 06/07/2013
Posted on: Sat, 06 Jul 2013 03:19:34 +0000

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