A melhor forma de um governo legitimar-se é vir com a história dos mercados e dos sacrifícios que os portugueses tanto fizeram, acreditando na reconversão do país. Sacrifícios esses que todos nós, parece pelas palavras do Primeiro Ministro, aceitamos para salvar o país. Quando não é o pessoal da Direita, tinhoso para manter o poder, é os Patrões e a Banca, gente conhecida pelo seu extremo desagrado com a democracia, vem dizer esses que "Isto de eleições é uma chatice". Os mercados, afirmam outros, oscilam quando a democracia é chamada a falar. Mas são os mesmos mercados, tal como diz o deputado do PCP João Oliveira, que andam sempre "assustados" por duas razões, por tudo, e por nada. Sem dúvida, se o Passos espirra, e os jornais dizem "Passos constipado", é logo reflectido nos mercados, com o aumento dos juros a 5 e 10 anos, reage-se à especulação de Portugal não poder pagar os seus empréstimos, Passos está doente. A verdade é que de repente tornou-se fácil testar se a democracia pode cair ou não, falamos em mercados, em falta de dinheiro, em bancarrota e etc.. Assim, e muito facilmente, atiramos a democracia para o lixo, tal como os banqueiros e patrões querem, vamos colocar o medo extremo no povo, que até pensem que a democracia é má. O BCE, empresta a 1% aos mesmos que nos emprestam a 8%, diz-se que o BCE até é Europeu, mas eu continuo a achar que é um Banco que financia os bancos Alemães apenas. A Alemanha, coitados, que nos pagam tudo, sem sequer os próprios portugueses se lembrarem que somos nós, quando compramos as "tralhas" deles, lhes damos a oportunidade de eles nos emprestarem. Lembrem-se da rotura que aconteceu à nossa industria, que por acaso se mudou ali para o centro da Europa. Essa Alemanha que é liderada por uma pessoa ninfomaníaca, que quer "ajustar" contas com o passado, o passado glorioso Hitlariano, de uma Alemanha com a imagem da Europa. Se antes era por via da guerra, hoje Merkel adoptou-se aos novos tempos, vai por via Económica Enquanto isso, no nosso canto, continuamos a na mesma, a pobreza aumenta a cada dia, mas estamos no bom caminho, os idosos sem condições de ir a um hospital ou conseguir medicamentos, mas estamos no bom caminho, o desemprego todos os dias aumenta, mas estamos no bom caminho, cortes na saúde, na educação, nos salários, nas reformas, vendas disparatadas de Empresas Publicas, flexibilidades de despedimentos, honrosos ordenados que ninguém mexe... Mas estamos todos no bom caminho, parecerias Publica e Privadas que vivem à conta do Estado, Rendas excessivas à conta do Estado, mas quem viveu acima das possibilidades fomos nós, aqueles que compram um carro ou máximo dos máximos uma casa. Impõem-nos impostos e cortes, e falam como fizéssemos de boa vontade! Em que mundo é que vivemos? A Democracia não é de um grupo de pessoas que põe e dispõe dela como fosse algo que lhe pertence-se. Não são os mercados que nos devem dizer a.b, ou c, são as pessoas, que legitimam se aquele é bom ou não para ser governo, legitimam mal às vezes, mas a democracia tem destas coisas. Mais fácilmente aceito uma má legitimidade, do que uma legitimidade imposta por Banqueiros ou Patrões. Este governo, por mais negociações que faça, já não representa os portugueses, em coisa nenhuma.
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 18:32:04 +0000
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