A pedidos: kkkkkk "HOMENS APRENDAM A SER GENTIL" Esses dias eu - TopicsExpress



          

A pedidos: kkkkkk "HOMENS APRENDAM A SER GENTIL" Esses dias eu fui num boteco perto de onde morava e encontrei alguns amigos. Entre uma cerveja e outra, foi inevitáble lembrar dos absurdos que nós fazíamos quando éramos mais novos. De todos esses atos de selvageria e vandalismo cavalar ao qual eu me refiro, um em especial me trouxe muitos problemas na época, mas após isso, foi muito importante para formar a minha personalidade. Quando eu tinha 14 anos, ganhei uma “Garelli” da minha mãe. Imagine nos dias de hoje dar uma moto para uma criança de 14 anos! Pois é, uma Garelli é quase uma moto, com a diferença que na época nós nem pensávamos em usar capacete. Essa foi a única fase da minha vida em que eu gostei de acordar cedo. Oito e meia da manhã e já estava buzinando na frente da casa do meu amigo de descontrole garellal. Ele pulava na garupa e nós saíamos que nem loucos apavorando os bairros vizinhos. Já no início da jornada, a diversão era cruzar na frente do Interbairros II (pra quem não é de Curitiba, Interbairros II é um ônibus filhadaputamente lotado, fudido e perigoso de se cruzar na frente). E o pior é que cortávamos a frente dele sem nem prestar atenção na pista, nossa alegria era ficar olhando a reação assustada do motorista. E achávamos a coisa mais linda do mundo. Bom, além de passar xingando todo mundo pela rua, cruzando preferencial, entrando em curvas de maneira mais arrojada que o Valentino Rossi, em algum momento, e aí entra aquele ditado – A ocasião faz o ladrão - nós inventamos de passar a mão na bunda da mulherada que estivesse dando bobeira perto do meio fio. E olha que isso realmente começou como uma brincadeira, mas logo se tornou uma obsessão. Não existia mais diversão em simplesmente andar de Garelli, a diversão era percorrer as ruas dos bairros vizinhos a procura de vítimas. E quanto mais gostosa fosse a vítima, mais audaciosos nós ficávamos. Como a Garelli era minha, eu ia na boléia, e ele era o felizardo que afofava a mão na bunda das moçoilas. Passamos a mão na bunda de tudo quanto é tipo de mulher, desde os 15 até os 800 anos de idade, acho eu. Estávamos tão fissurados por isso, que não perdoávamos nem mulher com namorado. Nem mulher conhecida, nem namorada de inimigos de bairros rivais. Lembro quando meu amigo passou a mão na bunda de uma professora dele, e de quando ele tentou passar a mão na bunda de uma mulher que estava carregando um vaso de flores e sem querer derrubou o vaso. Foi muito triste ver a menina mais puta pelo vaso do que pela honra deflorada. Em outra oportunidades, a loirinha era tão gostosa que chegamos a subir na calçada pra tentar passar a mão nela, quem visse a cena de fora, deveria achar aquilo coisa de louco. (hoje eu acho) A guria acuada com a bunda encostada no muro e nós cercando ela de todo jeito. Não conseguimos passar a mão nela, mas ela conseguiu avisar a Vó que foi louca atrás da gente com um Escortinho marrom. Claro que não foi párea para minhas habilidades de Garelleiro. Nessa época, já contávamos o número de bundas mãozadas. Um dia bom dava mais de 30 bundas. Menos de 10 já era considerado um dia que não valera à pena ter vivido. Ao mesmo tempo em que éramos os próprios filhos do Capeta fazendo isso, éramos inocentes por não entender o motivo de tanta gente querer quebrar a gente por onde passávamos. Certas ruas começaram a fazer barricadas nos horários em que nós costumávamos passar. Já fugimos de muitos carros de irmãos mais velhos, namorados e até pais indignados. Graças a minha perícia como piloto. Acredito que se naquela época eu tivesse tentado carreira na Moto Velocidade, Alexandre Barros seria ainda mais loser do que já é. Bom, mas essa história toda é só pra mostrar que a vida nos ensina lições onde nós menos esperamos. Ou seja, essa vida é uma caixinha de surpresas mesmo! Haaaaaaaaaaaaahã. Quando que alguém poderia imaginar que um ato de total inconsequência juvenil poderia ensinar uma pessoa a ser gentil com as mulheres? Diga-me, filhodaputa!!! Alguns anos depois dessas loucuras. Garelli já era coisa do passado. Fui dar o primeiro passeio de mão dada com uma namoradinha que eu tinha arranjado numa festinha no sábado anterior e a primeira coisa que eu fiz foi colocar a mulher para o lado de dentro da calçada. Ela na hora comentou: -Nossa, como você é gentil!!! O orgulho bateu no teto do meu ser! Claro que eu não contei que meu ato era puro e simplesmente o medo de vir dois filhos da puta numa Garelli e enterrar a mão no rabo dela me fazendo de otário no meio da rua. Tal qual nós fizemos muitos namorado naqueles áureos tempos. Mas facto é que, desse dia em diante eu aprendi a ser um cara Gentil e Cavalheiro. Sempre que ando com mulheres e crianças, coloco-as do lado de dentro da calçada, em ônibus, sempre sento no corredor, em restaurantes a mulher nunca fica na ponta da mesa. E assim por diante. Meu cavalheirismo só desaparece quando chega a hora de pagar a conta, aí, é Fifty/fifty, my Darling""
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 01:04:35 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015