A política perigosa, arrogante e unilateral dos EUA Por Luiz Guilherme Menezes Lopes 24/05/2010 às 16:44 Esse poderio militar é imprescindível para a aplicabilidade da política norte-americana, sendo um instrumento garantidor das ações unilaterais tomadas pelo governo dos EUA. A imponência e a arrogância dos EUA podem ser constatadas com a revelação e com a lembrança de alguns fatos da história. Os Estados Unidos possuem quase mil bases militares espalhadas pelo mundo afora, e não bastasse isso, são também detentores de um orçamento destinado à defesa que chega à casa dos 530 bilhões de dólares anuais, caracterizando-o como o orçamento mais alto do planeta. Possuem, sem dúvida alguma, a mais poderosa força militar que se tem notícia. Esse poderio militar é imprescindível para a aplicabilidade da política norte-americana, sendo um instrumento garantidor das ações unilaterais tomadas pelo governo dos EUA. Os norte-americanos são péssimos conhecedores de geografia geral e da história universal, e a comprovação dessa afirmação pode ser obtida através de uma simples conversa com os gringos. Eles são fracos em geografia geral e história universal não porque eles não possuem capacidade para assimilar tais conteúdos disciplinares, e até acho que eles são muito inteligentes, mas porque não interessa muito ao governo norte-americano instruir o povo daquele país para a aceitação das diferenças geofísicas e culturais dos povos que habitam os territórios além das fronteiras norte-americanas. Olham apenas para o próprio umbigo e para os seus interesses. A origem da formação étnica norte-americana branca é européia, mas os norte-americanos negam ou se fazem que esquecem tal origem, afirmando-se como ?Wasps? (vespas), que vivem unicamente para a manutenção da sua casa, que mesmo vivendo sozinhas ou em sociedade, estão sempre prontas para atacarem qualquer inimigo que ameace o seu território. A arrogância da unilateralidade dos EUA pode ser constatada no descumprimento das recentes decisões emanadas pela OMC, tomadas em favor do Brasil. Esse caso se trata da condenação dos norte-americanos por aquela instituição internacional, ocorrida por causa do uso e da prática de subsídios estendidos pelo governo dos EUA aos plantadores de algodão. Não cumpriram até agora as penas imputadas pela OMC, e provavelmente continuarão fazendo vista grossa. Quando o governo brasileiro reclamou dos EUA sobre o não cumprimento da pena, o governo ianque simplesmente nos ameaçou com represálias. Parece que usam a OMC, Banco Mundial, FMI e ONU apenas como instrumentos de legitimação de suas ações, exercendo pressão sobre esses órgãos apenas para agirem em favor dos seus interesses. Na história universal são inúmeros os casos de intervencionismo ou de colaboração escamoteada norte-americana em favor de golpes de estado em países mais fracos, e são tantos, que se tornaram incontáveis. Lembremos, também, apenas de algumas guerras: Guerra do Vietnã, Guerra da Coréia, Guerra do Iraque, Guerra do Afeganistão....... Com relação aos direitos humanos, eles ditam quais são os direitos que estão em voga no mundo, como também apontam às Cortes Internacionais e à opinião pública os países que os desrespeitam e os violam, a fim de que possam sofrer a ?justa? condenação. Para isso, procuram aumentar a fiscalização da vida alheia, patrocinando com verbas públicas várias ONGs pelo mundo afora, tendo como metal principal a denúncia do desrespeito aos direitos humanos e a revelação da fraqueza gerencial dos Estados que eles denominam como fracos e incompetentes. Os filmes hollywoodianos, juntamente com o arsenal bélico dos EUA, são o maior signo da arrogância e da prepotência daquele povo, através dos quais os estúdios, emissoras de TV e indústria cinematográfica divulgam pelo mundo ?bárbaro? a figura do importante, ilustre, civilizador e salvador super-herói norte-americano. São vários, os estereótipos do salvador norte-americano: Batman, Hulk, Superman, Rambo etc... Os filmes de ?faroeste? norte-americanos, também são verdadeiros instrumentos de propagação do poder ianque, principalmente quando mostram os ataques das tropas fardadas contra os pobres índios e contra os julgados ?atrasados e bárbaros? que viviam no oeste americano do século XIX. O mais recente episódio de arrogância, chega a ser estapafúrdio, para não dizer cômico. Estou me referindo à mudança repentina da posição tomada por Obama sobre o acordo nuclear iraniano. Obama, escreveu uma carta oficial a Lula dando todo o apoio ao governo brasileiro para fechar o acordo com o Irã, nos termos que haviam concordado, e isso ocorreu depois de ter havido muitas conversas laterais sobre o caso. Ocorreu, que o presidente Obama mudou de posição, rejeitando os termos do acordo feito entre Brasil, Turquia e Irã, e passando a defender imediatamente sanções contra o Irã. Essa é a saga norte-americana, rica de episódios arrogantes, autoritários e etnocêntricos. Até quando continuarão assim? Autor: Luiz Guilherme Menezes Lopes - militar inativo, historiador e adesguiano/SC.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 03:26:36 +0000
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