A refutação mais filosófica da Classe Média. Tenho feito - TopicsExpress



          

A refutação mais filosófica da Classe Média. Tenho feito algumas indagações meio senso-comum da classe média. Vou trabalhar aqui uma refutação mais universal. Há duas grandes classes sociais, a burguesia, que carregou sua universalidade na negação do mundo feudal, e que cumpriu função histórica, sendo hoje herdeira deste legado, e cumprindo mais que uma função proprietária. O Capital não é uma coisa, é uma relação, assim, a burguesia é portadora também das ideologias disfarçadas de "neutralidade" do nosso tempo. Não por outra razão a negação de universalidade e de grandes narrativas do pós-moderna. O multiculturalismo pós-moderno é a negação completa do universal, de uma verdade que transceda e que seja crítica avassaladora de todo o real. Assim, todo o movimento fica restrito ao "real politik" e todos os movimentos, negros, gays, mulheres, ativistas de direitos humanos, contra as desapropriações cuidam de uma face do sistema e são apenas, no fim das contas, redistributivas e compensatórias, se contentando em de alguma forma, reformar o sistema para conservá-lo. A classe média, esta parcela indistinta de classe, que medeia entre a burguesia e o proletariado, com seu extremo terror de se proletarizar, não tem função universal, nem de conservação nem de mudança. E a função capital mais SÓRDIDA, a função capital coisa. A classe média se define pelas coisas que tem e usufrui. Carro, cargo, casa no campo, férias em Paris. A definição de SER pela classe média é, pela sua própria função de pelego da luta de classes, conservadora, desesperadamente lutando para manter sua definição de "eu" pela posse das migalhas que caem na luta entre as duas grandes classes. A classe média é assim, inimiga natural de qualquer verdade universal, por não conseguir se conformar naturalmente a nenhuma das duas posições do embate entre classes, com medo de se proletarizem e sofrendo com a exploração burguesa. Já o proletariado é o portador ontológico da verdade universal por essência. Não uma verdade totalitaria, mas uma verdade em construção, por só poder ser não sendo. Por só poder existir negando totalmente as condições miseráveis e proletárias de vida. Enquanto a classe média se mira no espelho se distinguindo do proletariado pelo ato de possuir, o proletariado se constitui como classe na dimensão de sua miséria e só pode se assumir com em classe em si na dimensão da superação da MERDA TODA, DE JOGAR FORA TODO O ENTULHO DA SOCIEDADE. Na fundação de uma nova verdade, de um novo universal, de novos paradigmas. Por isto que efetivamente, nascido proletário e contingencialmente "elevado" a classe média baixa, mantenho minha consciência adjudicada proletária, porque não vou rebaixar minha crítica aos particulares de uma situação. A crítica não pode ser apenas à questão gay, à questão negra, à questão das mulheres, mas estes múltiplos só podem efetivamente se realizar na Verdade ontológica da superação de um processo sócio metabólico do capitalismo, que carrega em si o racismo, o machismo, a homofobia, a exclusão como leitmotiv do sistema. Então, mais do que a crítica dos particulares, a esquerda tem de ser do pântano e entender que a crítica real é a do sistema sócio-metabólico e de sua superação por uma outra ontologia fundadora de uma nova Verdade.
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 10:24:25 +0000

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