A revolução que se faz lá fora, nas ruas, só pode ser vencida quando a outra, que se passa dentro de cada um de nós, já estiver superada." É ISSO VAMOS TODOS ADERIR A ESTA MENSAGEM!!! E FAZER UM MUNDO MELHOR!!! Amanhã você vai sair às ruas e fazer a revolução. Vai dizer "bom dia", "boa tarde" e "boa noite" a todos os conhecidos e desconhecidos que passarem por você. No elevador, no estacionamento, no ônibus, na fila da padaria. E se ninguém responder, não importa. Você vai sorrir e seguir em frente. No trânsito, vai dar passagem a todos os outros carros assim que vir uma seta piscar, indiferente às buzinas nervosas de quem vier atrás. E quando alguém fizer a mesma gentileza por você, não vai esquecer de acenar em agradecimento. Ao ligar o ônibus coletivo com o qual circula pela cidade todos os dias, vai se lembrar de que está conduzindo pessoas e não caixas de verdura. E de que os milhares de veículos lá fora não são seus adversários em uma corrida para lugar nenhum. Vai começar todo e qualquer pedido com "por favor" e concluí-lo com "obrigado". Quando reunir seu batalhão no quartel, em vez de gritar "ordinário, marche", vai orientá-lo a ler a Constituição Brasileira e qualquer um dos livros do Carlos Drummond de Andrade. Para que, do alto de seus coturnos, seus soldados percebam o quanto as coisas às vezes não fazem mesmo sentido. E descubram o quanto a autoridade que lhes foi atribuída pode ser usada não para reprimir e subjugar, mas para fazer da vida uma marcha extraordinária para a frente. Porque é para a frente que se anda. No hospital público em que você dá plantão de madrugada como clínico geral, vai atender cada paciente com a calma, a seriedade, a competência e o respeito devidos a qualquer ser humano. E vai sentir vergonha de todas as vezes em que se dirigiu a essas pessoas como se você fosse um ser superior vestindo branco e elas não passassem de malditas desvalidas atrás de uma injeção "de graça". Nas cerimônias religiosas, vai retribuir a confiança de quem o chama de padre, pastor ou pai de santo pedindo a essas pessoas que façam uma oração àqueles que protestam e àqueles que reprimem. E que nessa oração, o único pedido seja a compreensão e a clareza, para que todos saibam realmente o que estão fazendo, contra quem, contra o quê e como estão se manifestando. Nos veículos de comunicação que você dirige, vai determinar a seus repórteres, redatores, editores e afins que se concentrem no factual, que ouçam, analisem e publiquem todas as visões possíveis de cada fato. E que deixem os leitores, ouvintes e telespectadores concluírem como bem entenderem. Nas escolas e nas faculdades, vai ensinar seus alunos a pensar a política de um outro modo, para além dos discursos e dos partidos, com profundidade, amplitude e perspectiva. Com inteligência, liberdade e espírito crítico. Nas redes sociais, antes de curtir e compartilhar qualquer post sobre qualquer assunto, você vai pensar. E vai pensar de novo, até se certificar de que realmente acredita naquilo. E quando alguém próximo a você esbravejar palavras de ódio e apoio à violência - seja do lado da polícia que agride, seja da parte dos manifestantes que depredam - você não vai discutir. Vai apenas respirar fundo, pensar consigo "let it be" e seguir em frente. Porque há vários lados nessa história, mas nenhum deles é "o adversário". E você está em todos eles. Porque você é o mínimo de inteligência que resiste em cada homem e cada mulher que ainda respiram neste mundo, brutalizados e amortecidos pela doença da normalidade que torna tudo "normal" - as mortes, os estupros, a violência doméstica, a roubalheira nos cargos públicos, o ódio, a maldade. E porque a revolução que se faz lá fora, nas ruas, só pode ser vencida quando a outra, que se passa dentro de cada um de nós, já estiver superada. Amanhã você vai sair às ruas e fazer a revolução. E se ninguém mais aderir, não importa. Você vai sorrir e seguir em frente.
Posted on: Wed, 19 Jun 2013 00:16:32 +0000
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