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A secularização .....[...] .....No entanto, se entendemos por secularização um acontecimento que pode ser datado no tempo histórico, mais que uma mudança de idéias, então a questão não é decidir se a “astúcia da razão” de Hegel foi uma secularização da divina providência ou se a sociedade sem classes de Marx representa uma secularização da Era Messiânica. .....O fato é que a separação entre Igreja e Estado ocorreu, eliminando a religião da vida pública, e removendo todas as sanções religiosas da política, e fazendo com que a religião perdesse aquele elemento político que ela adquirira nos séculos em que a Igreja Católica Romana agia como a herdeira do Império Romano (Não se segue que esta separação tenha convertido inteiramente a religião em um “assunto privado”. Essa espécie de reserva na religião aparece quando um regime tirânico proíbe o livre funcionamento das igrejas, negando ao crente espaço público em que ele pode aparecer com outros e se visto por eles. O domínio público-secular, ou a esfera política propriamente falando, compreende a esfera público-religiosa e tem lugar para ela. Um fiel pode ser um membro de uma igreja e ao mesmo tempo agir como cidadão na unidade mais ampla constituída por todos que pertence à Cidade.). .....Essa secularização foi freqüentemente levada a cabo por homens que não alimentavam a menor dúvida quanto à verdade dos ensinamentos religiosos tradicionais (mesmo Hobbes morreu imerso em mortal temor do “fogo do inferno”, e Descartes orava à Virgem Maria) e nada nas fontes justifica a consideração de todos aqueles que prepararam ou ajudaram a estabelecer uma nova e independente esfera secular como ateístas secretos ou inconscientes. .....Tudo que podemos dizer é que, qualquer que fosse sua crença ou ausência dela, esta foi sem influência secular. Assim, os teóricos políticos do século XVII realizaram a secularização separando o pensamento político da Teologia e insistindo em que as regras do Direito Natural proporcionavam um fundamento para o organismo político mesmo que Deus não exista. .....Foi o mesmo pensamento que levou Grotius a dizer que “nem mesmo Deus pode fazer com que duas vezes dois não sejam quatro”. O problema não era negar a existência de Deus, mas descobrir no domínio secular um significado independente e imanente, que nem mesmo Deus pudesse alterar. por Arent. (*Um Cavaleiro Templário) Miguel Montte Grão-Mestre
Posted on: Mon, 15 Jul 2013 16:07:37 +0000

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